É preciso conhecer

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Estudo colaborativo anuncia primeiro teste humano de medicamentos contra esquizofrenia

13/12/2011 - 15:17

O Vanderbilt Center for Neuroscience Drug Discovery, nos EUA, anunciou que novos medicamentos candidatos para terapias contra esquizofrenia, geradas a partir da colaboração com a Janssen Pharmaceutica, estão a entrar em fase de preparação para os primeiros testes clínicos com humanos, avança o portal ISaúde.



Segundo os investigadores, este é um grande passo na avaliação desta abordagem como um tratamento potencial para as principais doenças psiquiátricas, que poderia levar a um avanço fundamental no tratamento da esquizofrenia.



"A progressão dos novos fármacos resultantes do acordo com Janssen é a mais recente evidência de que um novo modelo de colaboração para a descoberta da droga foi pioneiro e pode ajudar a identificar e desenvolver medicamentos inovadores para o tratamento de distúrbios cerebrais importantes", disse Jeffrey Conn, co-director do Vanderbilt Center for Neuroscience Drug Discovery.



Mais de 2 milhões de americanos sofrem de esquizofrenia. Agentes antipsicóticos actuais podem reduzir alucinações e delírios, mas são menos eficazes no alívio de deficits cognitivos e outros sintomas incapacitantes, incluindo a exclusão social.



Conn e colegas foram pioneiros no uso de "moduladores alostéricos" para ajustar a actividade dos receptores de neurotransmissores no cérebro. Em vez de activar a actividade do receptor directamente, esses compostos funcionam como interruptores em circuitos eléctricos e induzem mudanças mais subtis na função do receptor do que as que são vistas com agonistas dos receptores tradicionais.



O alvo da esquizofrenia é um receptor para o neurotransmissor glutamato, chamado mGluR5, que regula os circuitos cerebrais que são interrompidos em pacientes com esquizofrenia. As drogas candidatas desenvolvidas pela Vanderbilt e cientistas da Janssen aumentam a actividade do receptor e são eficazes em modelos pré-clínicos, o que sugere a possibilidade de alcançar a eficácia em pacientes humanos com esquizofrenia.



Em esforços separados, a Vanderbilt anunciou recentemente a descoberta de candidatos a medicamentos que podem aliviar os sintomas da doença de Parkinson e síndrome do X frágil, a causa genética mais comum do autismo. Para cada um destes programas, o apoio inicial dos Institutos Nacionais de Saúde foi fundamental para estabelecer as bases da ciência básica, o que estimulou novos investimentos na descoberta de medicamentos.



"Isso realmente mostra que este novo modelo de descoberta de drogas pode funcionar. É fundamental que os cientistas académicos estejam plenamente empenhados em avançar sistematicamente os resultados da investigação básica para facilitar a descoberta de novos tratamentos para necessidades clínicas não atendidas", afirma Conn.

Instituto Autismo no Amazonas será lançado neste domingo em Manaus

03 Dez 2011 . 15:44 h . Com informações de assessoria . portal@d24am.com

De acordo com o Instituto, no Amazonas, atualmente, 20 mil pessoas tem autismo, porém muitas ainda não foram diagnosticas de maneira apropriada.

[ i ] Instituto será lançada neste domingo em um café da manhã beneficente no CSU do Parque 10.

Manaus - O Instituto Autismo no Amazonas será lançado em um café beneficente na manhã deste domingo (4). O evento vai acontecer no Centro Social Urbano (CSU) do Parque 10, zona centro-sul de Manaus, a partir das 7:30 da manhã.

O ingresso para pessoas acima de 12 anos de idade é de R$ 10, enquanto crianças pagam R$ 5.

De acordo com o Instituto, no Amazonas, atualmente, 20 mil pessoas tem autismo, porém muitas ainda não foram diagnosticas de maneira apropriada, nem tem acesso a algum tipo de tratamento.

O Instituto Autismo no Amazonas pretende melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e de seus familiares.

O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento, caracterizado por uma dificuldade de interação social, levando a um padrão de interesse restrito e repetitivo.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011


Começa hoje o brechó da Associação Caminhos da Vida - criado por um grupo de pais cujo objetivo é oferecer atendimente de alta qualidade a nossos filhos adolescentes/adultos com comprometimento neuro-psiquiátrico. Haverá produtos novos e usados - Minha Gabi frequenta a Associação, e diariamente agradeço por ela existir. Para ela continuar existindo, apesar de TODOS PAGAREM MENSALIDADES, há a necessidade de esforços extras - pois as mensalidades não cobrem todos os gastos. Conto com todos os meus amigos - divulguem - bjs Adri e Gabi

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Criação de Centro de Atendimento ao Autismo - PETIÇÃO PÚBLICA

Assunto: PETIÇÃO PÚBLICA - Criação de Centro de Atendimento ao Autismo
Para:

Prezados @migos,
*

Por favor ajude a divulgar o abaixo-assinado «Criação de Centros
Especializados em autismo». A melhor maneira de o fazer é informar seus
amigos que ele existe.*

Envie um email rápido a seus amigos.

Abaixo existe um texto que pode copiar e colar em sua própria mensagem de
email, *para ajudar a divulgar o abaixo-assinado «Criação de Centros
Especializados em autismo»:*

Para divulgar, «Copiar e Colar» o texto abaixo em seu próprio email e enviar
a seus contatos.
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Meus Amigos / Minhas Amigas,

Acabei de ler e assinar o abaixo-assinado online: «Criação de Centros
Especializados em autismo»

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=20011980

Eu concordo com este abaixo-assinado e acho que você também pode concordar.

Assine o abaixo-assinado e divulgue para seus contatos. Vamos juntos fazer
democracia!

Obrigado,
Ana Santos Souza Ruiz

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Uma nota sua no email que envia a seus amigos pode fazer a diferença para um
abaixo-assinado de sucesso.

*Todos devemos ajudar a promover o abaixo-assinado, e agora é sua vez.
*

O poder da Internet está em suas mãos!

Cumprimentos,
PeticaoPublica.com.br

PS - Não se esqueça de seguir o Petição Pública no
Facebooke/ou
no
Twitter .

[Non-text portions of this message have been removed]

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Novidades na pesquisa com o autismo: Estimulação magnetica Transcraniana (TMS) como terapia

click no blog.
Tradução automática do google:
Na noite passada eu assisti Saúde Brain / Wealth Corpo da Harvard Medical School. Dr. Alvaro Pascual Leone told a rapt audience about new discoveries in brain plasticity and what it may mean to us, especially as we age. Dr. Álvaro Pascual Leone disse a uma platéia extasiada sobre novas descobertas na plasticidade cerebral e que isso pode significar para nós, especialmente à medida que envelhecemos. Then Dr. Dan Press talked about practical neurology, and what's on the immediate horizon for conditions like Alzheimer’s . Em seguida, o Dr. Dan imprensa falou sobre neurologia prática, e que está no horizonte imediato para condições como Alzheimer.

After they spoke Paul Levy came to the podium. Depois eles falaram Paul Levy chegou ao pódio. He's the head of the Beth Israel hospital, and he spoke of the need for more funding to support the cutting edge research that doctors like Alvaro and Dan are pursuing. Ele é o chefe do hospital Beth Israel, e ele falou da necessidade de um maior financiamento para apoiar a pesquisa de ponta que os médicos, como Alvaro e Dan estão perseguindo. To my surprise, the event finished with this video of me: Para minha surpresa, o evento terminou com este vídeo de mim:

www.youtube.com/johnelderrobison www.youtube.com / johnelderrobison

I knew they were going to show it, but I'd never seen the thing projected on a big screen and I almost felt embarrassed being up there like that. Eu sabia que eles estavam indo para mostrá-lo, mas eu nunca tinha visto a coisa projetada em uma tela grande e eu quase me senti envergonhado de estar lá assim. But I believe in all I said, and I believe most of all in the promise of the work Alvaro and his team is doing at Beth Israel neuroscience. Mas eu acredito em tudo o que eu disse, e eu acredito que a maioria de todos na promessa do trabalho Alvaro e sua equipe está fazendo no Beth Israel neurociência.

There's a lot of talk about genetics in the autism world. Há muita conversa sobre genética no mundo do autismo. And genetic research may lead to discoveries that help my grandchildren. E pesquisa genética pode levar a descobertas que ajudam a meus netos. However, genetics study is not likely to help you, me, or our kids, friends and family. No entanto, estudar a genética não é susceptível de ajudar a você, eu, ou nossos filhos, amigos e familiares. Research like Alvaro's – using TMS to remediate disability in people like me – has tremendous promise for all of us, in the very near future. De pesquisa, como Álvaro - usando TMS para remediar incapacidade em pessoas como eu - tem uma grande promessa para todos nós, num futuro muito próximo.

Looking at that video, I was really struck by how far I've come in the past two years. Olhando esse vídeo, fiquei realmente impressionado com o quão longe eu vim nos últimos dois anos. If you watched that earlier video of me, watch this one now, from two summers past. Se você assistiu que mais cedo vídeo de mim, assistir a este momento, a partir de dois verões passados. Look at the differences in me. Olhar para as diferenças em mim. In this earlier video, I am robotic and mechanical. Neste vídeo anterior, eu sou robótica e mecânica. My voice is different. Minha voz é diferente. I am stiff and rigid. Eu sou duro e rígido. It's almost a different person. É quase uma pessoa diferente.

http://www.youtube.com/watch?v=BIZsYGxXHis http://www.youtube.com/watch?v=BIZsYGxXHis

Compare the animation in my face, my hands, the range and prosody of my voice . Compare a animação no meu rosto, minhas mãos, o alcance ea prosódia da minha voz. . . . .

TMS has played a big role in the transformation you see between those two films. TMS tem desempenhado um grande papel na transformação que você vê entre esses dois filmes. If we could do what's been done for me for anyone else who asked for help on the spectrum . Se pudéssemos fazer o que tem sido feito para mim por qualquer outra pessoa que pediu ajuda no espectro. . . . . it would be a parent or clinician's dream come true. seria um pai ou um sonho tornado realidade clínico. And I believe we will. E eu acredito que vamos. But not quite today. Mas hoje não é bem assim. We are so close, yet also so far . Estamos tão perto, mas também até agora. . . . .

People write me and ask, “How can I sign my child up for this?” As pessoas escrevem-me e perguntar: "Como posso assinar o meu filho para isso?" I am always sorry to say that clinical trials are still some years in the future, even though you can join our scientific studies now. Estou sempre triste em dizer que os ensaios clínicos são ainda alguns anos no futuro, mesmo que você pode se juntar à nossa estudos científicos agora. If you'd like to talk about joining a study you can write Lindsay Oberman, Phd at loberman@bidmc.harvard.edu Se você gostaria de falar sobre como ingressar em um estudo que você pode escrever Lindsay Oberman, Phd em loberman@bidmc.harvard.edu

Do join us; but keep in mind that we are engaged in scientific discovery. Se juntam a nós, mas tenha em mente que estamos empenhados na descoberta científica. It's too early to promise or even expect any specific result. É muito cedo para prometer ou mesmo esperar qualquer resultado específico. We're still experimenting – stimulating different area of the brain to see which ones are involved in what I call emotional intelligence. Nós ainda estamos experimentando - estimular área diferente do cérebro para ver quais estão envolvidos no que chamo de inteligência emocional. There's no way to find that out, other than by doing experiments with autistic people like me. Não há maneira de descobrir isso, além de fazer experimentos com pessoas autistas como eu. Or you – if you join me. Ou você - se você se juntar a mim.

If you join us, the experiments may change you, or they may not. Se você se juntar a nós, os experimentos podem mudar você, ou talvez não. The scientists can't make any promises. Os cientistas não pode fazer nenhuma promessa. Not yet. Ainda não. We certainly can't set false expectations, yet what I have seen gives me great hope. Certamente não podemos criar expectativas falsas, mas o que vi me dá uma grande esperança. I know what's in there now. Eu sei o que está lá agora. Whatever happens, we are advancing science and we are on the fast track to solving this particular set of problems. Aconteça o que acontecer, estamos avançando a ciência, e estamos na via rápida para resolver este conjunto particular de problemas.

As I say in the video, some of my TMS experiences have been totally life changing. Como eu disse no vídeo, algumas de minhas experiências TMS foram totalmente mudança de vida. Turning on the ability to see into other people overnight is, as I describe in the video, one of the most powerful emotional experiences of my life and the effects of that are still reverberating today. Ligar a capacidade de ver em outras pessoas durante a noite é, como eu descrevo no vídeo, uma das experiências mais poderosas emocional de minha vida e os efeitos de que ainda estão repercutindo hoje.

But other TMS experiences did nothing. Mas outras experiências TMS não fez nada. A few may have even made me a bit worse. Alguns podem ter até me fez um pouco pior. That's what science is all about. Isso é o que a ciência é tudo. You try different things, pick the winners, and sharpen your focus for the next round of research. Você tentar coisas diferentes, escolher os vencedores, e aguçar seu foco para a próxima rodada de pesquisas.

I talk in the video about how one stimulation turned on the ability to see into others. Eu falo no vídeo sobre como um estímulo ligado a capacidade de ver em outros. We all agree that's a wonderful, incredible result. Todos nós concordamos que é um resultado maravilhoso, incrível. But it was also unexpected. Mas também foi inesperado. The scientists were prepared to measure a subtle temporary change in me. Os cientistas estavam preparados para uma mudança sutil medida temporária em mim. Instead, we got a major permanent shift. Em vez disso, temos uma grande mudança permanente.

While that's great, it also gives us pause for thought. Enquanto isso é ótimo, mas também nos dá uma pausa para reflexão. How will we measure such changes in others? Como vamos medir tais mudanças nos outros? And if that stimulation produces a permanent change, we have to be very careful, because other stimulations could produce permanent changes we don't want. E se que a estimulação produz uma mudança permanente, temos que ter muito cuidado, pois outros estímulos podem produzir mudanças permanentes que não queremos.

That's why we have to move slowly, despite everyone wish for speed!!!! É por isso que temos de mover-se lentamente, apesar de todos desejarem para a velocidade!! The last thing we want to do is damage someone in the quest for insight. A última coisa que queremos fazer é alguém danos na busca de insight.

So I've talked of the caution and worry and where we are . Então eu falei da cautela e preocupação e onde estamos. . . . . what about the promise? que sobre a promessa?

TMS has shown me a world of emotional response that I never knew existed. TMS mostrou-me um mundo de resposta emocional que eu nunca soube que existia. I have always had deep feelings, both for myself and for others, but I lacked the immediate connection. Sempre tive sentimentos profundos, tanto para mim e para outros, mas eu não tinha a conexão imediata. When the TMS turned on “seeing,” I was able to look at another person's smile and immediately smile back. Quando o TMS ligado "ver", eu era capaz de olhar para sorriso de outra pessoa e imediatamente sorriso de volta. I look at people and I just sense what they are feeling. Eu olho para as pessoas e eu apenas sentir o que eles estão sentindo. To someone like me, it's almost magical. Para alguém como eu, é quase mágico. If you're not autistic, you might say, so what? Se você não é autista, vocês podem dizer, e daí? If you're like me, it's hard to even imagine such a power of perception. Se você gosta de mim, é difícil imaginar um tal poder de percepção.

TMS has shown me what I've missed all these years, and I want to make up for all that lost time. TMS mostrou-me o que eu perdi todos esses anos, e eu quero para compensar todo esse tempo perdido. But it's also turned my life upside down, as the balance of wants and needs changed for me overnight, and I see many of the people in my life in a different light. Mas também é minha vida virou de cabeça para baixo, como o equilíbrio dos desejos e necessidades mudou para mim durante a noite, e eu vejo muitas pessoas na minha vida em uma luz diferente.

I wish this work were as easy as it seems when we hit it right. Eu desejo que este trabalho fosse tão fácil quanto parece quando nos demos bem. We stimulate an area, and get a powerful result like I describe. Estimulamos uma área, e obter um resultado poderoso como eu descrevo. But then we stimulate it again, and nothing much happens. Mas, então, estimulá-lo novamente, e nada acontece. Why? Por quê? We don't know. Nós não sabemos. We stimulate an area in me with great effect, and it does nothing for someone else in the study. Estimulamos uma área em mim com grande efeito, e ele não faz nada para outra pessoa no estudo. We get a result on someone else, and it does something opposite for me. Temos um resultado em outra pessoa, e ele faz algo contrário para mim. How? Como? Right now, it's an extremely complex puzzle, probably the most complex puzzle I've ever known in my life. Agora, é um puzzle muito complexo, provavelmente o quebra-cabeças mais complexos que eu já conheci na minha vida.

I believe Alvaro and the scientists will unravel it, and I will be proud to make whatever contribution I can. Acredito Alvaro e os cientistas irão desvendá-lo, e eu serei o orgulho de fazer qualquer contribuição que posso. Alvaro and his team at Harvard Medical School and Beth Israel Deaconess Medical Center are truly the best in the world, and they are defining the cutting edge of autism research . Alvaro e sua equipe da Harvard Medical School e Beth Israel Deaconess Medical Center são realmente os melhores do mundo, e eles estão definindo a vanguarda da pesquisa do autismo.

We are going to find the answer to this puzzle. Nós vamos encontrar a resposta para este enigma. I feel very confident that we will learn how to “turn on” emotional intelligence in other people like me. Eu me sinto muito confiante de que vamos aprender a "ligar" a inteligência emocional em outras pessoas como eu. In doing so, we can take away a huge component of disability from high functioning autism. Ao fazer isso, podemos tirar um enorme componente de deficiência de autismo de alto funcionamento.

And it does not stop there. E não pára por aí. What if the mechanism that holds down emotional insight also holds down speech? E se o mecanismo que mantém baixo insight emocional também mantém pressionada discurso? What else may be affected? O que mais pode ser afetada? The possibilities for that are staggering for the more seriously impaired population. As possibilidades de que são surpreendentes para a população mais seriamente prejudicada.

I'm proud to be part of it, that's for sure. Estou orgulhoso de ser parte dela, isso é certo. And I welcome any of you, if you want to join me on this journey. E congratulo-me com qualquer um de vocês, se você quiser se juntar a mim nesta jornada.

Para saber mais sobre as pesquisas e trabalhos do Dr Alvaro Pascual-Leone e equipe:

http://www.bidmc.org/GivetoBIDMC/YourGiftatWork/AlvaroPascualLeoneMDPhD.aspx

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Autismo: Pais têm que entrar no mundo de crianças afectadas

Autismo: Pais têm que entrar no mundo de crianças afectadas


Uma “saída” para o autismo é quase sempre possível, mas exige, mais do que técnicas, a capacidade de os pais “entrarem” primeiro no mundo dos filhos e criarem canais de comunicação e relacionamento, defende o especialista norte-americano Raun Kaufman.
Kaufman, que a Associação Vencer o Autismo traz a Lisboa e Porto este sábado e segunda-feira para uma série de conferências gratuitas, apresenta-se como um ex-autista classificado como irrecuperável na infância, isolado e com um coeficiente de inteligência mínimo, e que alcançou uma recuperação total graças à perseverança dos pais.
“Eu não dizia uma palavra. Balançava para a frente e para trás ou punha pratos a girar. Quando o fazia, os meus pais sentavam-se ao meu lado e giravam pratos comigo”, descreveu Kaufman, em entrevista à Lusa.
A participação dos pais nestas tarefas que servem de refúgio para os autistas, em vez de tentar mudar comportamentos com castigo ou recompensa, permite estabelecer uma relação, e assim a comunicação e a capacidade de socializar, afirma.

“É muito importante, antes de tentar mudar comportamentos, criar uma relação estável. Primeiro que tudo, juntamo-nos ao nível deles. As crianças mostram-nos a entrada, nós mostramos a saída”, afirma Kaufman, que com base na sua experiência criou o programa “Son Rise”, nome do livro escrito em 1973 pelo pai de Raun acerca do “triunfo” sobre este distúrbio.
Metade do programa, que já envolveu perto de 25 mil famílias, consiste em técnicas específicas a usar para ajudar as crianças a sair do isolamento. A outra parte é “trabalhar a própria atitude dos pais”, refere.
Além do “crucial” envolvimento dos pais, o relacionamento com a criança deve preceder qualquer tipo de aprendizagem de leitura ou matemática, para “não pôr a carroça à frente dos bois”, defende.
“Isto não tem a ver com sucesso académico, mas sim com criar uma relação e depois ensinar a socialização e a construir amizades com as pessoas”, sustenta.
Na opinião do especialista, “provavelmente o mais negligenciado aspeto do autismo” é a criação de um ambiente de “relaxamento e conforto” para as crianças.
“Para estas crianças o mundo parece muito caótico, imprevisível, e às vezes assustador, portanto tornam-se stressadas ou desconfortáveis", diz Kaufman, que acrescenta: "Num meio amigável, elas usam mais linguagem, relacionam-se mais".
O número de casos de autismo entre as crianças tem disparado nos últimos anos, e é hoje de um em 100, de acordo com as associações.
Apesar da muita investigação feita a nível académico sobre as razões para este aumento, ainda não existe uma explicação consensual, embora haja indicações de que o autismo resulta de uma predisposição genética e é desencadeado por um incidente (por exemplo uma agressão ou insulto) nos primeiros tempos de vida, afirma Kaufman.
Em qualquer caso, o diagnóstico de autismo não é "uma sentença de que as crianças não vão poder ir à escola, ter amigos ou uma vida normal, refugiando-se em objetos ou em comportamentos repetitivos", garante o especialista.
“Cada vez mais crianças estão a recuperar, e mesmo os que não recuperam totalmente fazem mudanças gigantescas”, aponta.
O "Son Rise" não tem estatísticas precisas sobre a percentagem de indivíduos que recuperam com o programa, mas “99 por cento registam progressos muito significativos”, diz.
“Posso dar a esses pais um sentido de esperança, para não acreditarem na mensagem de desistirem das crianças. Há luz ao fundo do túnel”, afirma Raun Kaufman.
Diário Digital / Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=519204&page=3

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Senado aprova sistema nacional de atendimento ao autista

DE BRASÍLIA

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (15) projeto de lei que institui o Sistema Nacional Integrado de Atendimento à Pessoa Autista.

O projeto a garante aos que têm esse transtorno todos os direitos já assegurados em lei às pessoas com deficiência. O texto também prevê a criação de um sistema integrado de atendimento à pessoa autista.

Relatora da matéria na comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, a senadora Ana Rita (PT-ES) defendeu a sua aprovação.

"É chegada a hora de o país contar com uma legislação que não apenas reconheça e assegure os direitos das pessoas atingidas pelo problema, as pessoas com transtorno do espectro autista, suas famílias e cuidadores, como também estimule e favoreça o seu enfrentamento", disse.

O projeto de lei do Senado segue para análise da Câmara. Se for aprovado pelos deputados, vai à sanção presidencial. Se a Câmara modificar o texto original, o projeto volta ao Senado.

disponível em http://www1.folha.uol.com.br/

terça-feira, 24 de maio de 2011

REUNIÃO da ONG GAIA

CONVOCAMOS A TODOS INTERESSADOS A PARTICIPAREM DESTA EMPREITADA, SIMPATIZANTES, PAIS, PROFISSIONAIS, ETC, A PARTICIPAREM DA LEITURA DO ESTATUTO DE NOSSA ONG!!!

data: sábado, dia 28 de maio de 2011, 15hs.
Local: Igreja Metodista do Itacorubi (mapa em anexo)
*Rodovia Pastor William Richard Schisler, 807 - Itacorubi
Florianópolis / SC.

Pedimos que seja confirmada a presença por e-mail.



Como já falamos, estamos em fase de aprovação de estatuto, mas á temos idéias bem vivas para projeto de trabalho, como o atendimnto 3 vezes por semana de fono, psicologia, educ. fisica, pedagogia, TO, enfermagem, etc, etc, etc, que dure um total de 4 horas por dia no minimo e principalmente que faça uma integração com a escola( trabalhar juntos). Além disso, montar m grupo de diagnóstico precoce e um grupo jurídico.



A idéia é que o governo pague os nossos profissionais, que já estamos mapeando.


Precisamos de pessoas das áreas mais variadas.


grato pela atenção.


Gilberto

F: 48-84140349

gilberto_sebrao@hotmail.com

O BRINCAR COMO AUXÍLIO NO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA AUTISTA

A brincadeira é a linguagem das crianças. Pela brincadeira se pode aprender a interação social, trabalhar a atenção, seqüências, habilidades, solucionar problemas, explorar sentimentos, desenvolver causa e efeito, estimular a criatividade. Com a falta de interação social, comunicação e problemas no comportamento, muitos autistas vão necessitar de ajuda para estabelecer uma relação com outras crianças e muitos não sabem brincar, o que precisa ser ensinado.

Para começar escolha algo que funcione com o autista, o que chamaria a sua atenção (dinossauros, tubarão, fadas, jogos, bola). Deixe a criança iniciar a brincadeira, fazer uma escolha. Se a criança recusar a sua presença na brincadeira comece apenas observando-a brincar, depois introduza comentários ("nossa, este carro é bem veloz!"). Não se preocupe se a criança ignorar seus comentários, continue a introduzi-los aos poucos.

Ajude a criança a engajar-se na comunicação recíproca na brincadeira. Exemplo: a criança está brincando com um carrinho. Você pode pegar outro carro e dizer: "este carro amarelo corre melhor que o azul. Vou mostrar! Cadê o azul? Ah! aqui está". (Pegue o carro marrom e deixe a criança corrigir você). Cometa outros erros e comece uma corrida de carros com isso.

Quando a criança estiver confortável em brincadeiras recíprocas, aumente a interação.

Exemplo: Ela só quer brincar de carrinho, pegue um brinquedo de animal e peça carona, depois reclame que o cachorro está com fome proteste e insista, com o tempo a criança vai parar e brincar de alimentar o cachorro. Aumente a brincadeira e encontre alguns amigos para o lanche, como o elefante, leão, e outros, alargando o horizonte e os interesses da criança. Se for muito sobrecarregado para a criança este passo, volte um pouco para traz.

Evite questionamentos e direcionamentos. Muita estrutura e perguntas nesta hora podem inibir tanto a iniciativa da criança como o processo dela solucionar problemas. Quando a criança estiver se sentindo confortável com a brincadeira recíproca, você poderá direcionar a brincadeira para conceitos e seqüências que deseja trabalhar. Exemplo: Ela só brinca de carrinho e sempre os coloca na mesma ordem. Introduzindo o cachorro e novos problemas, a criança começará a dar atenção a outros brinquedos.

Brinque e interaja. Pretenda ser um dos brinquedos e explore isso. Exemplo: Ao invés de dizer "venha e me ajude a construir um forte", seja um personagem que está pedindo ajuda. Converse com os brinquedos. Quando a criança estiver acostumada com este tipo de brincadeira tente mudar sua estrutura. Exemplo: Se ele só quer brincar com o carro azul, peça para deixar que você brinque uma vez com o carro azul.

Se a atenção da criança for mínima, não puxe a brincadeira por muito tempo. O importante é ela aprender como é gostoso brincar com outras pessoas.

Não se preocupe se está fazendo certo ou errado. Se divirta com o processo. O único erro é não brincar ou não tentar interagir com a criança.

Fonte: Autism Asperger´s Digest Magazine
http://www.indianopolis.com.br/si/site/1180?__akacao=466864&__akcnt=76c70bc0&__akvkey=ceb8&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=emkt_relacionamento_artigosJunho2011

sexta-feira, 20 de maio de 2011

MTV quer Marcelo Adnet ileso à polêmica "autista"

MTV quer Marcelo Adnet ileso à polêmica "autista"
15:29:00 | Escrito por Silvana Sousa


marcelo adnet autista comédia mtv casa dos autistas (Foto: Divulgação)
MTV teme que sua principal estrela possa sair com
arranhões do episódio sobre autismo; e o garoto-propaganda?




O clima na MTV nunca esteve tão tenso. Marcelo Adnet, principal e mais valiosa estrela da emissora, está envolvido em uma polêmica que o classifica como preconceituoso. Marcelo Adnet apresentou um quadro no programa "Comédia MTV", no dia 22 de março, onde os comediantes fazem piada com o autismo. O quadro se chamava "Casa dos Autistas", paródia da "Casa dos Artistas", do SBT de Silvio Santos.
A MTV enviou um comunicado oficial pedindo desculpas pelo ocorrido. "O Comédia MTV sabe que o autismo é uma coisa séria e que o autista deve ser tratado com respeito", diz comunicado no blog oficial do Comédia MTV. O episódio polêmico e lamentável está comovendo toda a direção da MTV. A emissora está preocupada, acima de tudo, com a imagem de Marcelo Adnet, que pode sair manchada após o episódio.
Marcelo Adnet é o humorista mais famoso e valorizado da MTV. As críticas em cima de Adnet são as mais duras imagináveis. Pelo Twitter, o ator tenta se defender. Mas recebe uma avalanche de críticas. O que a MTV quer fazer com que o público saiba é que Adnet era contra o quadro. "Desculpe, sempre fui contra esta cena, mas fui voto vencido. Não escrevi esta cena e não sou o diretor do programa (Comédia MTV). Uma pena mesmo", escreveu Adnet em seu Twitter, respondendo à crítica de uma fã.
O comediante está abalado. Marcelo Adnet não aparece para trabalhar desde essa quarta-feira. "Quem vê o vídeo no YouTube, culpa logo o Adnet. Ele é o comediante famoso em cena. Um ator que vem sendo reconhecido, premiado. Todos opinam agora: 'poxa, desta vez o Marcelo Adnet pegou pesado'. Mas a culpa não pode cair toda sobre ele", comentou Jeferson Gomes, que é roteirista de televisão.
A imagem de Marcelo Adnet também pode ser prejudicial à publicidade. Marcelo Adnet é garoto-propaganda de grande empresas como a Embratel e Volkswagen. As empresas Embratel e Volkswagen não se pronunciaram oficialmente sobre o ocorrido. Nos bastidores da Volkswagen, há a informação de que o caso foi um "gol contra" para a imagem de Marcelo Adnet. Recentemente, Marcelo Adnet declarou em entrevista que rejeitou uma proposta para trabalhar na TV Globo, como humorista.

Fonte : www.ospaparazzi.com.br
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Portal R7 : Marcelo Adnet exagera na piada e soa preconceituoso
MTV formaliza desculpas por programa “Casa dos Autistas”
[Estadão] Quadro da MTV satiriza autistas; Ministério Público vai investigar‏
Comédia MTV pede desculpas no ar
Retratação da MTV

Quadro da MTV satiriza autistas e gera polêmica

HUMOR
Quadro da MTV satiriza autistas e gera polêmica

em 3/5/2011

O Estado de S.Paulo, 27/04

Fernanda Bassette

Quadro da MTV satiriza autistas; Ministério Público vai investigar

Um jovem corre de um lado ao outro, uma moça grita compulsivamente em frente ao espelho e outro aparece jogado inerte no canto da sala. Eles são atores tentando representar pessoas com autismo. O quadro Casa dos Autistas foi veiculado no programa Comédia da MTV e provocou polêmica e reações.

Ontem, o Ministério Público Federal de São Paulo instaurou um procedimento para investigar o quadro que durou cerca de três minutos e fazia uma alusão ao Casa dos Artistas. O programa foi ao ar no dia 22 de março.

‘Foi uma manifestação de mau gosto e de completa ignorância sobre o assunto. Retratou o autista como um completo idiota, um imbecil. Um total desserviço’, diz o psiquiatra Estevão Vadasz, coordenador do Programa de Autismo do Instituto de Psiquiatria da USP.

Segundo Vadasz, estima-se que o autismo atinja 1 em cada 110 crianças. ‘Fiquei chocado com o que vi porque, aparentemente, essas pessoas possuem algum nível de instrução.’

Mãe de uma moça com autismo e vice-presidente da associação Autismo e Realidade, Paula Balducci de Oliveira soube do programa pela repercussão na internet. Diz que a filha assistiu ao vídeo, não se manifestou verbalmente, mas ficou com os olhos cheios de lágrimas.

‘O programa vai contra tudo aquilo que lutamos diariamente: para acabar com o rótulo e com o preconceito. Como mãe senti revolta e tristeza. Como associação, faço um convite para que o programa conheça a causa e informe os jovens corretamente.’

Carolina Dutra Ramos, coordenadora pedagógica da Associação de Amigos do Autista, diz que as mães estão revoltadas. ‘Fizeram uma chacota com um problema tão sério, que traz sofrimento às famílias. Foi uma total falta de respeito’, diz.

Zico Goes, diretor de programação da emissora, reconheceu o erro e pediu desculpas às famílias. De acordo com ele, ontem mesmo entraria no ar um pedido de desculpas por escrito, antes de o Comédia começar.

Além disso, para minimizar a repercussão negativa, a emissora fará hoje uma reunião com a associação de familiares para ouvir as reclamações e traçar uma maneira de reverter o problema.

‘Erramos e vamos tentar compensar de alguma maneira. Extrapolamos o limite do humor, que ficou sem graça, ficou grosseiro. A nossa ideia é fazer campanhas de esclarecimento ao longo da programação’, afirmou.

Repercussão negativa

ZICO GOES - DIRETOR DE PROGRAMAÇÃO DA MTV:

‘Percebemos que pisamos na bola, mas o estrago já está feito. Tiramos o quadro da reprise.’

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Crianças Autistas entram em campo

Enviado por SouAvaiano em 17/04 22:11
Avaí - Site Oficial

Os jogadores do Avaí que venceram o Concórdia na tarde deste domingo, dia 17, pelo placar de 4 a 0, entraram em campo acompanhados por crianças autistas. A homenagem deve-se ao dia de discussão e reflexão sobre o Autismo, que foi comemorado em 2 de abril.

O clube veio a público manifestar apoio à causa e essa ação de reverenciar o debate sobre o Autismo consta no planejamento estratégico através da Diretoria de Ação Social e Comunitária. A ação deste domingo, na Ressacada, contou com a participação do Grupo de Apoio à Inclusão do Autista de Florianópolis (GAIA).

Confira as fotos de Jamira Furlani:




sábado, 16 de abril de 2011

HBO Documentary Films: Autism: The Musical (HBO)

Vejam os vídeos do youtube sobre O documentário da HBO sobre autismo. Chama-se: Autism: The musical.

Autism: the musical


you tube autismo o filme

trecho do filme:15 min

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Avai F.C. apoia a causa autista

O Avaí Futebol Clube em nome de seu presidente, diretores, conselheiros e funcionários, mostra-se solidário às pessoas que sofrem com problemas causados pelo Autismo, síndrome que se manifesta nas crianças antes dos 30 meses de idade. Em lembrança ao dia 2 de abril, data de discussão e reflexão sobre o Autismo, o clube vem a público manifestar apoio à causa, ação que consta no planejamento estratégico através da Diretoria de Ação Social e Comunitária. Saiba mais sobre o Autismo no texto abaixo repassado pelo Grupo de Apoio à Inclusão do Autista de Florianópolis (GAIA):

Autismo é uma desordem na qual uma criança não pode desenvolver relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal. Caracteriza-se por respostas anormais a estímulos auditivos ou visuais, por problemas graves quanto a compreensão da linguagem falada.

A síndrome é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças. A organização mundial da saúde define que o autismo está presente desde o nascimento e se manifesta invariavelmente antes dos 30 meses de idade.

O Autismo precisa ser conhecido por todos, sendo este o melhor prognóstico e condição de vida das pessoas afetadas.
Lembre-se: O seu conhecimento pode ajudar alguém perto de você.


http://www.avai.com.br/avainews/novidades/noticias/interna/312282-Apoio_a_causa_do_Autismo.html#

segunda-feira, 4 de abril de 2011

MENSAGEM DE UM CIDADÃO

Raul Longo :
Marilza e Édison:



Estou enviando para meu amigo Márcio Vieira de Souza que possivelmente se interessará em divulgar a poesia do Carvalho Branco.



O Márcio, além de professor universitário e grande incentivador e divulgador dos eventos musicais aqui da Ilha da Ilha de Santa Catarina, também desenvolve um intenso trabalho de conscientização sobre pessoas afetadas por excepcionalidades mentais.



Claro que se trata de situação distinta da abordada por esta poesia, mas tenho impressão de que nessa questão de superação de preconceitos e promoção de compreensão dos diversos tipos de limites que diferentes deficiências nos afetam como espécie, e até mesmo à superação de outros preconceitos que sequer se referem à deficiência alguma, esteja englobada a enorme insegurança individual que dificulta a aceitação de nossos seus semelhantes quando se distinguem por qualquer diferença, mesmo que sejam as meramente conceituais.



Acredito que demonstrando ao indivíduo que se crê “normal”, que não há nenhuma maior anormalidade naquele que não escuta, também ajudamos a fazer com que esse pretenso “normal” perceba que uma deficiência mental não faz o outro menos ser humano e o que realmente depõe e reduz a condição humana de cada é o se crer como normal como se a natureza fosse definida por padrões que nos confundisse com bilhões de indivíduos absolutamente iguais.



Felizmente não somos assim e não apenas podemos aprender muito com nossas diversidades culturais, como esteticamente podemos usufruir de nossas pequenas diferenças físicas e, moralmente, ainda podemos nos compensar dando-nos, a nós mesmos, alguma utilidade, auxiliando ou contribuindo na superação das dificuldades naturais dos impossibilitados e desprovidos de algum movimento ou sentido físico ou mental.



A poesia do Carvalho Branco é muito boa porque vai direto ao ponto, mas há muito tempo tento encontrar uma maneira de meter o dedo na ferida do preconceituoso. Mas não como sempre o faço, querendo machucá-lo tanto quanto me machuca ou machuca aqueles que não é capaz de compreender e aceitar como seus iguais. Não queria machucá-lo ainda mais, pois descobri que o preconceito é fruto de uma triste e dolorosa insegurança, medo, pavor do indivíduo por uma subconsciente convicção da fragilidade e falácia dessa hipotética “normalidade”.



Geralmente me impaciento e acabo acusando esse preconceito, mas gostaria de ter capacidade de oferecer ao preconceituoso aquilo que ele nega a si mesmo ao negar aos seus semelhantes, que dele se defiram em algum detalhe, exatamente a compreensão que o Carvalho Branco pede aí no último verso.



Vejam só e acredito que irão concordar comigo: ao deficiente ou mesmo ao cidadão que não seja deficiente mas sofre algum tipo de preconceito, não é o caso de termos pena ou dó. Afinal, seu sofrimento pelo preconceito de que é vítima, ainda que revoltante não é o caso de fazer pena ou dar dó.



Já o preconceituoso, sim. Esse indivíduo, ainda que nos enraiveça, é o realmente digno de muita pena e se avaliarmos bem nos dará muita dó porque trata-se sua incapacidade trata-se de uma verdadeira anormalidade às principais características de nossa espécie, seja no que temos de racional ou sensitivo. Penso muito nas carências desses coitados, em suas profundas deficiências e gostaria de poder não sentir por eles a aversão que tanto lhes tenho. Imagino até que se lhes dermos o carinho que não conseguem ter por seus semelhantes, em reconhecimento poderão melhorar a si mesmos.



Será?




MENSAGEM DE UM CIDADÃO

(Carvalho Branco)





Quem me diz deficiente,

privado dos meus sentidos

da visão ou da audição,

não sabe: sou consciente

do meu dever com a Nação;

meus passos não são perdidos.



A quem tem bons seus ouvidos,

só quero reafirmar

que posso participar

da sociedade nossa,

mesmo que ver também não possa;

tenho bons outros sentidos.



Estudo especializado

abre-me universos irrestritos.

Sou aluno dedicado,

sigo à risca os prescritos.

E se não tenho visão,

vejo com alma e emoção...



E a leitura labial

faz-me papel do canal

dessa minha audição

-tornou-se minha opção.

Como vê, posso ser útil,

não sou descartável, nem fútil.



Por se ser deficiente,

não se precisa patente

da dita inutilidade.

Cada qual tem qualidade

para superar defeito.

Apague seu preconceito.



Sei ser um bom cidadão.

Ao exercer cidadania,

só peço compreensão

pra viver com alegria,

dar amor, felicidade,

ser visto com igualdade!...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

dia 02 de abril: manifestação e caminhada pelo autismo em Floripa

O QUE– CAMINHADA PELO AUTISMO
QUANDO 02 DE ABRIL DE 2011 - SÁBADO 9:00h
ONDE TRAPICHE DA BEIRA MAR - FLORIANÓPOLIS
QUEM – ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS AUTISTAS – FLORIANÓPOLIS

CONTATOS

AMA 48 3025-5140

CONTATOS: FRANCISCO LUIZ - PRESIDENTE AMA 48 8409-5541
VERA LUCIA LOPES VICE-PRESIDENTE 48 8415-3826
LUCIANA SARKIS – SECRETÁRIA AMA 48 8429-2970

LINKS : http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/A0259.pdf http://www.ama.org.br/html/home.php

Associação promove caminhada pelo Autismo

A Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Florianópolis promove no próximo dia 02 de abril (sábado) às 9h no Trapiche da Beira Mar Norte, a “Caminhada pelo Autismo”. O evento é relacionado ao DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO, celebrado na mesma data.

O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente segundo as normas que regulam essas respostas).

Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado transtorno global do desenvolvimento (TGD), também conhecido como transtorno invasivo do desenvolvimento (TID). A origem da palavra vem do grego AUTOS significando “sobre si mesmo”
As causas do autismo estão ainda por esclarecer completamente.
Evoluções na pesquisa científica têm vindo a apontar para o fato de poderem existir diversas causas, algumas presentes, outras não, em determinada pessoa. Assim, tal como existem diferentes tipos de autismo, também parecem existir diferentes tipos de causas para o autismo.

Sabe-se hoje que o autismo tem uma base hereditária (parece existir uma pré-disposição genética para desenvolver autismo) e que determinados fatores pré e pós-natais (ex: doenças precoces; infecções virais; exposição a determinados componentes do ambiente). Os principais sintomas do autismo incluem:
Boa capacidade de memória
Expressão inteligente e ausente
Mutismo ou linguagem sem real intenção comunicativa
Hipersensibilidade a estímulos
Desejo obsessivo de preservação das mesmas coisas
Relação obsessiva com objetos

Com o objetivo de melhorar o atendimento aos autistas da região foi criada em 1994 a Associação de pais e amigos dos autistas de Florianópolis- AMA.
Hoje, conta com 50 associados e buscando instalações próprias para ampliar o atendimento e elaborar projetos para melhoria na qualidade de vida das pessoas com autismo da Grande Florianópolis.

O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo foi instituído pela ONU em dezembro de 2007, que definiu a data de 2 de abril como marco da mobilização mundial para mostrar que há pessoas um pouco diferentes das outras, mas que, na sua essência, são tão humanas quanto todos.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Divulgação do Autismo nos Jogos do Avaí em Abril

Infome do grupo Gaia:

Como havia falado anteriormente eu e o Gilberto numa conversa informal lembramos que a cor da Campanha do Autismo é Azul e do Avaí também!

Ai pensamos na possibilidade de fazermos contato com a diretoria do Avaí, no sentido de nos apoiar ajudando na divulgação nesse mês de Abril tão significativo para tudo que é ligado ao Autismo.
Lembrei que um dos pais do grupo é conselheiro do time, o Márcio Vieira prontificou-se para fazer esse contato.
Dentro do planejamento estratégico do Avaí também há espaço para Ações Sociais e Meio Ambiente e a diretoria do clube imediatamente abraçou nossa causa!

Ontem dia 28 de março, as 14horas, eu e a Joeva estivemos numa reunião na Ressacada com a Diretora Social A senhora Nesi Furlani e o Diretor de Eventos Bonatelli, nos receberam carinhosamente, nos deixando muito à-vontade com nossas idéias.
A princípio tínhamos pensado em fazer uma entrada no campo com faixas no dia 3 de abril no clássico “Avaí e Figueirense”, mas depois vinha pensando que ia ser uma loucura, não ia ser um bom momento para nosso grupo, jogo as 18 h, trânsito muita confusão. E eles querem dar atenção especial para nosso grupo, esse não seria um bom dia.

Então o que nós acertamos foi que nesse dia 3 de Abril, faremos panfletagem e crianças que entram sempre no campo levarão nossas faixas. E eles passarão no telão um vídeo que vamos enviar sobre o dia do Autismo.

Mas ainda temos surpresas, no dia 17 de Abril no jogo Avaí e Concórdia, aí sim será o nosso dia de entrar em campo, mais um dia para divulgação, e ainda teremos um espaço especial nas cadeiras no dia do jogo.

E pra esse dia temos que ver quem quer participar, como faremos nosso deslocamento, etc.
Por enquanto é isso.
Não esquecer do dia 2 de Abril que será daqui uns dias!
Abração Alessandra

Alessandra Cruz

Congresso Nacional Brasileiro vai ficar Azul no dia do autismo

Congresso fica azul no Dia do Autismo

O edifício do Congresso Nacional será iluminado com luzes de cor azul na noite de 2 de abril, Dia Internacional de Conscientização sobre o Autismo, informou o senador Paulo Paim (PT-RS). A iluminação foi por ele solicitada ao presidente do Senado, José Sarney, e autorizada por Alfredo Gastal, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Distrito Federal.
Paulo Paim convidou os autistas e seus parentes para irem à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) hoje, quando a comissão deverá aprovar a sugestão, apresentada pela Associação em Defesa do Autista (Adefa), que institui o Sistema Nacional Integrado de Atenção à Pessoa Autista.
Os autistas, segundo a proposta, deverão ter direito ao atendimento de demandas como "uma vida digna, igualdade, saúde, integridade física e moral, livre desenvolvimento de personalidade, educação e trabalho".

quarta-feira, 23 de março de 2011

Descoberto que proteína pode desencadear perturbações do espectro do autismo

Descoberto que proteína pode desencadear perturbações do espectro do autismo

Um grupo de cientistas norte-americanos e portugueses descobriu que uma proteína pode desencadear perturbações do espectro do autismo, parando a comunicação entre células cerebrais.
A equipa provocou mutações no gene que controla a produção da proteína Shank3 em ratos. Estas alterações fizeram com que os animais desenvolvessem problemas ao nível das relações sociais e comportamentos repetitivos - desordens geralmente ligadas ao autismo.
Os resultados permitiram “perceber quais as consequências para a comunicação neuronal quando o gene Shank3 é mutado”, explicou Cátia Feliciano, investigadora portuguesa presente na equipa. “Pretendíamos também saber se os animais com a mutação mostrariam alterações comportamentais. O que observámos é que os ratinhos com Shank3 mutado exibem comportamentos repetitivos, mostram altos níveis de 'ansiedade' e evitam o contacto social com outros ratinhos”.
A proteína Shank3 é encontrada nas sinapses, estruturas que permitem a comunicação entre as células cerebrais (neurónios). Estas possibilitam a conexão entre duas áreas do cérebro que se pensa terem um papel fundamental na regulação dos comportamentos sociais e na interacção social. Contudo, os animais com a mutação do gene mostraram defeitos nos circuitos que ligam essas duas áreas do cérebro (o córtex e o striatum).
Esperança no tratamento do autismo
A descoberta, publicada na revista "Nature", vem trazer esperança para a criação dos primeiros medicamentos eficazes no tratamento da doença. “Embora o Shank3 seja apenas um dos genes implicados no autismo, é possível que as regiões afectadas no comportamento autista sejam semelhantes ao nível dos circuitos”, explica, por sua vez, João Peça, também membro da equipa de investigação.
“Em termos de tratamento será agora importante identificar se efectivamente disfunções no striatum [área do cérebro mais afectada nos animais analisados] são um ponto em comum no autismo. Um dos principais focos da nossa investigação será perceber como modular este circuito”, acrescenta.
Os investigadores da Universidade Duke da Carolina do Norte, nos EUA, pretendem continuar a estudar a doença, utilizando os animais para testar terapias farmacológicas, genéticas e comportamentais. Num curto prazo esperam descobrir “se a reintrodução pós-natal do gene Shank3 nos ratinhos mutantes poderá ajudar a corrigir as alterações bioquímicas, de comunicação neuronal ou mesmo melhorar o comportamento dos ratinhos”, explica Cátia Feliciano.
Contudo, apesar das “experiências em ratos transgénicos serem extremamente importantes, a sua aplicabilidade nos humanos é nula”, alerta Pilar Levy, professora de Genética Médica na Faculdade de Medicina de Lisboa e investigadora na área do autismo. “Este estudo é mais uma peça no puzzle para tentar compreender os genes do autismo, mas ainda vai levar tempo até que seja replicado nos humanos”, explica.
Em Portugal estima-se que existam 10 crianças autistas em cada 10.000 (dados de 2006). As perturbações do espectro do autismo incluem uma série de distúrbios, como deficiências na comunicação e ao nível das interacções sociais, interesses restritivos e comportamentos repetitivos.
A doença tem uma origem poligenética, ou seja, pode ser desencadeada por perturbações em diversos genes. Para além disso, esta pode manifestar-se com diferentes intensidades, desde a perturbação profunda até à síndrome de Asperger, onde não existe qualquer atraso cognitivo. Todas estas questões dificultam o diagnóstico (feito principalmente com base no comportamento dos indivíduos) e o seu tratamento.
Este estudo teve financiamentos de instituições portuguesas (Fundação para a Ciência e Tecnologia, Instituto Gulbenkian de Ciência e do Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra) e norte-americanas (National Institutes of Health, Simons Foudation Autism Research Initiative, NARSAD - The Brain and Behaviour Research Fund e da Fundação Hartwell).
In: Público online

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Investigação procura explicar o porquê do autismo ser mais frequente no sexo masculino

Uma nova investigação científica está mais perto de descobrir o porque do autismo ser quatro vezes mais comum em homens do que em mulheres.
Segundo os investigadores responsáveis, a testosterona e o estrogénio têm efeitos opostos sobre um gene apelidado RORA. Nos neurónios, a testosterona diminui a capacidade das células de expressar ou se ligar ao gene, enquanto que o estrogénio aumenta essa capacidade.
Os resultados obtidos baseiam-se em testes de crescimento de neurónios em laboratório. Normalmente, o trabalho das células no gene RORA é ligá-lo a vários outros genes. Quando uma célula tem altos níveis de testosterona, os níveis de RORA escasseiam, factor que afecta todos os genes a que RORA se deveria ligar.
A investigação também mostrou que os tecidos cerebrais de pessoas com autismo apresentam níveis mais baixos de RORA do que o das pessoas sem a condição.
A nova investigação suporta os resultados encontrados em estudos anteriores que mostraram que níveis elevados de testosterona no feto são correlacionados com traços autistas. Os cientistas acreditam que níveis mais elevados de testosterona fetal podem colocar o feto em risco de autismo. Porém, os resultados da investigação não provam que baixos níveis de RORA causam o autismo, só que estão associados com a doença.
Ainda assim, outros estudos têm sugerido que uma deficiência de RORA poderia explicar muitos dos efeitos observados no autismo. Por exemplo, o gene protege os neurónios contra os efeitos do stress e da inflamação, ambos elevados no autismo.
RORA também deve ajudar a manter o ritmo circadiano do corpo em dia, e as pessoas com autismo experimentam, frequentemente, distúrbios do sono. Além disso, ratos que foram geneticamente modificados para não possuírem o gene, revelaram uma série de comportamentos sugestivos de autismo.
Diferentemente da testosterona, o estrogénio aumenta os níveis de RORA nas células. Isto significa que as mulheres podem ter uma “protecção” contra o autismo: mesmo que os seus níveis de RORA sejam baixos, o estrogénio pode ajudar um pouco.
No entanto, outros cientistas sugerem que, na verdade, a maior prevalência do autismo no sexo masculino é por que os genes no cromossoma X desempenham um papel na doença. Como as mulheres têm dois, e os homens apenas um (combinado com um cromossoma Y), as meninas têm uma cópia de “backup” de qualquer gene mutado. Embora esta teoria seja plausível, até o momento nenhum gene no cromossoma X tem sido inequivocamente associado com o autismo.
Os investigadores alertam que o RORA pode não ser o único gene envolvido na doença, mas que provavelmente é um dos factores mais críticos.
In: Ajudas.com

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Escolha de vagas para professores ACTs será dia 18

São José, 14/02/2011 - A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) comunica que já está disponível a tabela de vagas atualizada, referente ao processo seletivo para admissão de professores em caráter temporário (ACTs), para atuação na área da educação especial da FCEE e das instituições conveniadas (Apaes e congêneres em todo o Estado), para o ano letivo de 2011, organizado pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe). A escolha das vagas será na próxima sexta-feira (18), às 14 horas, no auditório da Fundação pra quem se inscreveu para atuar no campus da FCEE, para aqueles que optaram por uma das 36 Gerências Regionais de Educação (Gereds), verificar junto ao referido órgão o horário de atendimento.

Apaes podem voltar a receber recursos federais

17/02/2011 18:10
As Associações de Amigos dos Excepcionais (Apaes) e escolas credenciadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) que atendem pessoas com deficiência mental e autismo nas áreas de Psiquiatria, Neurologia, Psicologia, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Assistência Social podem voltar a receber recursos extrateto. O vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns, reuniu-se em Brasília nesta quinta-feira (17) com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e apresentou solicitação neste sentido.

O vice-governador explica que desde a portaria número 2.867, de 27 de abril de 2008, o Ministério da Saúde alterou a forma de repasse. Com isso, os recursos passaram a compor o teto dos municípios e a decisão de repasse às entidades ficou a cargo das prefeituras. “Algumas Apaes chegaram a registrar uma redução de 30% no repasse dos recursos”, afirmou Arns.

Para o vice-governador, caso o Ministério da Saúde altere novamente a forma de repasse, a ação irá beneficiar não só as Apaes do Paraná, mas de todo o país. “Será um avanço no atendimento para a pessoa com deficiência mental e autismo, pois possibilitará a formação de uma rede de atendimento em todos os municípios do país que mantêm entidades que oferecem estes serviços”, afirmou.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Combatendo o Autismo: consertando um neurônio de cada vez

http://g1.globo.com/platb/espiral/




por Alysson Muotri |
categoria Espiral

Há poucas semanas surpreendemos o mundo acadêmico ao anunciar a quebra de um dogma da neurociência. Conseguimos, pela primeira vez na história, acompanhar o desenvolvimento de neurônios derivados de pacientes com o espectro autista e revertê-los ao estado normal. A descoberta, capa da prestigiosa revista científica Cell, traz a esperança de que um dia possamos reverter os sintomas do autismo, aliviando o sofrimento de milhares de crianças no mundo todo. Como chegamos aqui e as consequências dessa descoberta estão descritas nos parágrafos abaixo. Boa leitura!

A ideia
Em 2006, estava numa palestra num congresso de células-tronco internacional quando ouvi o pesquisador japonês Shynia Yamanaka relatar seus dados preliminares sobre a tecnologia de reprogramação celular. Ele não havia ainda conseguido transformar uma célula somática (da pele) em uma célula-tronco pluripotente, mas apresentou os experimentos em andamento. Nos corredores do congresso, o trabalho foi duramente criticado por colegas da área. Afinal, parecia impossível fazer isso, esses experimentos levariam anos. Shynia estaria louco.

Louco ou não, naquela hora eu achei que se aquilo realmente funcionasse, eu seria um dos primeiros a aplicar a nova tecnologia para o entendimento de uma doença do desenvolvimento. Não via a tecnologia apenas como alternativa para o uso de células-tronco embrionárias humanas, enxerguei a oportunidade de usar a tecnologia para a modelagem de doenças humanas. Escrevi nesse blog que essa seria uma descoberta revolucionária. Bola na caçapa. O japonês virou o campo das células-tronco de cabeça-pra-baixo ao apresentar as células iPS (do inglês, induced pluripotent stem cells), em dois trabalhos publicados na revista Cell. A tecnologia é tão simples que se espalhou pelo mundo todo, uma verdadeira Yamanakamania.

Em 2008 comecei a liderar meu próprio laboratório na Universidade da Califórnia em San Diego. Meu primeiro gol seria o de reproduzir neurônios do espectro autista usando a tecnologia de Yamanaka. A escolha da síndrome foi feita a dedo: começaria com a síndrome de Rett. Por ser rara, nem mesmo cientistas ou médicos são familiarizados com essa síndrome e ignoram que pacientes com autismo clássico possam ter mutações no mesmo gene que causa Rett. Mais importante ainda, dados recentes revelam que vias neurais afetadas podem ser comuns entre diversas doenças neurológicas. O espectro autista é composto por um leque de síndromes que possuem duas características em comum: a dificuldade de socialização e movimentos repetitivos. Pacientes com Rett estão no extremo mais dramático do autismo, pois além desses problemas apresentam dificuldades motoras e ataques epilépticos, entre outros sintomas. Assim, se conseguisse entender o extremo mais dramático do espectro, as portas estariam abertas para as outras síndromes.

Outra razão por começar com Rett: a causa genética da doença está bem definida, ou seja, sabemos qual é o gene responsável na maioria dos casos. Isso foi crucial no trabalho, para mostrar que as características neuronais que estávamos observando em Rett não vinham do ambiente. Por último, diria que o fato de terem sido observadas melhoras num modelo murino (em um rato) de Rett, eram evidências fortes de que a síndrome poderia ser também reversível em humanos. Comentei essa descoberta aqui. Por essas razões achei que seria mais fácil modelar Rett do que outras síndromes do espectro.

Mas nem todo mundo achou que minha escolha da síndrome de Rett era boa, pois neurônios humanos são bem mais complexos que de camundongos. Além disso, a síndrome só se manifesta mais tarde, depois do primeiro ano, e o que eu teria no laboratório seriam neurônios semelhantes aos embrionários. Com uma boa experiência em células-tronco neurais e embrionárias, via uma janela de oportunidade. Apesar da concorrência feroz nesse campo, acreditava que estaria em vantagem, mas não iria conseguir fazer isso sozinho. O primeiro grande desafio foi o de recrutar cientistas que topassem embarcar num projeto altamente arriscado, sem a menor garantia de sucesso.

O time
Comecei o trabalho ao lado de Carol Marchetto, cientista brasileira do Instituto Salk, vizinho a Universidade da Califórnia. Carol e eu já assinamos diversos trabalhos científicos e temos uma sinergia enorme. Juntos, derivamos as primeiras células neuronais de pacientes e alguns meses depois já estávamos quantificando as conexões neurais. O trabalho caminhava num ritmo frenético quando um dia encontramos todas as nossas células mortas. Por alguma razão ainda misteriosa, todos os nossos neurônios haviam se descolado das placas. A frustração aumentou quando soubemos da publicação de células iPS de Rett por um grupo competidor – eles estavam bem mais na nossa frente agora. Mesmo assim, sorrimos por duas razões: o grupo não tinha experiência com neurônios e, portanto, não haviam colocado esforço nesses experimentos. Segundo, se tínhamos competidores, a ideia era quente. Voltamos ao trabalho.

O projeto era agora ainda mais arriscado e precisávamos de ajuda. Estava cada vez mais ocupado com aulas e escrevendo “grants” (financiamentos) para me sustentar. Nos EUA, o salário do pesquisador é pago por ele mesmo por meio de aplicações de grants para agências de fomento. Por causa da crise, apenas 8% a 10% dos grants são financiados, o que tem fechado diversos laboratórios nos EUA. Inspirado pelo explorador Ernest Shackleton, resolvi recrutar pessoas com uma habilidade excepcional e capacidade de trabalhar em time. Postei o anúncio ao lado e comecei a entrevistar candidatos. Como requisito mínimo, teriam de dividir o sonho, não ter medo de trabalhar longas horas, não se importar com a concorrência e rir em momentos de estresse. Queria só a nata dos melhores pesquisadores, os mais resistentes ao meu lado.

Encontrei o Cassiano Carromeu em visita ao Brasil. Conversamos e percebi que ele tinha o perfil exato. Cassiano estava disposto a migrar para a Califórnia em busca de questões científicas desafiadoras, deixando a segurança de um laboratório famoso ou já estabelecido de lado. Comigo e Carol, passou a liderar o trabalho, derivando células iPS de outros pacientes e induzindo a diferenciação neuronal. A sincronia entre nós era grande e passamos a gerar dados loucamente. Não havia noite ou dia, final de semana ou feriado. Foram horas e horas no microscópio, sala de cultura etc. Estávamos viciados no projeto e as diferenças entre os neurônios autistas e normais começavam a aparecer.

A publicação
Os dados estavam cada vez mais convincentes. Decidimos então testar algumas drogas e arriscar na reversibilidade dos sintomas. No início, tivemos alguns problemas. As doses estavam sendo tóxicas, talvez fosse preciso gastar um tempo ajustando as concentrações para neurônios humanos. Ninguém nunca tinha testado nada em neurônios humanos antes, não havia literatura para consultar, éramos pioneiros e tínhamos pressa. Quando vi os dados da reversão com a primeira droga, pulei de alegria. Esse “estado autista” que observávamos nos neurônios não era permanente! Se conseguíssemos reverter um neurônio por vez, poderíamos reverter o cérebro inteiro. Esse pensamento não me saia da cabeça.

Nessa época, o trabalho já estava rascunhado e foi só acrescentar esse dado antes de submetê-lo para as revistas. A primeira submissão foi um balde de água gelada: o trabalho fora recusado. Os revisores não viram a relevância em usar neurônios humanos. Com medo de soar arrogante, não havia deixado claras as implicações do trabalho. Mea culpa. Reescrevi tudo e mandamos para a Cell, com receio de que essa revista fosse ainda mais rigorosa que a anterior. Dessa vez, todos os revisores foram positivos. Porém, o número de experimentos extras, controles etc. que haviam pedido era surreal. Recrutamos outros pesquisadores para ajudar em técnicas mais específicas.

Hoje em dia, a ciência é multidisciplinar. É um erro tentar fazer tudo sozinho. Foram mais alguns meses de completa insanidade. Ganhei meus primeiros cabelos brancos, Carol ganhou uma gastrite e o Cassiano aumentou o consumo de chocolate. O trabalho ainda passou por mais algumas revisões até ser formalmente aceito pela revista. A comparação entre as atividades de neurônios autistas e neurônios normais foi ilustrada em vídeo, que vale mais do que mil palavras.

O impacto
O espectro autista afeta 1 em cada 105 crianças nos EUA. O autismo, assim como outras doenças psiquiátricas, sofre com o estigma de que não tem cura. Além disso, existe um outro estigma: o de que essas doenças são causadas por falta de afeto ou por descuido dos pais. Na década de 70, mães e pais de pacientes com doenças psiquiátricas eram submetidos a tratamentos médicos, não as crianças. Em conversa com pais, muitos ainda revelam o peso desse preconceito, vindo de outros pais ou da culpa que sentem.

Em nossos experimentos, conseguimos corrigir o defeito genético nos neurônios dos pacientes, evitando o aparecimento das “características autistas”. Esse dado sugere uma forte evidência contra fatores ambientais no desenvolvimento dessa síndrome. Como não conhecemos a base genética de outros pacientes com autismo, fica difícil estender essas observações para todo o espectro. De qualquer forma, entender como o autismo surge, suas bases biológicas e neuronais, deve contribuir para a redução desse estigma e estereótipo de pacientes com doenças mentais.

O fato de conseguir modelar o espectro autista em laboratório deve abrir portas para uma série de outras doenças neurológicas. Antecipo que outros grupos vão utilizar a mesma estratégia para esquizofrenia, depressão, bipolaridade, entre tantas outras doenças do desenvolvimento ou psiquiátricas. O impacto do uso das células iPS nesse tipo de modelagem promete acelerar as descobertas cientificas no mundo todo. Além disso, sugere que a técnica possa ser implementada como uma ferramenta de diagnóstico, permitindo antecipar o aparecimento dos sintomas e começar os tratamentos mais cedo. Imagino que as firmas de seguro-saúde vão compreender o significado disso em breve. De qualquer forma, acho que esse é o primeiro passo para uma futura medicina personalizada.

Mas talvez o impacto maior seja o da possibilidade de reverter a doença. As drogas que foram usadas no trabalho para a reversão dos neurônios dos pacientes para um estado “normal” foram o IGF1 e a gentamicina. O IGF1 é um fator que estimula as células neurais, provavelmente através de uma cascata de ativação de outros genes que auxiliam no desenvolvimento neuronal. Para chegar na fase clínica, o IGF1 teria de ser modificado quimicamente para facilitar sua penetração no sistema nervoso. Nossos dados mostram que será preciso cautela, pois o IGF1 pode super-estimular os neurônios, causando efeitos colaterais como ataques epilépticos, por exemplo. A gentamicina atua de uma outra forma, apenas em mutações genéticas específicas. Além disso, é tóxica in vivo.

De qualquer forma, tenho recebido algumas mensagens da industria farmacêutica, o que indica um interesse desse setor no desenvolvimento de melhores drogas. Melhor ainda, nosso dados estão sendo úteis para o avanço dos primeiros testes clínicos de pacientes Rett, em Boston, EUA. Resultados positivos desse teste vão expandir as possibilidades de tratamento para outras partes do mundo.

Consequências da reversão
Vamos supor que realmente encontremos uma droga capaz de reverter o estado autista de neurônios em cultura e que, quando aplicados em humanos, conseguisse consertar todos os neurônios do cérebro humano. Seria essa então a cura do autismo? As observações que fizemos dizem respeito ao número de sinapses. Sinapses são as estruturas responsáveis pela transmissão da informação entre um neurônio e outro. Essas conexões nervosas formam redes que estão envolvidas em diversos processos cognitivos, como aprendizado, consciência e memória. Ao elevarmos o número de sinapses no cérebro de um paciente com autismo por meio de um futuro tratamento, a expectativa é que ele restabeleça conexões neurais, comportando-se como um cérebro normal.

Mas o que aconteceria com a memória? E as habilidades cognitivas que diferenciam das outras crianças e as tornam tão especiais? Tive essa discussão com Ana Parreira, mãe de uma criança com Asperger, outra síndrome do espectro autista. Ana me escreveu por e-mail, preocupada com o fato de que uma futura terapia poderia apagar as habilidades criativas de seu filho. Na verdade, essa é uma possibilidade real, mas não sabemos se isso vai realmente acontecer. Só vamos descobrir durante os ensaios clínicos, pois modelos animais são difíceis de interpretar, principalmente quando olhamos para criatividade, afeto e outras características tipicamente humanas.

Assim como Ana, recebi centenas de mensagens de familiares e pais de pacientes com o espectro autista. Infelizmente, não vou conseguir responder a todos, mas não deixo de apreciar todo o carinho e apoio. Isso traz muita motivação para mim e todo o grupo. Sou grato e honrado por ter tocado tantas pessoas através da ciência.

O futuro
Nosso grupo decidiu que não vai esperar pelo posicionamento da indústria farmacêutica, em geral com menos entusiasmo para projetos arriscados. Vamos seguir em frente de forma independente para o estabelecimento de uma plataforma para triagem de novos medicamentos automatizada. Esse projeto multidisciplinar envolve profissionais de diversas áreas do conhecimento, biólogos, engenheiros, matemáticos e médicos. Não vai ser fácil, pois precisamos otimizar diversas etapas do processo, mas qual seria a graça da vida se tudo fosse simples e previsível?

Tenho orgulho de ter participado com meus colegas dessa pesquisa que rompe barreiras e desafia os fundamentos da neurociência e da própria psiquiatria. Nasci ouvindo que o espectro autista não tem cura. Acho que isso é um mito. Amanhã no laboratório vamos ousar algo novo. A ciência é assim, todo dia uma nova aventura, trazendo esperanças e nos fazendo sonhar com oportunidades que antes pareciam impossíveis.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Contato e informações com o pesquisador Alysson Muotri

Caro Prof. Alysson: Conforme o sr.deve saber, os avanços nas pesquisas de sua equipe tiveram grande repercussão no Brasil recentemente. Sou prof. da UFSC em Santa Catarina e pai de um menino autista de 8 anos de nome Cícero e autor do blog : diversidade autista

Gostaria de manter contato e saber mais informações, bem como acompanhar os avanços de sua equipe, passo que penso importante para a cura e melhora da condição dos autistas.
Se possível, sua equipe poderia passar dicas, técnicas, algumas sugestões de remédios e terapias que ajudassem neurologistas no tratamento e avanço das terapias no Brasil, ainda tão primitivas e precárias. Como sou da área de mídia e conhecimento (mídia digital) e pai de um menino autista, participo de uma rede social e pesquiso nesta área, também me coloco a disposição para a divulgação de seus artigos.
Um fraternal abraço e desejando sorte para os trabalhos de todos vocês.
Marcio Vieira


Caro Marcio,

Parabéns a voce e ao Cicero pelo blog e divulgação do assunto.
Sou um cientista estudando estágios pre-clinicos do autismo, quero saber o que acontece com os neuronios antes dos sintomas aparecerem. Tenho pouca experiencia clinica e ficaria pouco confortável em falar de terapias, remedios, etc. Alem disso, como vc sabe, a sindrome eh bem heterogénea e o que funciona pra um paciente, pode nao funcionar pra outro.
Acho que a melhor parte da pesquisa apresentada ano passado foi o de demonstrar que os neuronios de pacientes com a síndrome nao estão nesse estado permanece, mas podem ser reversíveis. Os métodos que nos criamos nos permitirão buscar novas drogas e entrar nos testes clínicos. Muito trabalho ate la, mas somos optimistas e queremos ver isso acontecer o quanto antes.
Tento manter as novidades, na área de neuro principalmente, atualizadas em uma coluna no portal G1: http://g1.globo.com/platb/espiral/
No mais, sinta-se a vontade de manter contato e se consultar sobre assuntos relacionados ao autismo e síndromes relacionadas.
Um grande abraço,

Alysson

Alysson R. Muotri, Ph.D.
Assistant Professor
University of California San Diego
UCSD Stem Cell Program
School of Medicine
Dept. Pediatrics/Rady Children's Hospital
Dept. Cellular & Molecular Medicine
9500 Gilman Drive - CMM-E, Room # 2039
La Jolla CA 92093-0695
Email: muotri@ucsd.edu
Phone: (858) 534-9320
Fax: (858) 822-3249

Obrigado pela pronta resposta. Um abraço e manterei contato.
Marcio Vieira

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Em Portugal: teste sobre novo método para combater autismo ( veja vídeo reportagem)

Método novo para combater o autismo
Brincar pode ser a cura para o autismo, graças a um método novo que está a ser usado pela primeira vez em Portugal. Chama-se "Três I´s". Em Monção, os pais do Marco já utilizam a terapia há mais de um ano mas, para ter sucesso, são necessários 45 voluntários para brincar com o filho, em cada dia, e isso não é nada fácil de conseguir.

Veja a vídeo reportagem da RPT

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Curto período entre gestações aumenta risco de autismo do filho

Estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, aponta que uma criança que nasce menos de dois anos depois que o irmão tem mais chances de sofrer autismo que aquela que nasce pelo menos três anos depois. A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira pela revista médica Pediatrics.
Os pesquisadores determinaram, a partir de uma amostra de mais de 500 mil crianças californianas, que o espaço de tempo entre os nascimentos é um fator de risco para o diagnóstico do autismo.

As probabilidades de uma criança sofrer da doença aumentam quanto menor é o tempo que passou entre as gestações da mãe, de modo que as crianças que nascem menos de um ano após seus irmãos possuem risco mais elevado de sofrer autismo.

Os pesquisadores encontraram evidências do vínculo entre o período entre gestações e o autismo em pais de todas as idades, o que fez com que descartassem a possibilidade de que o fator de risco fosse a idade dos progenitores, e não o tempo transcorrido entre os nascimentos.

No entanto, um dos principais responsáveis do estudo, Peter Bearman, advertiu à Pediatrics que são necessárias mais pesquisas para confirmar a relação entre o período de tempo entre as gestações e o autismo. "A ciência é muito lenta e funciona passo a passo", declarou.

Os fatores que explicam a influência do período de tempo entre os nascimentos para a ocorrência da doença não "estão claros", lamentou Bearman.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Jim Parsons (Sheldon) é melhor ator de comédia em série de TV

Sheldon, que tem sido considerado por muitos, um autista não especificado, ou até um asperger foi o personagem que deu sucesso ao ator JIm Parson e por consequência o prêmio.
Jim Parsons é melhor ator de comédia em série de TV

Terra-

Depois de ganhar o Emmy, Jim Parsons levou o Globo de Ouro de melhor ator em série de TV comédia ou musical por The Big Bang Theory.



No palco, Parsons ironizou a demora para a série, que está em sua quarta temporada, ser reconhecida: "uma hora estamos vendo se ela será renovada pela CBS e na outra sofremos com uma greve de roteiristas. Agora eu recebo um Globo de Ouro", citou.

Sheldon é Asperger?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Autismo pode ser diagnosticado por ressonância magnética

Autismo pode ser diagnosticado por ressonância magnética
Cientistas britânicos acreditam
que método é mais-valia
2010-08-13


cerebro autista
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=44559&op=all

Uma em cada cem pessoas é afectada pelo autismo
Uma equipa de investigadores britânicos criou um método de scanner cerebral através do qual se consegue diagnosticar o autismo. Esta desordem mental que afecta a capacidade de comunicação e de estabelecer relacionamentos pode manifestar-se em vários graus.

A técnica agora desenvolvida conseguiu bons resultados, mas apenas em homens já diagnosticados. Falta ser validada em mulheres e crianças. O estudo, dirigido pelo professor catedrático de Psiquiatria Declan Murphy, foi publicado no «Journal of Neuroscience».
Nos países desenvolvidos, uma em cada cem pessoas (quatro homens por cada mulher) sofre de algum grau de autismo. Quando se confirma o diagnóstico, existem tratamentos não farmacológicos que melhoram a qualidade de vida dos pacientes.

Na investigação foram feitas complexas análises comportamentais e foi aplicado o conhecimento sobre a base genética do autismo e a sua repercussão (muito ligeira) na anatomia do cérebro, como, por exemplo, a espessura do córtex e a estrutura das regiões relacionadas com a linguagem e com o comportamento.

Murphy acredita que este avanço vai ser uma mais-valia para a actual forma de diagnóstico do autismo, mas que não vai substituí-la.

Christine Ecker, investigadora deste projecto, espera que este método possa começar a aplicar no sistema nacional de saúde em um ou dois anos. “Nem sequer é preciso comprar novos instrumentos, basta acrescentar um programa às máquinas de ressonância magnética. Tem muito boa relação custo-benefício”, explica.

Artigo: Describing the Brain in Autism in Five Dimensions—Magnetic Resonance Imaging-Assisted Diagnosis of Autism Spectrum Disorder Using a Multiparameter Classification
http://www.jneurosci.org/cgi/content/abstract/30/32/10612

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Editorial: Ajude a campanha da CRUZ VERMELHA em SC para as vítimas das enxurradas

Os Blogs MERCADOPUBLICOFLORIPASC e DIVERSIDADEAUTISTA, assim como outros blogs catarinenses, estão aderindo à campanha da Cruz Vermelha Brasileira para ajudar as vítimas das enxurradas e desmoronamentos de São Paulo, Minas Gerais e do Rio de Janeiro.
Para tanto, pedimos aos nossos leitores a solidariedade em contribuir com quem um dia já estendeu a mão ao povo catarinense que ainda tem vivo na lembrança a mais recente tragédia das águas de 2008.
Interessados em contribuir podem ir à sede da Cruz Vermelha Brasileira localizada à rua Santos Saraiva, 821, no Estreito- Florianópolis. Estão sendo aceitos os seguintes donativos:
- Arroz
- Feijão
- Macarrão
- Café
- Leite
- Açúcar
- Enlatados (milho, sardinha, atum)
- Bolacha
- Farinha de trigo
- Alimento infantil (mingau e papas prontas)
- Sabão em barra
- Sabão em pó
- Detergente para louça
- Sapólio
- Água sanitária
- Balde
- Vassoura
- Pano de chão
- Sabonete
- Pasta de dente
- Desodorante
- Papel higiênico
- Fralda descartável
- Absorvente
- Roupa de cama (lençol e fronha em bom estado e limpos)
- Cobertores e mantas (em bom estado e limpos)
- Toalha de banho
- Toalha de rosto
- Colchões (em bom estado e limpos)
- Roupas adulto e infantil (em bom estado e limpos)
O pouco nesse momento é muito para quem perdeu tudo.
Um dia eles nos estenderam a mão.
Agora chegou a nossa vez.
Vamos ajudar.
Juntos somos muito mais fortes.
Obrigado por contribuir e se puder, passe adiante esta informação para o maior número de pessoas que você conhecer.
Prove que você é um catarinense solidário.
Campanha iniciada pelos blogs:sites SouAvaiano, CarnavalescoSC e FotoFlagrante

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Curso de alfabetização para crianças autistas

Lançamento 2011 - Curso de Alfabetização para crianças com autismo
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Lançamento 2011- Curso de Sistema de Intervenção para autismo
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Lançamento 2011 - Curso deTécnicas especiais para autismo
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PARA ADQUIRIR CLIQUE NO LINK ABAIXO:
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Eu não tenho vergonha do meu filho

“Eu não tenho vergonha do meu filho”

07/01/2011 - 10h15m

Andréia Pereira
Repórter


Maria Helena Martins Filhos sabe bem o que é a convivência com uma criança que tem autismo. O seu filho, Vitor Martins Bastos, que hoje tem 23 anos, é portador da síndrome.

- Foi aqui mesmo, em Montes Claros, que o meu filho foi diagnosticado. Na época, saí do meu emprego e fui com ele para Belo Horizonte. Depois para o Rio de Janeiro, onde, por sete anos, ele fez um tratamento que muito o ajudou a ter qualidade de vida – contou Maria Helena.

Vitor tem um comprometimento severo da síndrome, que faz com que ele tenha rituais e comportamentos bem típicos do autismo. Ela esclarece que por causa disso foi fácil o diagnóstico.

- O autismo dele é bem clássico – define a mãe.

Segundo Maria Helena, é muito difícil conviver com uma pessoa que tem autismo e que uma das dificuldades é preconceito.

- O preconceito é o que mais atrapalha. Quando eu vou ao supermercado com ele, as pessoas ficam reparando e rindo diante de alguns comportamentos. Por exemplo, quando ele vê um iorgute, que é algo que ele gosta muito, ele começa a gritar, a pular e fazer outras atitudes que despertam a atenção das pessoas – exemplifica.

Por causa disso, ela confessa que são raras as vezes em que sai com o filho, mas garante que não tem vergonha dele e afirma:

- Eu não tenho vergonha, de forma alguma, do meu filho. Ele que me tornou essa pessoa que eu sou hoje.

Vitor, que está na quarta-série, participa em Montes Claros da ANDA – Associação norte-mineira de apoio ao autista, onde outras crianças também recebem apoio. A mãe de Vítor elogia a atuação dos profissionais da cidade que trabalham com autismo, entre fonoaudiólogos psicólogos etc., porém afirma que médicos e psiquiatras são escassos.

- Mas hoje está muito mais fácil do que na época em que o Vitor foi diagnosticado – relata.


http://www.onorte.net/noticias.php?id=31487

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Inclusão Social: Cinco portadores da Sindrome de Down irão trabalhar na sede do MPPB

A partir de janeiro deste ano o Ministério Público do Estado da Paraíba pretende inovar, aplicando a meta que tem como alvo a inclusão social dentro das dependências da instituição. É que o procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, vai firmar convênios com a Fundação Centro Integrado de Apoio ao Deficiente (Funad) e com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), cujo objetivo é trazer aos prédios do MPPB pessoas portadoras de necessidades especiais.


Segundo informou Oswaldo Filho, cinco pessoas portadoras de necessidades especiais serão selecionadas para atuarem dentro da instituição ministerial. “Nó iremos selecionar cerca de cinco pessoas com deficiência, principalmente na questão da Síndrome de Down, que são pessoas que têm um carisma, uma alegria, uma coisa contagiante no desenvolver de suas vidas. Elas possuem uma sensibilidade enorme para a música, para as artes, para o trabalhos e vamos resgatar cinco pessoas num movimento de inclusão e de cidadania para que elas possam estar aqui, dentro do Ministério Pùblico. Serão cinco pessoas que irão nos lembrar que a inclusão é muito importante”, ressaltou o PGJ.

A assessoria do procurador-geral de Justiça, recebeu orientação no sentido de confeccionar os documentos para que os convênios possam ser firmados já em janeiro de 2011. As cinco pessoas que serão selecionadas, segundo informações do PGJ, irão trabalhar em alguns setores do MPPB, como a recepção, o ambiente de protocolo, o setor de Recursos Humanos, alguma diretoria, Corregedoria e na Secretaria-Geral. “Que elas possam desenvolver trabalhos simples, de encaminhamento, em que teremos ao lado pessoas que a gente sempre procura proteger como missão constitucional do Ministério Público”,enfatizou o procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro Filho.

http://www.clickpb.com.br/artigo.php?id=20110104023448&cat=paraiba&keys=inclusao-social-cinco-portadores-sindrome-down-irao-trabalhar-sede-mppb