É preciso conhecer

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domingo, 8 de outubro de 2023

O que é neurodiversidade ?

 Neurodiversidade é um conceito que defende que uma conexão neurológica atípica ou neurodivergente é uma manifestação da diferença humana e não uma doença que precisa ser curada.

O conceito foi usado pela primeira vez pela socióloga australiana e portadora da Síndrome de Asperger Judy Singer em 1998, em uma tese defendida na Universidade de Tecnologia de Sidney. 

Um ano depois, a pesquisadora escreveu o capítulo “Why can't you be normal for once in your life? From a 'Problem with No Name' to a new category of disability” para o livro “Disability Discourse”, popularizando assim a expressão fora do meio acadêmico.

O termo também é usado para designar um movimento liderado por pessoas diagnosticadas com TEA que veem o autismo como uma parte constitutiva do que elas são. Elas têm o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a neurodiversidade, por isso, desde 18 de junho de 2005, é celebrado o “Dia do Orgulho Autista” em todo o mundo, inclusive no Brasil. 

O que é neurodiversidade?

https://poseducacao.unisinos.br/blog/neurodiversidade#conceito

O que é neurodiversidade?

Neurodiversidade é um conceito que se baseia na ideia de que todos os indivíduos possuem funcionamento neurocognitivo distinto. Assim sendo, pessoas que apresentam um funcionamento neurocognitivo diferente do padrão esperado não devem ser consideradas doentes ou com transtorno, tampouco se deve procurar a cura para essas variações neurológicas. O conceito de neurodiversidade nos relembra, portanto, que cada pessoa é única, e ser diferente também é normal.

https://mundoeducacao.uol.com.br/curiosidades/o-que-e-neurodiversidade.htm

O que é Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA)?

 Além de orientar a concepção e desenvolvimento de espaços físicos e artefatos, o Desenho Universal também se aplica à educação por meio do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA). 

O DUA é um conceito que aponta para a necessidade de criar objetivos educacionais, métodos, materiais e avaliações que funcionem com todos – não como uma solução única, do tipo um-tamanho-serve-a-todos, mas sim como uma abordagem mais flexível, que pode ser personalizada e ajustada para as necessidades individuais. 

O DUA pode auxiliar os educadores a desenvolver ou optar por estratégias pedagógicas que possibilitem que todos os estudantes, independentemente de suas características e formas de aprendizagem, aprendam em igualdade de condições.




 https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/o-que-e-acessibilidade/o-que-e-desenho-universal-para-a-aprendizagem-dua/

Carta Educacional da Neurodiversidade MPSC


 

Carta Educacional da Neurodiversidade  MPSC

Naturalizar e incluir a população com autismo são os objetivos da campanha "As Entrelinhas do Autismo".

Com o slogan "mude de perspectiva", a campanha pretende diminuir o estigma em torno dessa condição humana. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o planeta, há cerca de 70 milhões de pessoas com autismo, sendo 2 milhões somente no Brasil. No entanto, a grande incidência não diminui a desinformação sobre o transtorno, e muitos não recebem o diagnóstico, o tratamento e o respeito a que têm direito.  

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Autistas-lutam-para-transformar-direitos-em-realidade







Autistas lutam para transformar direitos em realidade

   
Da Redação | 31/03/2016, 16h30 - ATUALIZADO EM 31/03/2016, 16h40
As pessoas com autismo contabilizam avanços importantes em relação à garantia de direitos na legislação brasileira, mas ainda lutam para transformar muitos deles em realidade. Uma das ativistas empenhadas nessa missão é a mãe de autista, advogada e presidente da Comissão de Defesa dos Autistas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal, Adriana Monteiro. Sua experiência pessoal foi compartilhada na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), nesta quinta-feira (31), em audiência pública feita para celebrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo (2 de abril).
- Hoje em dia, a grande dificuldade e anseio dos pais é conseguir tirar a Lei Berenice Piana (Lei 12.764/2012) do papel – afirmou ela.
Adriana Monteiro relata que tem feito um trabalho de “formiguinha” para orientar e sensibilizar diversos profissionais (médicos, professores, advogados, juízes) para os desafios impostos pelo transtorno.
Também com esse espírito tem agido Lennon Custódio, especialista em orçamento público e integrante do Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab). Ele aproveitou para cobrar mais agilidade na execução do orçamento público voltado para o autismo.
- É necessário liberar recursos para investimento em pesquisa, qualificação de professores, saúde, lazer, esporte e cultura. É inadmissível que uma emenda parlamentar leve um ano para ser liberada. Sou a favor do orçamento impositivo com prioridade de liberação para as pessoas com deficiência – defendeu Custódio.
O direito à inclusão escolar previsto na Lei Berenice Piana - ampliado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), de iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da CDH – também foi cobrado por duas mães de autistas, as professoras Ana Paula Beserra e Viviani Guimarães, ambas integrantes do Moab.
Enquanto Ana Paula Beserra apontou a carência de monitores nas escolas para auxiliar nas demandas pedagógicas de alunos autistas e com outras deficiências, Vivani Guimarães é favorável a uma adaptação curricular que simplifique o conteúdo ensinado e favoreça o aprendizado para a vida.
- É preciso trabalhar o que é essencial para essa criança. Buscar o que é mais interessante para ela, falar sem rodeios, respeitar o tempo do aluno. É preciso modificar a forma de ensinar. A inclusão só acontece quando se aprende com a diferença – disse ela.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

















https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/03/31/autistas-lutam-para-transformar-direitos-em-realidade



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

18 de fevereiro - Dia internacional da Síndrome de Asperger

No dia Internacional da Síndrome de Asperger queria compartilhar alguns pensamentos com vocês.

De repente, você percebe que seu filho não saiu correndo com outras crianças em uma festinha de aniversário, que demora para olhar para você quando é chamado pelo nome, que suas brincadeiras são muito metódicas, como enfileirar animais ou organizar brinquedos por cores e tamanho. 
E agora?
Meu filho é diferente?
Ele sofre de algum mal?
Como será seu futuro?
Essas perguntas retornam com uma proporção monstruosa quando você vai atrás de um especialista, e, depois de um processo de investigação com fonoaudiólogas, psicólogas, e neuropediatras, seu filho é diagnosticado com Síndrome de Asperger, ou, na medicina contemporânea, TEA -  Transtorno do Espectro Autista - de nível I.
Essa foi a minha experiência, com meu filho Pedro, que ano passado teve esse diagnóstico. E agora, o que ele e todas as crianças que tem a mesma síndrome precisam? Antes de qualquer coisa, de amor, e de respeito! Amor para entender quando ele não para sentado para tirar uma simples foto, amor para respeitar que eles tem uma seleção alimentar e não estiverem a fim de comer o que você come, amor, para que eles não encontrem preconceito dentro de sua própria casa. 
E também respeito por, ao não conseguir expressar uma euforia, externalizá-la com estereotipias como bater as mãos, fazer caretas, pular sem parar! Respeito, por achar tão legal ficar olhando um patinho em um parque, ao invés de ficar correndo com outros meninos atrás de uma bola de futebol. Respeito por precisar (e ter esse direito assegurado por lei) de uma auxiliar em sala de aula, para que esta criança seja estimulada a aprender o que está sendo ensinado, e não somente aquilo que lhe interessa (e que nisso eles certamente se sobressairão em relação às crianças "normais).
Amor e respeito.
Começa por aí, e então, daí por diante, tudo fica mais fácil!
Fonte da imagem: Autismo e Intervenção

domingo, 4 de outubro de 2015

Livro de THOMAS L. WHITMAN "O Desenvolvimento do AUTISMO" lançado em português




Título: O desenvolvimento do autismo

N° de Páginas: 320
Edição: 1ª edição
Ano de publicação: 2015
Tamanho: 16x23
Tiragem total: 1.500
Autor: Thomas L. Whitman
Nacionalidade: Americano
Tradutor: Dayse Batista
ISBN: 978-85-7680-259-4


O livro é um clássico para quem interessa-se pela área do autismo. Bem traduzido para o português e com edição impressa bem cuidada. O trabalho foi lançado em inglês em 2004. O único reparo crítico a ser feito a edição brasileira é o fato de que não existe um capítulo que atualize os dados do  Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM). Ele foi baseado no DSM IV e desde 2013 existe o DSM V. Deveria,  no meu entender, ter  um capítulo de atualização e análise  do DSM. Talvez até fazendo um comparativo entre o DSM IV e DSM V. 
O livro aborda as necessidades de diferentes públicos, incluindo pais, terapeutas e profissionais da saúde, bem como estudiosos e pesquisadores do tema. Para quem está começando a estudar o autismo, o livro serve como uma introdução. Para professores que buscam informações sobre o autismo, o livro não apenas aborda os elementos básicos, mas também analisa o transtorno sob amplas perspectivas teórica e empírica.
Para profissionais que atendem crianças com autismo,  fornece resumos concisos e perspectivas críticas sobre a avaliação, características e teorias sobre o autismo, programas educacionais, de tratamento e de estresse e manejo pelas famílias. Para pesquisadores, o livro oferece teorias instigantes, estimula um modo diferente de pensar sobre o transtorno e sugere novos rumos para as pesquisas.
O contexto social mais amplo em que o autismo surge também é explorado neste livro junto com seu impacto sobre a família do autista. Whitman utiliza sua extensa experiência clínica para examinar a educação escolar com as intervenções biomédicas, e apresenta recomendações, tanto para abordagens práticas para os desafios cotidianos do autismo quanto para pesquisas futuras.
O livro é abrangente é leitura essencial para pais, alunos, terapeutas, pesquisadores e formuladores de políticas que precisam melhorar ou atualizar sua compreensão sobre o autismo.

SOBRE O AUTOR: Thomas L. Whitman é professor de psicologia na Universidade de Notre Dame nos Estados Unidos e codiretor do Programa de Capacitação em Pesquisa de Pós-Graduação em Deficiência Mental. Ele é autor de mais de 90 obras, entre artigos, capítulos e livros. Sua pesquisa e ensino centraram-se nas crianças em situação de risco com problemas de desenvolvimento. Seus livros mais recentes incluem: Adolescent mothers and their children (2001) e Life-span perspectives on health and illness(1999). Durante os últimos dez anos, trabalhou com as famílias, ajudando-as a estabelecer programas educacionais para crianças com desordem do espectro autista.


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Brasileiros desenvolvem games para auxiliar inclusão social de jovens autistas.

Além de conectar pessoas, a tecnologia também pode ser usada para reunir diferentes tipos de realidade. Prova disso é uma pesquisa de inclusão social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), que está desenvolvendo games para que crianças e jovens autistas, conhecidos por se fecharem em universos particulares, passem a se fixar mais no mundo a sua volta. A ideia deste tipo de tecnologia é estimular a capacidade de interação com outras pessoas por meio de jogos variados, desenvolvendo a comunicação e outras habilidades, como fala e leitura.
Um grupo de estudantes de mestrado e doutorado, coordenados por Alberto Raposo, professor do Departamento de Informática da PUC-Rio, desenvolve os games, que poderão ser jogados em tablets e celulares, com a possibilidade de dar ao profissional que trabalha com crianças e jovens autistas diversas opções de brincadeiras. É esperado que isso ajude o terapeuta, o professor ou até mesmo os pais dos autistas a escolherem as opções mais adequadas às necessidades e às preferências de cada um.

Por exemplo, se o objetivo for desenvolver ou avaliar o raciocínio lógico, é possível escolher um quebra-cabeças. Se o intuito for o de explorar a habilidade de sequenciamento, poderá ser escolhida uma história em que a criança precise concluir com a opção mais adequada. “Além das possibilidades de jogos, também pensamos em colocar diferentes imagens, para despertar um maior interesse do autista. Podem ser selecionados gatos, cachorros, leões, entre outras diversas opções”, informou o professor.

Um outro game, ainda em fase de aprimoramento, utiliza uma mesa touchscreen e pretende estimular principalmente a capacidade de comunicação entre autistas. No aplicativo, duas crianças ou jovens precisam vestir um jogador de futebol com o uniforme do time (camisa, calção, chuteiras e meião), mas só conseguem cumprir a tarefa se ambos colaborarem entre si e, por meio de comunicação, mantiverem o timing.

“Essa necessidade de sincronismo faz com que os jogadores tenham que se comunicar entre si e, mais do que isso, colaborar um com o outro, comportamento que os autistas não costumam ter. A prática pode contribuir para que eles desenvolvam mais a fala, as capacidades cognitivas e a interação social”, explicou Raposo. Para aprimorar o game, os desenvolvedores colocaram uma voz ao fundo, que descreve o que está acontecendo e incentiva os participantes.

A previsão é de que até o final de 2015 esses games já estejam prontos para teste e avaliação. Os subsídios para desenvolver os jogos foram recebidos do programa de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologias Assistivas, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

(Agência Gestão CT&I, com informações da Faperj e Confap)

ESCRITO POR AGÊNCIA GESTÃO CT&I