“Eu não tenho vergonha do meu filho”
07/01/2011 - 10h15m
Andréia Pereira
Repórter
Maria Helena Martins Filhos sabe bem o que é a convivência com uma criança que tem autismo. O seu filho, Vitor Martins Bastos, que hoje tem 23 anos, é portador da síndrome.
- Foi aqui mesmo, em Montes Claros, que o meu filho foi diagnosticado. Na época, saí do meu emprego e fui com ele para Belo Horizonte. Depois para o Rio de Janeiro, onde, por sete anos, ele fez um tratamento que muito o ajudou a ter qualidade de vida – contou Maria Helena.
Vitor tem um comprometimento severo da síndrome, que faz com que ele tenha rituais e comportamentos bem típicos do autismo. Ela esclarece que por causa disso foi fácil o diagnóstico.
- O autismo dele é bem clássico – define a mãe.
Segundo Maria Helena, é muito difícil conviver com uma pessoa que tem autismo e que uma das dificuldades é preconceito.
- O preconceito é o que mais atrapalha. Quando eu vou ao supermercado com ele, as pessoas ficam reparando e rindo diante de alguns comportamentos. Por exemplo, quando ele vê um iorgute, que é algo que ele gosta muito, ele começa a gritar, a pular e fazer outras atitudes que despertam a atenção das pessoas – exemplifica.
Por causa disso, ela confessa que são raras as vezes em que sai com o filho, mas garante que não tem vergonha dele e afirma:
- Eu não tenho vergonha, de forma alguma, do meu filho. Ele que me tornou essa pessoa que eu sou hoje.
Vitor, que está na quarta-série, participa em Montes Claros da ANDA – Associação norte-mineira de apoio ao autista, onde outras crianças também recebem apoio. A mãe de Vítor elogia a atuação dos profissionais da cidade que trabalham com autismo, entre fonoaudiólogos psicólogos etc., porém afirma que médicos e psiquiatras são escassos.
- Mas hoje está muito mais fácil do que na época em que o Vitor foi diagnosticado – relata.
http://www.onorte.net/noticias.php?id=31487
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
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