É preciso conhecer

É preciso conhecer

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Boas noites de sono ajudam as crianças a serem menos impulsivas, diz estudo


Para quem tem algum autista com distúrbio de sono...

Crianças pequenas que dormem mais à noite parecem ter mais facilidade em controlar seus impulsos

As crianças pequenas que dormem mais à noite parecem ter mais facilidade em controlar seus impulsos, além de terem melhor memória, comparadas àquelas que não dormem o suficiente, segundo estudo publicado na edição de dezembro da revista especializada Child Development. Avaliando 60 crianças canadenses com idades entre um e dois anos, os pesquisadores notaram que aquelas que dormiam mais tinham melhor desempenho em testes da função executiva - que inclui controle dos impulsos, memória e flexibilidade mental.

De acordo com especialistas da Universidade de Montreal, no Canadá, a função executiva se desenvolve entre um e seis anos de idade, mas pouco se sabia sobre o fato de algumas crianças desenvolverem melhor essas habilidades. E o estudo mostrou que os padrões de sono podem influenciar as habilidades executivas, principalmente em relação ao controle dos impulsos, independentemente da escolaridade e renda dos pais.

“Descobrirmos que o sono dos infantes está associado com as funções cognitivas que dependem das estruturas cerebrais e que se desenvolvem rapidamente nos primeiros dois anos de vida”, disse a pesquisadora Annie Bernier. “Isso pode implicar que uma boa noite de sono na infância coloca em movimento uma cascata de efeitos neurais que tem implicações nas habilidades executivas mais tarde”, acrescentou a especialista.

Em artigo publicado na revista, os pesquisadores destacaram que os resultados são similares aos de pesquisas anteriores com crianças em idade escolar, que mostram que “o sono cumpre um papel no desenvolvimento de funções cognitivas de ordem superior que envolvem o córtex pré-frontal do cérebro”. Entretanto, mais estudos são necessários para confirmação.

Autor: Redação
Fonte: Boa Saúde

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Autismo e Esporte... com técnicas para desenvolver afetividade e linguagem oral.

Autismo e Esporte... com técnicas para desenvolver afetividade e linguagem oral.
matéria do Esporte espetacular da Globo.

domingo, 14 de novembro de 2010

Pesquisa de brasileiros traz esperança para cura do autismo

O Jornal Nacional noticiou nesta quinta uma descoberta promissora para as pessoas que têm autismo: uma disfunção que afeta a capacidade motora, de comunicação e de relacionamento do ser humano. Nesta sexta, o correspondente Rodrigo Bocardi conversou com o cientista brasileiro que chefiou a pesquisa para saber mais sobre essa descoberta.

A criança não se comunica direito. O convívio com as pessoas é limitado. E quando os pais se dão conta, percebem que o filho é portador de um transtorno neurológico: o autismo.

A doença até hoje se mostrou incurável e fez muitos pais se cobrarem achando que não deram o amor necessário ao filho. De San Diego, na Costa Oeste dos Estados Unidos, o pesquisador Alysson Muotri contesta.

Veja o vídeo do JNacional.

Biólogo recriou neurônios a partir de células retiradas da pele de crianças com síndrome de autismo

Biólogo recriou neurônios a partir de células retiradas da pele de crianças com síndrome de autismo

Boston, EUA. O biólogo brasileiro Alysson Muotri, que reproduziu o comportamento dos neurônios de crianças autistas em um pires de laboratório anunciou, ontem, um passo crucial em seu trabalho.

Em estudo a ser publicado hoje na prestigiosa revista "Cell", Muotri da Universidade da Califórnia em San Diego, descreve como "curou" um punhado de células defeituosas com uma droga experimental.

Ao recriar neurônios a partir de células retiradas da pele de crianças com uma síndrome de autismo genética, Muotri identificou características da doença independentes do sintoma comportamental, observando as células vivas em microscópios.

"Isso sugere que a técnica tem um potencial de diagnóstico. É a primeira descrição de um modelo humano que recapitula uma doença psiquiátrica", afirma o cientista brasileiro.

Cautela

O biólogo é cauteloso, porém, quando questionado sobre se seu trabalho é a descoberta de um tratamento para o autismo. A droga usada no experimento, a IGF-1, altera os níveis de insulina no organismo, e pode levar a uma série de efeitos colaterais indesejados caso seja administrada no sistema nervoso de pessoas normais.

Mesmo que a descoberta de um medicamento adequado possa levar décadas, Muotri se diz otimista. Ele está elaborando testes com uma série de outras drogas em um sistema robótico de experimentação, como o que empresas farmacêuticas usam. "Não acho que uma droga conseguiria consertar tudo, no caso de alguém que tenha desenvolvido um problema de cognição e memória mais profundo. Mas mostramos que é possível reverter o estado desses neurônios", afirmou. Muotri está estudando também neurônios reprogramados a partir de células da pele de crianças com outros tipos de autismo.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Recém-nascidos com icterícia têm mais risco de autismo

WASHINGTON — Os recém-nascidos que sofrem de icterícia têm um risco maior de sofrer autismo, demonstra um estudo publicado na revista Pediatrics.

Os cientistas detectaram em crianças nascidas na Dinamarca entre 1994 e 2004 que aquelas que sofriam de icterícia tinham 67% mais possibilidades de ser autistas.

A icterícia do recém-nascido é provocada geralmente por uma produção excessiva de bilirrubina, uma substância produzida durante a destruição de glóbulos vermelhos pelo organismo.

No total, 60% das crianças recém-nascidas padecem de icterícia, e o fenômeno é reabsorvido naturalmente após algumas semanas, mas uma exposição prolongada a taxas elevadas de bilirrubina é neurotóxica e pode provocar problemas de desenvolvimento a longo prazo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

III ENCONTRO : Grupo de Apoio, Pesquisa e Troca de Experiências sobre Autismo e Síndrome de Asperger

Programação:

28 de agosto 2010

14:00h:Uma conversa sobre:
Birra, agressão, frustração e procupações;
compulsões,rotinas e rituais;
maneirismo e movimentos repetitivos.

Palestrante:Maysa Guerra Psicopedagoga e Terapeuta Ocupacional.- Fpolis


15:30h A importância Atividade Física Adaptada e Saúde com enfoque ao Autismo.

Palestrante: Ricardo de Almeida Pimenta, graduado em Educação Física (UFSC) com especialização em Atividade Física Adaptada e Saúde (UGF) e Fundamentos Curriculares da Educação Inclusiva




Informações/Inscrições: Alessandra Gutierrez
alessakravitz@gmail.com /32334176- 84097565
Local : Flor do Campus (escola próximo aos escoteiros dentro da UFSC)

Contamos com a participação de todos, é gratuito. Levar algo(suco, biscoito, etc) para um lanche coletivo.

* Estamos fazendo uma campanha pra arrecadar livros infantis e brinquedos didáticos (pode ser usado) para Escola Flôr do Campus, que é uma associação de pais sem fins lucrativos e esta sendo nossa grande parceira cedendo gentilmente o espaço para nossas reuniões.

***************************************


Uma novidade super legal para repassar, a Profª Tatiana Lee que é professora do Curso de Cinema da UNISUL, montará um projeto de um documentário sobre Autismo em conjunto com o Grupo de Apoio, Pesquisa e Troca de Experiências sobre Autismo e Síndrome de Asperger.

É uma excelente oportunidade de participarmos e criarmos algo para a divulgação da síndrome. Ainda não esta pronto o roteiro, mas é bem possível que começaremos já nesse sábado,as imagens serão capatadas ao longo dos encontros, (em escolas e casas de quem quiser participar) lógico com o concentimento dado pelos participantes no local, quem não quiser participar não será filmado.
Acho que será um belo trabalho pois teremos apoio de uma instituição muito respeitada.

Alessandra Gutierrez.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Terapia da Fala

Esse texto foi enviado pelo Gilberto Sebrão,é muito interessante ser compartilhado!


Terapia da Fala

A Terapia da Fala com crianças com Perturbação da Comunicação e da Relação tem que ser
sensível às dificuldades específicas da perturbação e às diferenças individuais de cada criança.
Isto pressupõe uma avaliação cuidada e muito mais abrangente do que com outras patologias,
uma vez que estas crianças apresentam graves alterações não só de linguagem, mas de comunicação,
nomeadamente da comunicação não-verbal.
Estas dificuldades são evidentes quer ao nível da compreensão – no processamento da informação
verbal e não-verbal, quer ao nível da expressão – na utilização do gesto natural, do gesto codificado e da palavra para entrar em comunicação com o outro.
Torna-se assim fácil de perceber que as formas comunicativas mais usadas por estas crianças
são formas pré-simbólicas não convencionais (movimento global do corpo, grito, manipulação).
Estas formas servem um leque muito restrito de intenções comunicativas. As crianças usam a
comunicação quase exclusivamente para pedir objectos, pedir acções e rejeitar, ou seja, para a
categoria pragmática de Regular o Comportamento do Outro, mas não para as categorias
pragmáticas de Interacção Social – chamar a atenção para si – e de Atenção Conjunta – orientar
a atenção do outro para objectos e acontecimentos interessantes, com o propósito de partilhar
a experiência com essa pessoa (Wetherby & Prutting, 1984).

A Terapia da Fala tem, assim, como objectivo fornecer à criança instrumentos convencionais
de comunicação, pré-simbólicos e simbólicos, alargando as suas intenções comunicativas às categorias
pragmáticas não utilizadas.
Pretende-se que a criança comece a usar gestos naturais como a alternância do olhar, o apontar
(proto-imperativo para a intenção comunicativa de Pedir e proto-declarativo para a Atenção
Conjunta), a expressão facial, o acenar com a mão e com a cabeça, o beijar e abraçar, como
formas comunicativas pré-simbólicas convencionais.
Como objectivo último, pretende-se que a criança venha a utilizar formas comunicativas
simbólicas: a palavra, o gesto codificado e o símbolo codificado. Para isso, é utilizado como
principal estratégia de intervenção o Programa de Linguagem do Vocabulário Makaton, desenvolvido
por Margareth Walker nos anos 70, que pressupõe a utilização de gestos (retirados da
Língua Gestual Portuguesa) e símbolos a acompanhar a fala.

A Terapeuta da Fala, os pais e os outros interlocutores são liderados pela modalidade preferida pela criança, fornecendo-lhe estrutura
e consistência nas interacções comunicativas em todos os contextos. Nas crianças que
apresentam uma linguagem emergente com poucas palavras altamente funcionais, este programa
também é utilizado, pois fornece um meio de aumentar o vocabulário e de iniciar a construção de
frases.
Nas crianças verbais, a intervenção da Terapeuta da Fala incide no desenvolvimento da
compreensão e da expressão verbal, essencialmente nas suas vertentes Semântica e Pragmática,
áreas sempre em défice. Também com as crianças verbais a comunicação não verbal é trabalhada
em simultâneo.
Pretende-se que estas crianças desenvolvam progressivamente uma motivação para comunicar,
através de formas comunicativas facilmente compreensíveis pelo outro, abram e fechem cada
vez mais ciclos de comunicação com os diferentes interlocutores, o que se vai traduzir numa
maior autonomia, funcionalidade e independência.
Para atingir estes objectivos utilizam-se algumas estratégias:
- Introdução de uma terceira pessoa na sessão, para servir de modelo de comunicação;
- Partir dos interesses individuais de cada criança (personalização da linguagem);
- Dar intencionalidade e significação a todo e qualquer sinal comunicativo;
- Criar situações facilitadoras da utilização funcional da comunicação/linguagem em
diferentes contextos;
- Utilização de suportes visuais à oralidade:
Gesto natural, objectos, fotografias, imagens, etc.;
- Utilização de comunicação aumentativa, nomeadamente do Programa de Linguagem
do Vocabulário MAKATON, gesto codificado e símbolos gráficos, em simultâneo
com a fala;
- Redução da complexidade da linguagem pelo terapeuta.
- Adaptação às competências linguísticas da criança (nível da palavra isolada, duas palavras,
três ou mais palavras);
- Ênfase na entoação, ritmo e melodia (Prosódia);
- Ênfase na expressão facial e mímica corporal.






foor time: http://sites.google.com/site/autismoemfoco/floortime

e son-rise: www.inspiradospeloautismo.com.br


ler tb texto no final do e-mail- Terapia da Fala

Desenvolvido pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan, Floortime (ao pé da letra tempo no chão) é um método de tratamento que leva em conta a filosofia de interagir com uma criança autista. É baseado na premissa de que a criança pode melhorar e construir um grande círculo de interesses e de interação com um adulto que vá de encontro com a criança independente do seu estágio atual de desenvolvimento e que o ajuda a descobrir e levantar a sua força.
A meta no Floortime é desenvolver a criança dentro dos 6 marcos básicos para a plenitude do desenvolvimento emocional e intelectual do indivíduo. Greenspan descreveu os 6 degraus da escada do desenvolvimento emocional como: noção do próprio eu e interesse no mundo; intimidade ou um amor especial para a relação humana; a comunicação em duas vias (interação); a comunicação complexa; as idéias emocionais e o pensamento emocional. A criança autista tem dificuldades em se mover naturalmente através desses marcos, ou subir esses degraus, devido à reações sensoriais exacerbadas ou diminuidas e/ou a um controle pobre dos comandos físicos.
No Floortime, os pais entram numa brincadeira que a criança goste ou se interesse e segue aos comandos que a própria criança lidera. A partir dessa ligação mútua, os pais ou o adulto envolvido na terapia, são instruídos em como mover a criança para atividades de interação mais complexa, um processo conhecido como " abrindo e fechando círculos de comunicação". Floortime não separa ou foca nas diferentes habilidades da fala, habilidades motoras ou cognitivas, mas guia essas habilidades propriamente, enfatizando o desenvolvimento emocional. A intervenção é chamada Floortime porque os adultos vão para o chão, para poder interagir com a criança no seu nível e olho no olho.

PARA ENTENDER MELHOR - Link de fotos de uma escola para autistas nos EUA ( Escola chamada "Celebrando as Crianças") que utiliza o Floortime.
http://www.time.com/time/photoessays/2006/autismschool/
FOTO DA CAPA: O paraprofissional Dan Cherry entra no Floortime com Alex Jimenez na escola de Linden. A meta nesse método de ensino é fazer uma conecção emocional mesmo com a mais prejudicada das crianças.
1ª FOTO: Cresça e Brilhe! O professor dançando com o estudante durante o "ciclo da manhã" que ajuda a elucidar as mudanças emocionais, a atenção e a participação.
2ª FOTO: O Tráfego! 3 estudantes na linha de chegada de um jogo chamado: "luz vermelha, luz verde", o qual é usado para reforçar o equilíbrio e o planejamento das habilidades motoras dos estudantes.
3ª FOTO: Jogo de Concentração! Um estudante joga travesseirinhos de feijão dentro de um balde, pendurado numa espécie de balanço, como parte de um reforço para estimular o sistema sensorial das crianças e aumentar a capacidade de pensar e se relacionar com situações novas.
4ª FOTO: A Teoria do Fio! A professora "embrulha" o estudante com barbante durante o "ciclo da manhã" quando a criança interage jogando e cantando. Isso ajuda aos estudantes e ao staff a dividir emoções e resolver os problemas.
5ª FOTO: O Plano de Ação! Rotinas visuais como esta da foto são usadas para ajudar e dar suporte as habilidades do estudante em planejar e seguir as atividades a cada dia.
6ª FOTO: Hora de estorinhas! Estudantes e a professora numa hora de relaxamento depois do almoço.
7ª FOTO: Relaxando o estresse! Um estudante mais velho mostrado aqui lendo e relaxando as tensões apertando uma bolinha de borracha, assim ele é encorajado a utilizar objetos sensoriais discretos para dar suporte ao seu equilíbrio emocional e ajudá-lo a pensar e participar por longos periodos. O simples uso desse tipo de ferramenta, pode fazer uma grande diferença nas habilidades de serem bem sucedidos nas atividades escolares.
8ª FOTO: Cheque Mate! 2 estudantes mais velhos jogando xadrez nas suas horas de descanso, uma hora em que muitos escolhem participar de atividades intelectuais. Assim os bons amigos estão aprendendo a respeitar as diferenças e reconhecer as suas próprias necessidades sensoriais.
9ª FOTO: Laços que unem! 2 alunos se beijando e se abraçando enquanto se balançam numa gangorra na sala sensorial, onde os alunos são encorajados a trabalhar em pares e se unir em atividades de integração sensorial.
10ª FOTO: O Construtor! Um aluno posa junto a sua escultura feita de macarrão espagueti e marshmallows. Os estudantes constroem estruturas do tipo pirâmides e cubos enquanto aprendem sobre desenho e equilíbrio.

http://www.maoamigaong.trix.net/brincando.htm
Idéias para brincadeiras com crianças autistas. Na apostila no link do ABA também tem sugestões.

'Scanner' pode diagnosticar o autismo

'Scanner' pode diagnosticar o autismo



Um scanner cerebral de 15 minutos e que se analisa de imediato no computador pode, no futuro, ajudar a diagnosticar o autismo, uma perturbação mental difícil de definir que pode manifestar-se em vários graus.


A técnica conseguiu bons resultados apenas em 20 homens com a doença já diagnosticada, faltando ainda ser validada em mulheres e crianças. A estimativa nos países desenvolvidos é que uma em cada cem pessoas (quatro homens por cada mulher) sofre de autismo, em algum grau. Quando se confirma o diagnóstico, existem tratamentos não farmacológicos que melhoram a qualidade de vida de muitos pacientes, sobretudo crianças.




O estudo, dirigido no Reino Unido pelo professor catedrático de psiquiatria Declan Murphy, foi publicado no Journal of Neuroscience. A investigação - que fez uma complexa bateria de análises comportamentais e entrevistas pessoais - aproveita a acumulação de conhecimento sobre a base genética do autismo e a sua repercussão - muito ligeira - na anatomia do cérebro, como a espessura do córtex e a forma e a estrutura de regiões relacionadas com a linguagem e com o comportamento.




Murphy acredita que este avanço vai somar-se ao protocolo de diagnóstico do autismo, mas que não vai substituí-lo. "Acreditamos que este trabalho é uma prova de que o conceito funciona. Esperamos que se possa começar a aplicar no sistema nacional de saúde em um ou dois anos. Nem sequer é preciso comprar novos instrumentos, basta acrescentar um programa às máquinas de ressonância magnética", considerou a investigadora Christine Ecker.
DN online

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Propostas flexibilizam jornada de pais de deficientes

Propostas flexibilizam jornada de pais de deficientes


http://www.direito2.com.br/acam/2004/set/30/propostas-flexibilizam-jornada-de-pais-de-deficientes

Por: Agência Câmara
Data de Publicação: 30 de setembro de 2004


A Agência Câmara publica hoje a última matéria da série iniciada dia 21 - quando se celebrou o Dia Nacional de Luta das Pessoas Portadoras de Deficiência. Durante oito dias foram divulgadas as propostas que tramitam na Casa voltadas à melhoria da qualidade de vida dos portadores de necessidades especiais. Educação, cultura, atendimento preferencial, acessibilidade a serviços públicos e privados, formas de comunicação, benefícios fiscais, entre outros, foram os temas abordados.
Além das dezenas de projetos que ampliam os benefícios para esse segmento da população, está em discussão na Câmara o projeto de lei que institui o Estatuto do Portador de Necessidades Especiais (PL 3638/00) . De autoria do ex-deputado e hoje senador Paulo Paim (PT-RS), a proposta está sendo analisada por uma comissão especial e será relatada pelo deputado Celso Russomanno (PP-SP). Para o trabalho, o parlamentar conta com o apoio de dez relatorias parciais .


Jornada flexível

A angústia dos pais para cumprir suas tarefas no trabalho e, ao mesmo tempo, atender às necessidades especiais de seus filhos poderá ser amenizada. Tramitam na Casa vários projetos que concedem diversos benefícios ao pai ou responsável por pessoa portadora de deficiência. As propostas vão desde a redução da jornada de trabalho até a dispensa para acompanhamento do filho em terapias e tratamentos médicos.


O Projeto de Lei 632/03 , de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS), propõe uma redução de duas horas na jornada do trabalhador que tiver filho portador de necessidade especial. A proposta determina ainda que o trabalhador com direito ao benefício só poderá ser demitido por justa causa ou devido a grave crise financeira do estabelecimento empregador, comprovada junto ao Ministério do Trabalho.

Com o mesmo objetivo, tramita o Projeto de Lei 3037/04 , do deputado Carlos Nader (PFL-RJ), que propõe a redução da jornada de trabalho e o cumprimento de horário especial, sem perda salarial, para os pais de deficientes.

De autoria do deputado Ricardo Izar (PTB-SP), o Projeto de Lei 1038/03 possibilita que pais de crianças portadoras de deficiência física sejam dispensados durante o horário de trabalho para acompanhar seus filhos em terapias e tratamentos médicos.

A falta, no entanto, só será justificada se os pais apresentarem parecer técnico ou laudo médico específico, emitido por profissional da rede hospitalar pública, comprovando a necessidade de assistência contínua para o portador da deficiência física.


Conceito de deficiência

O PL 344/03 , de autoria do deputado Confúcio Moura (PMDB-RO), amplia o conceito de deficiência previsto no Regime Jurídico do Servidor (Lei 8112/90), no artigo que trata da concessão de horário especial para os funcionários que tenham cônjuge, filho ou dependente portador de deficiência. O texto estabelece que só terão direito ao horário especial os servidores com cônjuge, filhos ou dependentes com deficiência física.

A proposta determina que os casos de deficiência serão definidos de acordo com o disposto no Decreto 3298/99. Pelo decreto, é considerada pessoa portadora de necessidade especial, além dos deficientes físicos, os deficientes auditivos, visuais e mentais.

Leia mais:


Deficientes poderão ter residências asseguradas Projetos priorizam atendimento a deficientes pela JustiçaPropostas melhoram assistência a deficientesCâmara quer aperfeiçoar leis para deficientesPropostas ampliam acesso dos deficientes à EducaçãoDeficientes podem ter acesso a serviços facilitadoPropostas favorecem inserção cultural de deficientesProjetos garantem incentivos fiscais a deficientesLocomoção de deficientes pode ser facilitadaPropostas melhoram segurança de deficientes


Reportagem - Mauren Rojahn e Ana Felícia

Edição - Maristela Sant'Ana

Próximo texto:
ACam Propostas melhoram assistência a deficientes
Texto Anterior:
ACam SUS poderá realizar exame em vítima de violência sexual

Estatuto do Portador de Necessidades
Disposições Preliminares
• Este PL institui o Estatuto do Portador de Necessidades Especiais para assegurar a integração social e o pleno exercício dos direitos individuais e coletivos das pessoas acometidas por limitações físico-motora, mental, visual, auditiva ou múltiplas que as torne hipo-suficientes para regular inserção social;
• É dever da sociedade, do estado, da comunidade e da família, assegurar os direitos à vida, à saúde, à alimentação, à habitação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, ao trabalho, ao transporte, ao acesso às edificações públicas, à seguridade social, à dignidade, ao respeito à liberdade e à convivência familiar e comunitária;
Princípios
• Ações conjuntas do Estado e da sociedade civil para assegurar ao PNE a plena integração no contexto sócio-econômico e cultural;
• Mecanismos e instrumentos legais e operacionais que assegurem ao PNE o exercício de seus direitos básicos presentes na Constituição e das leis;
• Assegurar o direito à igualdade de oportunidades na sociedade;
Objetivos
• Assegurar o acesso, o ingresso e a permanência do PNE em todos os serviços públicos ou privados oferecidos à comunidade;
• Assegurar meios e garantir a efetividade para a prevenção das deficiências, eliminação de suas múltiplas causas, inclusão social e otimização da prestação dos serviços públicos;
• Assegurar apoio à formação de recursos humanos;
Diretrizes
Os agentes públicos ou privados promotores dos direitos dos PNE deverão:
• Estabelecer mecanismos para desenvolver o PNE;
• Adotar estratégias para políticas de integração do PNE;
• Incluir o PNE em todas as iniciativas governamentais e, quando possível, nas iniciativas da sociedade civil;
• Viabilizar a participação do PNE em todas as fases de implementação das políticas;

Texto enviado por Gilberto Sebrão, pai de Luisa

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Admirável Mundo Próprio»

No Courier Internacional deste mês vem publicado um artigo «Admirável mundo próprio», de Daniel Saraga, que o escreveu para o jornal suíço L'Hebdo, a respeito duma pequena empresa de informática com sucesso que emprega exclusivamente técnicos com Síndrome de Asperger.
http://inclusaoaquilino.blogspot.com/2010/08/admiravel-mundo-proprio.html#links

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Programa permite identificar casos de autismo em crianças por voz

Método distingue garotos com autismo dos demais em 86% dos casos.
Estudo foi realizado pela Universidade de Memphis, nos EUA.

Do G1, em São Paulo

Pesquisadores da Universidade de Memphis desenvolveram um programa que utiliza um padrão de vozes de crianças para identificar casos de autismo, conforme estudo publicado nesta segunda-feira (19) no site Proceedings of The Natural Academy of Sciences.

Realizada por uma equipe da Universidade de Memphis, nos Estados Unidos, a pesquisa considerou 1.486 gravações de 232 crianças por meio de um algoritmo baseado em 12 parâmetros acústicos ligados com desenvolvimento vocal. São 3,1 milhões de declarações e discursos usados pelo time liderado pelo professor Kimbrough Oller.

A tecnologia, conhecida como LENA, mostra que as manifestações pré-verbais de crianças muito jovens com autismo são distintas das demais, com aproveitamento de até 86% nos resultados.

Para o especialista, o trabalho é a prova de que a análise de um grande número de gravações pode ser uma alternativa ao repertório científico em trabalhos sobre desenvolvimento vocal.

"Outros estudos já haviam sugerido que crianças com autismo possuem uma assinatura vocal diferente, mas até este estudo faltava um mecanismo adequado para medição", afirma Steven Warren, professor da Universidade de Kansas e colaborador do estudo.

Segundo Warren, é possível diagnosticar crianças com autismo por meio do espectro vocal com apenas 18 meses. Nos Estados Unidos, o problema é detectado, em média, quase aos seis anos de idade.

"Essa tecnologia pode ajudar os pediatras a encaminhar as crianças a um especialista, se necessário, e prover tratamento mais cedo àquelas com autismo", diz Warren.
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/07/programa-permite-identificar-casos-de-autismo-em-criancas-por-voz.html

domingo, 1 de agosto de 2010

PEQUENO PRÍNCIPE: A RAPOSA SERIA AUTISTA?

Gente! Leiam este lindo texto postado no blog VIVÊNCIAS AUTÍSTICAS de Nilton Salvador.Sintam que delicadeza..

Em uma palestra sobre Autismo em São Paulo, uma francesa citou O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry. Capítulo XXI.
Neste capítulo o principezinho propõe a uma raposa que brinque com ele porque ele estava triste. Ela responde:


"... - Eu não posso brincar contigo. Não me cativaram ainda.
- O que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa, significa criar laços.
...
- O que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas cada dia te sentarás mais perto..."

Quem tem um filhinho autista lembrou de alguém?


Tem mais:


" No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então ficarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade. Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? Perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora das outras horas..."
Será que a raposa do livro é autista?
Ou será que somente a raposa e os autistas lembram das coisas que já estão muito esquecidas?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

‘Avós do tricot’ nuas em calendário pelo autismo


Ação benemérita
‘Avós do tricot’ nuas em calendário

Quatro avós norte-americanas que fazem parte de um grupo de ‘tricot’ em Tacoma, no estado de Washington, decidiram deixar as agulhas e novelos de lado por algumas horas e despir-se de preconceitos, posando nuas para uma sessão fotográfica.


É tudo por uma boa causa: as fotografias farão parte de um calendário que será vendido na região e cujos lucros visam ajudar crianças com autismo, incluindo os netos de uma das modelos.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/insolito/avos-do-tricot-nuas-em-calendario

terça-feira, 22 de junho de 2010

Dia do Orgulho Autista será comemorado com uma série de eventos no DF

Dia do Orgulho Autista será comemorado com uma série de eventos no DF



Publicação: 18/06/2010 12:22

O Dia do Orgulho Autista é comemorado nesta sexta-feira (18/09) em todo o mundo. A data foi criada por pais de pessoas diagnosticadas autistas, com o objetivo de demonstrar a satisfação pessoal com a melhoria da qualidade de vida dessas famílias, segundo Fernando Cotta, coordenador da Coordenadoria para Inclusão da Pessoa com Deficiência no Distrito Federal (Corde-DF).

No Distrito Federal, diversos eventos estão programados até a quarta-feira (23/6) da semana que vem para comemorar a data. Hoje haverá um ciclo de palestras no Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB) em parceria com a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde) para celebrar a 6ª edição mundial. Para participar é preciso se inscrever pela Corde ou no site do IESB. A inscrição é gratuita. O ciclo começou às 8h e termina às 18h30, com intervalos para almoço.

Segundo Fernando, a data é celebrada desde 2005, no Brasil, quando foi criado o Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB). "O movimento nasceu, primeiramente, nos Estados Unidos. Depois foi difundido por países europeus, até chegar no Brasil", explica. O objetivo é destacar pessoas, órgãos e entidades que trabalham pela melhoria da qualidade de vida destas pessoas.

Além deste ciclo de palestras que conta com diversos especialistas no assunto, no sábado terá um evento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) denominado de "Desabafo Autista e Aspenger", a partir das 14h. No dia 23, está programada para às 10h uma solenidade de entrega do V Prêmio Orgulho Autista 2009/2010, que será transmitido pela Rádio Nacional.

Autismo


O autismo é um distúrbio no desenvolvimento humano. A síndrome é definida por alterações presentes desde idades muito precoces e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no usa da imaginação.

Serviço

Ciclo de Palestras
Participam do evento a Corde, a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, presidente do MOAB, professores do IESB e especialistas no assunto
Data: 18/06 (sexta-feira)
Horário: 8h às 12h30 e 13h30 às 18h30
Local: Auditório do IESB, na Quadra 614, na L2 Sul

Desabafo Autista e Asperger
Data: 19/06 (sábado)
Horário: 14h
Local: Câmara Legislativa

Solenidade de entrega do V Prêmio Orgulho Autista 2010/2009
Data: 23/06 (quarta-feira)
Horário: 10h
Local: Ainda não está definido

Menino autista quebra silêncio e se comunica por mensagens de computador

Usando técnica conhecida como comunicação facilitada, britânico de 13 anos, passou a se expressar e até a escrever poemas.

O britânico Jamie Ponsonby não consegue falar e durante anos permaneceu preso em seu próprio mundo.
Sua família, porém, o ensinou a usar um teclado de computador e hoje em dia o garoto de 13 anos, que sofre de autismo, consegue não apenas se expressar como também escrever poemas.
Sua mãe, Serena, disse que isso permitiu que Jamie se comunicasse com a família e que, assim, ela pudesse entendê-lo melhor.
"Nós não tínhamos ideia de que havia uma pessoa lá dentro que sabia tudo", afirmou ela.
Emoções e senso de humor
"Por meio da digitação nós descobrimos que ele sabe todo tipo de coisa. Ele está totalmente ciente de tudo, seu senso de humor está totalmente ali. Ele tem uma poesia linda, seus sentimentos e emoções são todos perfeitamente normais e acima da média para sua idade."
O diretor de pesquisas da entidade beneficente Research Autism, Richard Mills, disse que casos como o de Jamie são relativamente raros.
Ele disse que a técnica usada pelos pais de Jamie para ajudá-lo a se comunicar - conhecida como comunicação facilitada - apesar de polêmica, tem mostrado bons resultados.
Ela foi introduzida pela primeira vez na Austrália nos anos 70 e consiste em alguém apoiar a mão, o pulso ou o braço de um a pessoa com deficiência comunicativa enquanto esta usa um teclado ou outro aparelho para formar palavras e frases.
"Nós sabemos que pessoas com autismo muitas vezes precisam de muito tempo de processamento. Eles precisam que as coisas sejam visuais, então palavras digitadas em um teclado tendem a funcionar melhor (do que outras formas de comunicação como o uso da fala, por exemplo)".
Paciência
Serena disse que apesar de Jamie digitar com lentidão - ele levou duas semanas para digitar seu poema sobre autismo - ele está, aos poucos, ficando mais rápido e independente.
Ela percebeu que havia um problema com seu filho quando ele tinha 18 meses de idade.
"Ele foi diagnosticado com dois anos e meio, mas desde os 18 meses eu sabia que algo não estava certo. Ele costumava adorar música mas começava a gritar quando eu o levava para aulas de música", disse ela.
Durante alguns anos após seu diagnóstico, Jamie perdeu mais e mais habilidades , incluindo a fala. Ele tinha uma habilidade limitada para se comunicar por meio de sinais, portanto a comunicação se tornou difícil.
"Nós começamos a estimulá-lo a digitar aos nove anos de idade, após eu ler um livro sobre alguém que achava mais fácil digitar, apesar de ela saber falar", contou Serena.
"Pensei que talvez pudesse ser um caminho diferente. Começamos a estimulá-lo a digitar as palavras que ele sabia usar com sinais e fizemos progressos bem, bem lentos. Nós muitas vezes pensamos em desistir."
"Depois de alguns anos ele começou a ler placas e vimos que ele conseguia ler. Começamos a fazer perguntas e ele digitava todo tipo de coisa que nem sabíamos que ele conhecia", disse a mãe.
"Como uma família, isso nos permitiu a saber que existe alguém ali que sabe tudo que está acontecendo. Ele adora viajar e se você sabe que ele está ganhando algo com isso, sua paciência aumenta."
"Você não fala com ele como com alguém que não entende - sua autoestima e confiança estão infinitamente melhores."
Apesar do sucesso descrito pela família, a técnica da comunicação facilitada é criticada por cientistas que questionam o grau de interferência dos responsáveis no momento de comunicação pelo teclado.


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/06/menino-autista-quebra-silencio-e-se-comunica-por-mensagens-de-computador.html

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sombras pioram percepção em crianças autistas

Sombras pioram percepção em crianças autistas



Presença de sombras em objetos também prejudica o processamento visual em autistas
New Scientist

Já se sabia que crianças autistas têm dificuldades para processar imagens. Elas acham, por exemplo, mais difícil compreender expressões faciais que crianças sem autismo. Agora um estudo publicado na revista "Plos ONE" mostra que a presença de sombras em objetos também prejudica o processamento visual em autistas.

Umberto Castiello, da Universidade de Pádua (Itália) e colaboradores compararam a habilidade de 20 crianças com autismo e 20 crianças sem autismo reconhecerem objetos desenhados com ou sem sombras.

Castiello e seu grupo descobriu que crianças com autismo nomeavam os objetos sem sombra mais rapidamente e objetos com sombra mais lentamente que crianças sem autismo.

Segundo Castiello, crianças sem autismo conectam objetos e suas sombras de uma maneira que facilita o reconhecimento de objetos. Quando essas crianças veem imagens com sombras inconsistentes com o objeto, por exemplo um vaso redondo com uma sombra triangular, o tempo para nomear o objeto é maior do que quando a sombra é consistente com o objeto.

Para crianças com autismo, contudo, faz pouca diferença se as sombras são consistentes com o objeto ou não.

Uma possível aplicação do resultado é o uso de salas de aula mais bem iluminadas para que turmas de autistas tenham menos distrações.

A parte e o todo

De acordo com Uta Frith, psicóloga especializada em autismo do University College London, no Reino Unido, os resultados concordar com a teoria de que autistas não utilizam o contexto em torno de um objeto (no caso, as sombras) para ajudar a interpretar dados visuais.

De maneira mais geral, autistas parecem prestar mais atenção para as partes do que para o todo. Frith nota que crianças com autismo gostam de montar quebra-cabeças, mas, ao contrário de crianças sem autismo, não mostram interesse na figura final.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Terapia com cães ajuda tratamento de autistas

A cinoterapia, terapia assistida por cães, tem proporcionado resultados significativos no tratamento de portadores de autismo. Mais de 50 freqüentadores da Associação de Amigos dos Autistas (Ama) estão obtendo resultados prá lá de positivos.

A informação é da fisioterapeuta Marcia Felisbino, que em parceria com o Grupo de Patrulhamento com Cães (GPC) do 9º Batalhão de Polícia Militar, comanda as sessões de terapia. Segundo ela, os vínculos que os autistas estabelecem com o animal originam progressos. “Eles ficam mais tolerantes, comunicativos e tranqüilos”, afirma.

O autista Anderson Venson, de 33 anos, participou da quarta sessão nesta terça-feira. Diante de Athos - cão da raça Labrador, que é o protagonista das sessões – ele e os colegas guiam, dão comando de voz e acariciam o animal, sob a supervisão de um policial e da fisioterapeuta.

Marcia não imaginava que a cinoterapia iria surtir efeito tão rapidamente. “Esperávamos obter mudanças em longo prazo. Mas, no segundo dia de sessão já fomos surpreendidos com efeitos bem expressivos”, diz.

Para o tenente Mário, a atividade, que é pioneira na região, foge completamente a rotina do policial. “É uma experiência distinto, que permite ver o mundo e o ser humano com outros olhos. Aprendemos muito com eles. É uma lição de vida”.
Veja mais:
Jornal A Tribuna
fonte:http://www.atribunanet.com/noticia/terapia-com-caes-ajuda-tratamento-de-autistas-50592

sábado, 22 de maio de 2010

Grupo de Apoio, Pesquisa e Troca de Experiências sobre Autismo e Síndrome de Asperger se reune em Florianopolis

Grupo de Apoio, Pesquisa e Troca de Experiências sobre Autismo e Síndrome de Asperger (AS.)

Apesar de atualmente termos mais acesso a material seja em livros e principalmente a internet, devemos lembrar que o autismo é algo muito “individual” sendo cada caso um caso, e apesar das características em comum, cada indivíduo apresenta-se de forma diferenciada.

Porém o contato e a experiência de quem convive diariamente com o autista nesses casos, podem nos trazer mais suportes para lidar com esse desafio!

Com intuito dessa troca de experiência, que traz conforto para as pessoas que estão lidando atualmente com crianças e adolescentes, pensou-se na iniciativa de montar um grupo, de estudos e apoio a assuntos ligados a Autismo e AS.

Descrição do evento:

Durante a realização deste encontro, pais, familiares, amigos, especialistas, professores e outras pessoas interessadas no tema Autismo e Asperger trocam experiências, apresentam novas informações e, principalmente, relatam e debatem sobre suas vivências com filhos, conhecidos, alunos ou familiares autistas.
“Para conviver é preciso conhecer”, e é com essa troca de experiências e vivências a oportunidade de saber mais e aprender, são momentos únicos, que não se consegue muitas vezes obter vida acadêmica.

“Devemos aprender a olhar o mundo através do ponto de vista de uma pessoa com autismo, assim vamos entendê-lo”. (Luciane Oliveira Vianana).

Como funciona:
A cada um sábado do mês, iremos escolher temas que deverão ser estudado a parte e debatido nas reuniões, sempre com algum profissional da área, (fonoaudióloga, psiquiatra, médico, psicólogos, etc) para trazer esclarecimento técnico, e claro a participação dos pais e professores contribuindo com seus relatos que é um ponto muito importante.
Usaremos o livro*: Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger. Estratégias práticas para pais e profissionais, num primeiro momento para nortear os estudos, sempre será avisado com antecedência os assuntos a serem trabalhados.

A escola infantil Flor do Campus (UFSC), que atualmente faz a inclusão de dois meninos autistas, ofereceu gentilmente o espaço para reuniões.
Possui estacionamento, é um local arborizado, com muito espaço e segurança. Deste modo os pais que tiverem interesse poderão trazer seus filhos, pois muitas vezes o que os impedem de participar de palestras, é justamente não ter com quem deixá-los ou não ser um espaço apropriado para levá-los.

Contamos com a participação de todos, é gratuito.
Gostaríamos de colaboração para um lanche coletivo.




Programação:

29 Maio de 2010

14:00h Momento para leitura de material.

14:30h Como as Crianças Portadoras de Distúrbio do Espectro do Autismo Vêem o Mundo?

Palestrante: GISELE TRIDAPALLI. Psicóloga AMA- Fpolis


16:00h Linguagem e Desenvolvimento de Aptidões de Comunicação.

Palestrante :Bianca Durieux

12 de junho de 2010

14:00h Momento para leitura de material

14:30h Autismo Infantil como Detectar ?Avaliação e Diagnóstico.
Palestrante: Dr THIAGO DEMATHÉ
Médico Pediatra - Clínica Arco Íris e Clínica Tio Cecim
Coordenador/Professor do Projeto Terapeutas da Alegria - UFSC



16:00h Autismo e Genética
Palestrante: Drª Pricila Bernardi- Geneticista do HU da UFSC


Inscrições: Alessandra Gutierrez
guiauismo@gmail.com /32334176- 84097565
Local : Flor do Campus (escola próximo aos escoteiros dentro da UFSC)

*WRIGHT,Barry e WILLIAMS,Chris
Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger. Estratégias Práticas para Pais e Profissionais. 2008. M.Boooks.SP

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Exposição de ARTE Autista



Olá Amigos,

Gostaria de convidá-los e suas familias, para visitar a Exposição de Arte Autista,
promovida pela APADEM, nos dias 27 e 28 de Maio, de 14:00 as 18:00 na Galeria do Gacemss (ao lado do Restaurante Chega Mais), rua 14, nº 315- Vila Santa Cecilia- Volta Redonda - RJ.
As telas vendidas terão sua arrecadação destinada às obras de nossa associação.
Esperamos que vocês possam comparecer e prestigiar o trabalho de nossos autistas, e também outros trabalhos que vieram de cidades como Belém do Pará e São Paulo.
Vale a pena conferir!

Abraços fraternos,
Claudia Moraes
claudiamoraes@superonda.com.br

terça-feira, 27 de abril de 2010

Atendimento especializado é o caminho

Na opinião da psiquiatra e psicóloga Michele Kamers, professora do departamento de Psicologia da Furb, instituições que atendem a crianças com traços autísticos funcionam como escola especializada. Para ela, o ideal seria a busca de tratamento com algum profissional da psicologia, que visa a reorganização dos laços familiares para tratar o problema.

Paralelamente ao atendimento direcionado, as crianças com autismo podem frequentar o ensino regular, direito garantido por lei.

De acordo com a diretora da Instituição Inspirados pelo Autismo, Mariana Tolezani, o envolvimento dos pais é fundamental.

A instituição trouxe a aplicação de um dos métodos de tratamento para o Brasil, o Son-Rise (veja quadro), que é transmitido a pais e profissionais em workshops.

– O que despertou o meu interesse no Son-Rise foi o diferencial na abordagem lúdica respeitosa para a valorização do relacionamento com as pessoas com autismo, para auxiliar a pessoa a desenvolver suas habilidades sociais, emocionais e cognitivas por meio de interações prazerosas e motivadoras. Considero de muita eficácia que os pais sejam treinados, fazendo sessões domiciliares – afirma Mariana.

A maioria dos tratamentos é voltada para crianças que apresentam traços autísticos, que podem se desenvolver muito além das expectativas ou ainda reverter o quadro.

De acordo com Michele, em adultos, como o quadro de desenvolvimento já está estabelecido e, por vezes, avançado, os tratamentos consistem em criar condições de vida mais humanizadas para o paciente.

- Falta de interação social – preste atenção se o seu filho não olha nos seus olhos e não possui expressões faciais. O autista não atende às ações e pedidos das pessoas ao redor dele.
- Falta de comunicação verbal – as crianças autistas desenvolvem pouco a fala e aquelas que a possuem utilizam apenas para pedir o que querem, não para estabelecer um diálogo. Além da falta de comunicação verbal, o autista também não se comunica por gestos.
- Esteriotipia – concentração durante muito tempo em um único objeto, não evoluindo nas brincadeiras com o mesmo nem com outras pessoas.
- Desenvolvimento – pais devem ficar atentos ao desenvolvimento da criança desde os primeiros meses. Entre alguns aspectos que podem ser analisados, verifique se a criança consegue sentar-se e olhar nos olhos das pessoas aos quatro meses, emitir sons até os cinco, engatinhar aos seis e estranhar pessoas aos oito meses.
Existem diferentes métodos e tratamentos criados para pacientes com traços autistas, e cada instituição ou profissional costuma eleger os seus. Confira os principais:
- Son-Rise – é uma terapia domiciliar que procura estabelecer a comunicação entre o autista e outra pessoa, sem interferências externas de ruídos, imagens e até mesmo outras pessoas. É focada principalmente no aspecto lúdico. O tratamento pode se estender a consultórios e escolas. O método também pode ser aplicado pela família, depois de orientada por um profissional capacitado.
- Tecch – baseia-se na estruturação do ambiente físico por meio de rotinas organizadas em agendas e sistemas de trabalho. O método adapta o ambiente para tornar mais fácil ao autista compreender o que se espera dele.
- Pecs – sistema de comunicação através da troca de figuras. O apoio visual e o reforço são os principais norteadores. Visa a mostrar ao educando que por meio da comunicação ele pode conseguir o que deseja.
- Psicanálise – acredita que o transtorno é resultado do desencontros na relação entre mãe e bebê. Por meio de sessões, busca reorganizar esse laço familiar desde o diagnóstico.
Fonte: Fontes: psicóloga Juliana Alves Santiago e psicanalista e psicóloga Michele Kamers.

http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/rs/impressa/11,2883969,157,14571,impressa.html

terça-feira, 13 de abril de 2010

Manual sobre tecnologia assistiva nas escolas para acessibilidade sócio-digital

O ITS Brasil (Instituto de Tecnologia Social) produziu um ótimo manual sobre TECNOLOGIA ASSISTIVA NAS ESCOLAS: recursos básicos de assessibilidade sócio-digital para pessoas com deficiência.
A publicação, numa linguagem bem acessível, trata de várias deficiências e das possibilidades de recursos pedagógicos. Diferente de outros materiais didáticos, ele discute e da destaque para o autismo. O material possui 61 páginas e é publicado em PDF e distribuído gratuitamente.
Basta acessar o site e baixar o material: http://www.assistiva.org.br/sites/default/files/TecnoAssistiva.pdf

ITS Brasil

Marcio Vieira

domingo, 11 de abril de 2010

Novas descobertas sobre o autismo

Novas descobertas sobre o autismo
Redação SRZD | Ciência e Saúde |

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Após anos no escuro, uma luz para quem sofre de autismo. Cientistas de Harvard descobriram seis genes envolvidos no distúrbio que sugerem que a doença se desenvolva nos cérebros incapazes de realizar novas conexões. O mais importante do estudo é mostrar que a doença é tão individual que um simples teste genético não é capaz de detectá-la.



A descoberta explica também porque programas de educação para crianças autistas surtem efeitos: eles estimulam genes ligados à experiência que estavam "desligados". "Os circuitos estão lá, mas você precisa dar um empurrão extra neles", explica o Dr Gary Goldstein, do Instituto Kennedy Krieger de Baltimore, nos Estados Unidos.



Estudos com famílias que apresentam diversos casos da doença mostraram que genes são determinantes para a formação do autismo. Porém, segundo o Dr Chistopher Walsh, chefe de genética do Hospital Infantil de Boston, nos EUA, eles correspondem apenas a 15% da doença. "Quase toda criança autista tem sua causa particular para o distúrbio", afirma.



Para chegar a maiores resultados, a equipe de Walsh foi até o Oriente Médio para investigar a existência de genes raros - lá, as famílias são grandes e é comum primos se casarem. 88 famílias com altos índices de autismo foram recrutadas na Jordânia, Arábia Saudita, Kuwait, Paquistão, entre outros, e tiveram seus DNAs comparados. Em algumas, foram achados grandes buracos no código genético, nos quais cerca de pelo menos seis genes eram ligados ao autismo.



Com isso, ficou mais próxima a hipótese de que o autismo é ligado à desordem nas sinapses - ligações químicas realizadas entre extremidades de neurônios. Isso porque todos os genes em falta eram ligados à aprendizagem, que é obtida através da resposta sináptica de neurônios a novas experiências.



Apesar de parecer ruim, a descoberta feita no Oriente Médio é considerada "esperançosa", pelo Dr Walsh. Segundo ele, o DNA em falta nem sempre se acarreta falta de genes. Na verdade, muitos genes estão apenas "dormindo", precisando de estímulos para funcionar e realizar sinapses.



"Essa pode ser uma maneira antecipada de desenvolver terapias ao longo prazo para autistas: identificar crianças nas quais os genes não estão"ligados" da maneira certa", defende Walsh.

http://www.sidneyrezende.com/noticia/14871

Descoberta que abre caminho para tratar autismo


Descoberta que abre caminho para tratar autismo
Cientistas do Carnegie Mellon conseguiram perceber como cérebro codifica substantivos

Os neurocientistas Marcel Just e Vladimir Cherkassky e os cientistas informáticos Tom Mitchell e Sandesh Aryal, da Universidade de Carnegie Mellon, parceira de nove instituições do Ensino Superior de Portugal, conseguiram determinar como é que o cérebro organiza representações de substantivos, combinando imagens cerebrais e técnicas de aprendizagem mecânica. O estudo foi publicado na revista científica «PLoS One».

Esta novidade surge como uma espécie de Pedra de Roseta neural, e um importante avanço para o tratamento de doenças do foro psiquiátrico e neurológico, ao permitir compreender como é que o cérebro codifica os substantivos.

“Descobrimos como é que o dicionário cerebral está organizado”, explica Marcel Just, professor de Psicologia e director do Center for Cognitive Brain Imaging. “Não é apenas uma ordem alfabética ou segundo cores e tamanhos. Fá-lo através de três características básicas usadas pelo cérebro para definir substantivos comuns como ‘apartamento’, ‘martelo’ e ‘cenoura’”.

Este estudo permitiu, pela primeira vez, identificar pensamentos estimulados por palavras isoladas com precisão, através de imagens cerebrais, ao contrário de estudos anteriores que recorriam a estímulos visuais ou combinados com palavras. A equipa foi também capaz de prever onde se daria a activação mediante um substantivo apresentado aos participantes. A comparação de imagens sobre os resultados esperados e obtidos mostram que as teorias geram previsões bastante precisas.

Pensamentos estimulados por palavras isoladas
Pensamentos estimulados por palavras isoladas
Nas doenças psiquiátricas e neurológicas, os significados de certos conceitos estão, por vezes, distorcidos. Estas novas técnicas tornam possível a medição dessas distorções e apontar um caminho para as contrariar. Por exemplo, uma pessoa com agorafobia, medo de espaços abertos, pode ter uma codificação exagerada da dimensão abrigo. Uma pessoa com autismo pode ter uma codificação mais fraca em contacto social.

Três códigos, três fundamentos

Os três códigos ou características relacionam-se com três fundamentos: como é que nos relacionamos fisicamente com o objecto (como o seguramos, por exemplo); como é que está relacionado com o acto de comer; ou com a ideia de abrigo.

Os três factores, cada um codificado entre três a cinco diferentes áreas do cérebro, foram descobertos através de um algoritmo, que procurou pontos comuns entre zonas cerebrais dos participantes que respondiam a 60 substantivos que descrevem objectos físicos. Por exemplo, a palavra “apartamento” provocou alta activação nas cinco áreas que codificam palavras relacionadas com “abrigo”.

A investigação demonstrou também que o significado dos substantivos é codificado de forma similar no cérebro dos vários participantes. “Este resultado demonstra que, quando duas pessoas pensam sobre a palavra ‘martelo’ ou ‘casa’, os padrões de activação cerebral são bastante similares”, confirma Tom Mitchell, responsável pelo Machine Learning Department na School of Computer Science.

Moldar o cérebro

Avanço pode ajudar a tratar autismo
Avanço pode ajudar a tratar autismo
Jaime Cardoso, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, está desde Janeiro neste departamento da Universidade de Carnegie Mellon – no âmbito do programa de intercâmbio de professores –, a colaborar na área de investigação em aprendizagem automática (machine learning), visão computacional e em sistemas de apoio à decisão que beneficiem as duas áreas anteriores.

Trata-se de uma iniciativa que se traduz numa oportunidade única para os académicos e para as instituições, pela imersão cultural dos docentes e pela promoção de mudanças positivas através da adopção das melhores práticas na educação, na investigação e na inovação.

Esta descoberta tem ainda implicações no desenvolvimento e nos testes a nível neural: “Nós ensinamos a mente, mas estamos a moldar o cérebro, e agora podemos testar o cérebro sobre o quão bem aprendeu um conceito”, conclui Marcel Just.

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=40889&op=all

Senador Paim manifesta-se sobre o dia Mundial do Autismo


O senador Paulo Paim (PT-RS) lembrou nesta segunda-feira (5) que na última sexta-feira (2) foi comemorado o Dia Mundial pela Conscientização do Autismo, um transtorno que altera o comportamento de crianças e nem sempre é percebido pelos pais, professores e amigos.

Paim disse que está satisfeito por ter sido escolhido, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), como relator da proposta apresentada pela Associação em Defesa do Autista (Adefa). Segundo ele, o projeto prevê a criação de uma sistema nacional integrado de atendimentos à pessoa autista.

O senador Marco Maciel (DEM-PE) disse, em aparte, que o Brasil está avançando no trato dessa disfunção, mas ainda é preciso conscientizar a todos da importância de pesquisar tratamentos eficazes e que levem à cura do autismo. Maciel assinalou que um problema começa a ser resolvido quando se toma consciência dele.

Da Redação / Agência Senado
Veja matéria completa e vídeo do senado no link:
http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=100685&codAplicativo=2

domingo, 4 de abril de 2010

No Dia do Autismo, 2 de abril, ONU pede conscientização e inclusão

O Brasil não tem estatística sobre o autismo, mas nos Estados Unidos e Europa já se fala sobre a maior epidemia do mundo, saltando de um caso a cada 2.500 pessoas na década de 1990, para o número assustador atual de uma pessoa com autismo a cada 120. Estimou-se em 2007 que no Brasil, país com uma população de cerca de 190 milhões de pessoas naquele ano, havia cerca de 1 milhão de casos de autismo, segundo o Projeto Autismo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo. No mundo, há mais de 35 milhões de pessoas com autismo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem.
A fim de alertar o planeta para essa tão séria questão, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou em 2008 o Dia Mundial da Conscientização do Autismo (World Autism Awareness Day), no dia 2 de abril de cada ano. Para 2010, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou a importância da inclusão social. “Lembremo-nos que cada um de nós pode assumir essa responsabilidade. Vamos nos unir às pessoas com autismo e suas família para uma maior sensibilização e compreensão”, disse ele na mensagem deste ano, mencionando ainda a complexidade do autismo, que precisa de muita pesquisa. Vários monumentos e grandes construções ao redor do mundo se propuseram a iluminar-se de azul como manifestação em favor dessa conscientização no dia 2, como o prédio Empire State, em Nova York, nos Estados Unidos.
No Brasil, é preciso alertar, sobretudo, as autoridades e governantes para a criação de políticas de saúde pública para o tratamento e diagnóstico do autismo, além de apoiar e subsidiar pesquisas na área. Somente o diagnóstico precoce, e consequentemente iniciar uma intervenção precoce, pode oferecer mais qualidade de vida às pessoas com autismo, para a seguir iniciarmos estatísticas na área para termos idéia da dimensão dessa realidade no Brasil. E mudá-la.
O autismo faz parte de um grupo de desordens do cérebro chamado de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) – também conhecido como Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). Para muitos, o autismo remete à imagem dos casos mais graves, mas há vários níveis dentro do espectro autista. Nos limites dessa variação, há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro a raros casos com diversas habilidades mentais, com a Síndrome de Asperger (um tipo leve de autismo) – atribuído inclusive a aos gênios Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Mozart e Einstein.
A medicina e a ciência de um modo geral sabem muito pouco sobre o autismo, descrito pela primeira vez em 1943 e somente 1993 incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização Mundial da Saúde como um transtorno invasivo do desenvolvimento. Muitas pesquisas ao redor do mundo tentam descobrir causas, intervenções mais eficazes e a tão esperada cura. Atualmente diversos tratamentos podem tornar a qualidade de vida da pessoa com autismo sensivelmente melhor.
Para este ano haverá, entre outros eventos promovidos pela ONU, o lançamento do documentário "A Mother’s Courage: Talking Back to Autism” (Coragem de mãe: falando sobre o autismo, em tradução livre), narrado pela premiada atriz Kate Winslet (de Titanic). O filme fala sobre uma mãe islandesa que viaja para os Estados Unidos em busca de novas terapias para o filho que é autista.
Além do dia 2, o mês de abril é considerado o mês da conscientização do autismo no mundo.
PAIVA JUNIOR
Jornalista, MTb: 33.245

sexta-feira, 19 de março de 2010

AMA de Florianópolis criou seu blog institucional

A AMA de Florianópolis criou seu blog institucional. Veja mais detalhes no link:

http://amaflorianopolis.blogspot.com/

Brasília vai sediar conferência internacional sobre o autismo

A partir do próximo dia 26, o núcleo distrital da Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade (Apabb), grupo formado por funcionários deficientes do banco, promove a Conferência Internacional Biomédica sobre o Autismo.

O evento, que acontecerá na Academia de Tênis, conta com a participação de renomados profissionais do Brasil e Estados Unidos na área de medicina. Ele tem como objetivo orientar pais, médicos e profissionais da área de saúde em geral.

Para participar, os interessados devem pagar a taxa de inscrição no valor de R$ 150,00. As inscrições para os três dias da conferência (26,27 e 28/3) podem ser feitas pelo site www.apabb.org.br. No mesmo portal, pode-se conferir a programação do evento.

domingo, 14 de março de 2010

Estratégias para estabelecer interação de crianças com autismo e o computador

Estratégias para estabelecer interação de crianças com autismo e o computador


Artigo de Marilei de Fátima Kovatli, João Bosco da Mota Alves e Elisabeth Fátima Torres

Marilei de Fátima Kovatli, João Bosco da Mota Alves e Elisabeth Fátima Torres*

Resumo

Este artigo descreve um estudo de caso, demonstrando como um ambiente modelado de acordo com as necessidades do aluno possibilita situações de interação entre a pessoa com autismo e o meio informático. Este projeto foi aplicado em uma turma de alunos portadores de transtorno invasivo do desenvolvimento - autismo, no Instituto de Educação Especial "Professor Manoel Boaventura Feijó" da APAE de Florianópolis. Neste trabalho é descrita uma experiência pedagógica que tem por objetivo verificar a validade da utilização de ambientes interativos digitais como suporte para o desenvolvimento cognitivo de pessoas com transtorno autista.

Veja o artigo completo em:



http://saci.org.br/?modulo=akemi¶metro=14092


E mais sobre softwares e apoio ao autismo no link "softwares que podem ajudar" na parte: "links sobre autismo" na esquerda do nosso blog.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Assista a série de vídeos : autismo fabricado nos EUA

O blog : "o mundo de peu" está publicando uma série de vídeos chamada: Autismo fabricado nos EUA. Vale a pena conferir:
http://omundodepeu.blogspot.com/

anatomia autista

Um autista para cada 150 pessoas

Um autista para cada 150 pessoas

O transtorno se manifesta de inúmeras formas e nem sempre é fácil de identificar

Por Ivan Padilla

Em menor ou maior grau, o autismo atinge uma em cada 150 pessoas, apontam estudos americanos. Não se sabe a causa exata. Fatores genéticos ou exposição a toxinas do cérebro em desenvolvimento são as hipóteses mais prováveis. Os pacientes têm aparência normal, a não ser quando o transtorno aparece associado a outras doenças mentais.

Quando se fala em autista, a imagem que vem à cabeça da maioria das pessoas é a do ator Dustin Hoffman em “Rain Man”. O personagem do filme tem a Síndrome de Savant, um tipo de autismo que atinge um em cada dez pacientes. Os savants costumam ter uma memória prodigiosa, porém uma forte limitação intelectual.

Uma das manifestações mais suaves é a Síndrome de Asperger. Os pacientes têm dificuldade para interagir e demonstrar afeto, mas não apresentam atraso cognitivo e mental. Falam de forma pedante e têm interesses bastante específicos. O americano Vernon Smith, prêmio Nobel de Economia em 2002, tem a síndrome. Os psiquiatras acreditam que gênios como Michelangelo, Isaac Newton, Albert Einstein e Charles Darwin também tinham traços de Asperger.

Pessoas que sofrem da Síndrome de Asperger são as mais aptas a trabalhar. “O maior problema é a o preconceito”, afirma Marli Marques, coordenadora-geral da Associação de Amigos do Autista (AMA), entidade com quatro casas de assistência em São Paulo . “Eles não conseguem se expressar bem e têm caligrafia ruim. Dificilmente passam em uma entrevista de emprego”.

Publicada em 05/10/2009 no site da Revista Época Negócios:

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI91614-17453,00-UM+AUTISTA+PARA+CADA+PESSOAS.html

Justiça da Itália condena executivos do Google por violação de privacidade de garoto com autismo

Justiça da Itália condena executivos do Google por violação de privacidade

Empresa, que recorrerá, foi processada por vídeo na internet em que garoto com autismo era humilhado

NYT, Reuters, Efe, Milão



http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100225/not_imp515863,0.php

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Médico que sugeriu ligação entre vacina contra sarampo e autismo é condenado por Conselho britânico

O médico que causou uma controvérsia no Reino Unido sugerindo relações entre a vacina infantil MMR (para imunização a sarampo, caxumba e rubéola) ao autismo atuou de forma antiética e desonesta, de acordo com o inquérito divulgado esta quinta-feira por uma comissão disciplinar. O inquérito, conduzido pelo Conselho Médico britânico, acusou Andrew Wakefield de não cumprir suas funções como profissional de saúde e de mostrar "desrespeito e insensibilidade" com o sofrimento de crianças.

As acusações contra Wakefield acumulam-se entre as 90 páginas de um relatório elaborado pela comissão. As denúncias incluem a realização de testes invasivos em crianças, contrários aos que seriam os melhores interesses clínicos.

A polêmica começou com a publicação de uma pesquisa de Wakefield na revista médica "The Lancet", em 1998, em que ele sugeria uma ligação entre a vacina combinada para sarampo, caxumba e rubeóla com casos de autismo e doenças intestinal. O Conselho Médico considerou a metodologia da pesquisa "irresponsável e desonesta".

O trabalho de Wakefield levou a uma queda na procura por vacinas, além de um consequente aumento na incidência de sarampo no Reino Unido. A tava de contaminação voltou a diminuir, agora que seu trabalho foi desacreditado mundialmente.

Wakefield não se intimidou com o resultado das investigações:

- Estou extremamente decepcionado com o resultado do inquérito - disse, após a audiência no Conselho Médico. - As acusações contra mim e meus colegas são infundadas e injustas. Convido todos a examinar os dados que levantamos e a tirarem suas próprias conclusões.

O Conselho Médico continuará com as investigações, e Wakefield corre o risco de perder seu registro profissional.
fonte: O GLOBO

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Cinema: " O nome dela é Sabine" está passando em Floripa

O filme " O nome dela é Sabine" está passando na sessão cult de Cinema do Floripa Shopping de segunda a sexta às 14 h.
O Nome Dela é Sabine gênero: Documentário
duração: 85 min
direção: Sandrine Bonnaire

sinopse: Documentário no qual a atriz Sandrine Bonnaire narra a história da irmã autista Sabine, por meio de imagens filmadas ao longo de 25 anos. Sandrine testemunha o momento atual de Sabine que, depois de uma estadia infeliz em um hospital psiquiátrico, passa a viver em uma estrutura adaptada a ela, em uma casa na região de Charente, na França, onde reencontra a felicidade. A partir deste episódio, o documentário mostra a penúria e o despreparo de algumas instituições especializadas e as dramáticas.

elenco: Sabine Bonnaire, Sandrine Bonnaire.

Mais informações no site:
http://www.floripashopping.com.br/cinema/titulo/o-nome-dela-e-sabine/

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

APRENDENDO COM A MENTE VISUAL EM UM MUNDO AUDITIVO

APRENDENDO COM A MENTE VISUAL EM UM MUNDO AUDITIVO: estratégias visuais e suportes psicoeducativos para crianças no espectro autista e desordens correlatas.

Fundamentação TEACCH

Dia: 06/03/2010

Carga horária total do curso: 10 horas
Objetivo geral: Apresentar situações facilitadoras da aprendizagem de crianças com autismo com base nos princípios da comunicação visualmente mediada.
Objetivos específicos:
1. Apresentar a fundamentação teórica referente á interpretação visual dentro do espectro autista x desenvolvimento típico
2. Aplicar os princípios da comunicação visualmente mediada no cotidiano doméstico e escolar (aplicabilidade TEACCH)
3. Discutir questões acerca dos melhores contextos para a aprendizagem, ambientes, motivadores, instruções sistemáticas de ensino, task-analysis (análise de tarefas), protocolos de avaliação e registro de comportamentos.
4. Monitorar a criação de ferramentas visuais para facilitar a aprendizagem e os processos de reconhecimento e interpretação da criança autista
Conteúdo:
1. O sistema de aprendizagem no espectro autista: como se dá o processo de entrada sensorial no autismo? Como o sistema sensorial cria os significados para a aprendizagem? Como é o processo de aprendizagem para crianças no espectro autista?
2. Autismo: relações com o desenvolvimento – o cérebro e a aprendizagem; características perceptuais da aprendizagem nos casos de autismo, a formação de conceitos, representação lingüística, funcionamento cognitivo. Onde está o desvio na criança autista?
3. O que é comunicação visualmente mediada? Como usar as ferramentas visuais a favor da aprendizagem?
4. Desenvolvimento e uso de ferramentas para uma mente visual em situações de ensino: materiais, suportes diretivos e organizadores- criando materiais de trabalho.
5. Determinando o que e quando ensinar á criança autista
6. Como estabelecer o melhor contexto de aprendizagem



PALESTRANTE : Maria Elisa Fonseca Granchi
Psicóloga; Professora Universitária;
Especialisra em didática do Ensino Superior pela FEAP/SP; Especialista no PROGRAMA TEACCH pela Carolina do Norte/USA; Arteterapeuta pelo NAPE/SJCampos; Mestre em Educação Especial pela Universidade de São Carlos UFSCA; Coordenadora do CEDAP- Centro de Autismo das APAEs de Pirassununga SP; Supervisora
de todos os Atendimentos aos autistas nas APAEs do Estado de SP.



Valor Especial de Inscrição: R$105,00 e para grupos 90,00 (podendo ser parcelado em até 12x no cartão e 2x no cheque) inscrições até 28/02/2010.

LOCAL : Dala de Conferencia BELVALE ( Hotel Shelton Inn )
CIDADE: São José dos Campos – SP
DIAS : 06 de março de 2009 das 8 às 18:00.
PUBLICO ALVO: T.Os, pedadagógos, psicopedagogos, professores, psicólogos, facilitadores, fonoaudiólogos, familiares etc..

*Telefone para contato: (12) 3021-0996

"O Sucesso vem quando se junta o preparo á oportunidade."
Bobby Unser.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

I Encontro Brasileiro para Pesquisa em Autismo


I Encontro Brasileiro para Pesquisa em Autismo
Olá pessoal,
Estou aproveitando a comunidade para divulgar o I Encontro Brasileiro para Pesquisa em Autismo, qua acontecerá nos dias 22, 23 e 24 de abril de 2010 no Hospital das Clínicas em Porto Alegre.
O encontro será sobre diversos temas atuais e interessantes, com convidados nacionais e internacionais!
O site do evento é:
http://www6.ufrgs.br/ebpa2010/#home
Eu vou com certeza! Vamos?
Um abraço,
Gisele.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mudança de cromossomo causa autismo em ratos

Experimento pode ajudar na busca por tratamentos do distúrbio

UOL
No Japão, cientistas ajustaram cromossomos de ratos para fazer com que os animais agissem de forma autista. Os roedores modificados por engenharia apresentaram falhas genéticas e comportamentos parecidos com os de alguns humanos que apresentam o distúrbio.

O trabalho, apresentado na publicação Cell, apresenta evidências diretas que ligam anomalias cromossômicas (consideradas responsáveis por aproximadamente 10% dos casos de autismo) e autismo. Em algumas pessoas com autismo, uma região específica do cromossomo 15 humano apresenta-se duplicada.

Jin Nakatani, Kota Tamada e seus colegas duplicaram o fragmento correspondente de um cromossomo de rato. Ratos que apresentavam o DNA extra demonstraram, entre outras características, menor sociabilidade, comunicação mais alta e maior habilidade em atividades repetitivas. Esses comportamentos são comuns em pessoas autistas.

O grupo foi além, procurando por diferenças moleculares entre os cérebros dos ratos com características autistas e dos ratos de controle. Os resultados sugerem que o rato autista possa apresentar um receptor de serotonina alterado, denominado 5-HT2c. A serotonina esteve anteriormente ligada ao autismo por seu papel no cérebro em evolução.

Os pesquisadores acreditam que esses ratos não apenas funcionarão como um modelo para o desenvolvimento de tratamentos para o autismo, mas serão também úteis para o entendimento de outros problemas cerebrais.

http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=193858