É preciso conhecer

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quinta-feira, 31 de março de 2011

Divulgação do Autismo nos Jogos do Avaí em Abril

Infome do grupo Gaia:

Como havia falado anteriormente eu e o Gilberto numa conversa informal lembramos que a cor da Campanha do Autismo é Azul e do Avaí também!

Ai pensamos na possibilidade de fazermos contato com a diretoria do Avaí, no sentido de nos apoiar ajudando na divulgação nesse mês de Abril tão significativo para tudo que é ligado ao Autismo.
Lembrei que um dos pais do grupo é conselheiro do time, o Márcio Vieira prontificou-se para fazer esse contato.
Dentro do planejamento estratégico do Avaí também há espaço para Ações Sociais e Meio Ambiente e a diretoria do clube imediatamente abraçou nossa causa!

Ontem dia 28 de março, as 14horas, eu e a Joeva estivemos numa reunião na Ressacada com a Diretora Social A senhora Nesi Furlani e o Diretor de Eventos Bonatelli, nos receberam carinhosamente, nos deixando muito à-vontade com nossas idéias.
A princípio tínhamos pensado em fazer uma entrada no campo com faixas no dia 3 de abril no clássico “Avaí e Figueirense”, mas depois vinha pensando que ia ser uma loucura, não ia ser um bom momento para nosso grupo, jogo as 18 h, trânsito muita confusão. E eles querem dar atenção especial para nosso grupo, esse não seria um bom dia.

Então o que nós acertamos foi que nesse dia 3 de Abril, faremos panfletagem e crianças que entram sempre no campo levarão nossas faixas. E eles passarão no telão um vídeo que vamos enviar sobre o dia do Autismo.

Mas ainda temos surpresas, no dia 17 de Abril no jogo Avaí e Concórdia, aí sim será o nosso dia de entrar em campo, mais um dia para divulgação, e ainda teremos um espaço especial nas cadeiras no dia do jogo.

E pra esse dia temos que ver quem quer participar, como faremos nosso deslocamento, etc.
Por enquanto é isso.
Não esquecer do dia 2 de Abril que será daqui uns dias!
Abração Alessandra

Alessandra Cruz

Congresso Nacional Brasileiro vai ficar Azul no dia do autismo

Congresso fica azul no Dia do Autismo

O edifício do Congresso Nacional será iluminado com luzes de cor azul na noite de 2 de abril, Dia Internacional de Conscientização sobre o Autismo, informou o senador Paulo Paim (PT-RS). A iluminação foi por ele solicitada ao presidente do Senado, José Sarney, e autorizada por Alfredo Gastal, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Distrito Federal.
Paulo Paim convidou os autistas e seus parentes para irem à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) hoje, quando a comissão deverá aprovar a sugestão, apresentada pela Associação em Defesa do Autista (Adefa), que institui o Sistema Nacional Integrado de Atenção à Pessoa Autista.
Os autistas, segundo a proposta, deverão ter direito ao atendimento de demandas como "uma vida digna, igualdade, saúde, integridade física e moral, livre desenvolvimento de personalidade, educação e trabalho".

quarta-feira, 23 de março de 2011

Descoberto que proteína pode desencadear perturbações do espectro do autismo

Descoberto que proteína pode desencadear perturbações do espectro do autismo

Um grupo de cientistas norte-americanos e portugueses descobriu que uma proteína pode desencadear perturbações do espectro do autismo, parando a comunicação entre células cerebrais.
A equipa provocou mutações no gene que controla a produção da proteína Shank3 em ratos. Estas alterações fizeram com que os animais desenvolvessem problemas ao nível das relações sociais e comportamentos repetitivos - desordens geralmente ligadas ao autismo.
Os resultados permitiram “perceber quais as consequências para a comunicação neuronal quando o gene Shank3 é mutado”, explicou Cátia Feliciano, investigadora portuguesa presente na equipa. “Pretendíamos também saber se os animais com a mutação mostrariam alterações comportamentais. O que observámos é que os ratinhos com Shank3 mutado exibem comportamentos repetitivos, mostram altos níveis de 'ansiedade' e evitam o contacto social com outros ratinhos”.
A proteína Shank3 é encontrada nas sinapses, estruturas que permitem a comunicação entre as células cerebrais (neurónios). Estas possibilitam a conexão entre duas áreas do cérebro que se pensa terem um papel fundamental na regulação dos comportamentos sociais e na interacção social. Contudo, os animais com a mutação do gene mostraram defeitos nos circuitos que ligam essas duas áreas do cérebro (o córtex e o striatum).
Esperança no tratamento do autismo
A descoberta, publicada na revista "Nature", vem trazer esperança para a criação dos primeiros medicamentos eficazes no tratamento da doença. “Embora o Shank3 seja apenas um dos genes implicados no autismo, é possível que as regiões afectadas no comportamento autista sejam semelhantes ao nível dos circuitos”, explica, por sua vez, João Peça, também membro da equipa de investigação.
“Em termos de tratamento será agora importante identificar se efectivamente disfunções no striatum [área do cérebro mais afectada nos animais analisados] são um ponto em comum no autismo. Um dos principais focos da nossa investigação será perceber como modular este circuito”, acrescenta.
Os investigadores da Universidade Duke da Carolina do Norte, nos EUA, pretendem continuar a estudar a doença, utilizando os animais para testar terapias farmacológicas, genéticas e comportamentais. Num curto prazo esperam descobrir “se a reintrodução pós-natal do gene Shank3 nos ratinhos mutantes poderá ajudar a corrigir as alterações bioquímicas, de comunicação neuronal ou mesmo melhorar o comportamento dos ratinhos”, explica Cátia Feliciano.
Contudo, apesar das “experiências em ratos transgénicos serem extremamente importantes, a sua aplicabilidade nos humanos é nula”, alerta Pilar Levy, professora de Genética Médica na Faculdade de Medicina de Lisboa e investigadora na área do autismo. “Este estudo é mais uma peça no puzzle para tentar compreender os genes do autismo, mas ainda vai levar tempo até que seja replicado nos humanos”, explica.
Em Portugal estima-se que existam 10 crianças autistas em cada 10.000 (dados de 2006). As perturbações do espectro do autismo incluem uma série de distúrbios, como deficiências na comunicação e ao nível das interacções sociais, interesses restritivos e comportamentos repetitivos.
A doença tem uma origem poligenética, ou seja, pode ser desencadeada por perturbações em diversos genes. Para além disso, esta pode manifestar-se com diferentes intensidades, desde a perturbação profunda até à síndrome de Asperger, onde não existe qualquer atraso cognitivo. Todas estas questões dificultam o diagnóstico (feito principalmente com base no comportamento dos indivíduos) e o seu tratamento.
Este estudo teve financiamentos de instituições portuguesas (Fundação para a Ciência e Tecnologia, Instituto Gulbenkian de Ciência e do Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra) e norte-americanas (National Institutes of Health, Simons Foudation Autism Research Initiative, NARSAD - The Brain and Behaviour Research Fund e da Fundação Hartwell).
In: Público online