É preciso conhecer

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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Diurético pode aliviar sintomas do autismo, diz estudo




Tratamento não cura, mas diminui severidade da condição, dizem autores.
Pesquisa foi realizada com crianças autistas na França.

Da AFP
Um medicamento diurético poderia aliviar os sintomas de certos distúrbios do autismo, segundo um estudo realizado por cientistas do Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica francês Inserm, divulgado esta terça-feira (11).
O ensaio foi realizado pelo método duplo-cego aleatório, que permite analisar a eficácia de um novo medicamento, evitando que o cientista e o indivíduo testado tenham conhecimento se a substância usada é experimental ou uma substância inócua.
Participaram do estudo 60 crianças com idades entre 3 e 11 anos, portadoras de várias formas de autismo, que tomaram, aleatoriamente, durante três meses, ora o diurético bumetanida -- na proporção de 1 mg por dia -- para "reduzir os níveis de cloro" nas células, ora um placebo.
As crianças foram acompanhadas durante quatro meses, o último deles sem terem ingerido o medicamento.
A severidade dos distúrbios autísticos das crianças foi avaliada no início do estudo e ao final do tratamento, ou seja, ao cabo de 90 dias e um mês depois deste prazo.
Embora não seja uma cura, o tratamento permitiu a três quartos das crianças tratadas uma diminuição da severidade dos distúrbios autísticos, segundo pesquisadores do instituto francês cujo trabalho foi publicado esta semana no periódico "Translational Psychiatry".
Com a suspensão do tratamento, alguns problemas reaparecem.
"Mesmo que não possa curar a doença, o diurético diminui a severidade dos distúrbios autísticos da maioria das crianças. Segundo os pais destas crianças, eles são menos presentes", segundo Yhezkel Ben-Ari, pesquisador do Inserm em Marselha, na França, um dos co-autores do estudo. A título de exemplo, os profissionais notaram melhora na atenção e na interação.
Para determinar a população abrangida por este tratamento, os cientistas apresentaram um pedido de permissão para fazer um estudo em vários centros em escala europeia e, no futuro, obter uma autorização para esta indicação.
Os cientistas reforçaram a necessidade de se avaliar o efeito a longo prazo deste tipo de tratamento e aprofundar a pesquisa sobre seus mecanismos de ação.
Em um comentário divulgado pelo periódico, um especialista, o professor emérito Uta Frith, do Instituto de Neurociência Cognitiva da University College, de Londres, na Inglaterra, disse ser "cético" por ver vários tratamentos do autismo surgir e depois desaparecer.
Ele julgou "modesto" o efeito do medicamento, mas destacou, entretanto, a seriedade do estudo.

 



http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/12/diuretico-pode-aliviar-sintomas-do-autismo-diz-estudo.html

domingo, 25 de novembro de 2012

Livro conta história de jovem com Síndrome de Down em Santa Catarina

Colega,

Este é mais um projeto viabilizado pelo edital do Fundo Municipal de Cultura, da Fundação Franklin Cascaes. O lançamento oficial do livro será na quarta-feira (28). Entretanto, nesta segunda-feira (26), o autor (Carlo Manfroi) fará uma leitura da obra para deficientes visuais na sede da Associação Catarinense para Integração do Cego, a partir das 13h. 
Contato para entrevistas: Carlo Manfroi - (48) 9936-2736


Livro conta história de jovem com Síndrome de Down

         Cíntia nasceu com Síndrome de Down em uma época em que havia pouca informação sobre o assunto. Contrariando recomendações médicas, que indicavam tratamento com medicamentos de tarja preta, os pais da menina recusaram-se a tratá-la como uma pessoa doente, afastada do convívio social. A atitude proporcionou à garota a oportunidade de construir sua própria história, contada no livro “A Filha – down em alto astral”, por Carlo Mafroi. Inspirado em situação real, o romance será lançado nesta quarta-feira (28), às 19h, na Livraria Catarinense, no Beiramar Shopping, com entrada franca.
         Primeira obra literária do autor, o projeto foi contemplado em edital da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC), contando com recursos do Fundo Municipal de Cultura. A publicação traz o drama vivido pela família de Cíntia como cenário para mostrar que pessoas diferentes podem conviver socialmente integradas quando não há preconceitos.
         Como parte da programação do projeto, o autor fará a leitura do livro para deficientes visuais nesta segunda-feira (26), a partir das 13h, na sede da Associação Catarinense para Integração do Cego (ACIC), no Saco Grande. Está previsto ainda o lançamento de um site no dia 5 de dezembro, possibilitando que pessoas com deficiência tenham acesso à obra. Além disso, alguns livros serão doados a bibliotecas e escolas da rede pública municipal, na Capital, onde existe um programa específico para assegurar a inclusão escolar de alunos com cegueira, baixa visão, surdez, deficiência mental ou física, autismo e altas habilidades.

O autor e a obra

Sócio-fundador da agência de conteúdo Qualé Digital, Carlo Manfroi é publicitário, pós-graduado em Marketing Digital Interativo pela Clear/I-Group, com diversos prêmios na área de Criação. Ministrou Redação Publicitária na Unisul – onde foi coordenador de curso –, além de atuar como professor de Pós-Graduação em Marketing Digital na Faculdade Estácio de Sá. Redator por 22 anos, Manfroi conquistou a primeira premiação na categoria poesia, em 2012, no Concurso Literário Mario Quintana / Sintrajufe.
O livro “A Filha – down em alto astral” é o primeiro romance do escritor gaúcho, radicado em Florianópolis. A obra conta a história de uma pessoa com Síndrome de Down, e as dificuldades, tabus e preconceitos vividos por ela e sua família. Fala dos conflitos que vão surgindo com o desenvolvimento, da infância à fase adulta. A luta por trabalho digno, o sustento da casa, a batalha para a compra da primeira moradia e a perda da mesma, desafios e crises de Cíntia fazem da história uma aula de vida. 
Inspirado em história real, o romance abre uma janela para questionar sobre o que é ser normal? Em vez de ser tratada como problemática ou criada como um fardo, Cíntia dá o exemplo, em diversas passagens, de como a própria família deve se portar em relação a ela. Mostra que é possível a qualquer pessoa experimentar a felicidade e viver o que a vida oferece de mais belo. Sem medo. Cíntia é uma sonhadora que realizou. Provou sensações intensas. Na escola, no trabalho, no namoro, no casamento.

Serviço:

O Quê: Lançamento do Livro “A Filha – down em alto astral”
              (Ed. Nova letra, 374 pág., R$ 30)

Quando: quarta-feira (28/11) – 19h

Onde: Livraria Catarinense – Beiramar Shopping      
           Rua Bocaiúva nº 2.468 / piso Joaquina – Centro
           (48) 3271-6030
            www.livrariascatarinense.com.br

Capa Livro A Filha - Carlo Manfroi.jpgCapa Livro A Filha

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Politica Nacional da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista é debatida na Assembleia Legislativa de Santa Catarina

Polític  
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência promoveu , no Auditório Antonieta de Barros da Assembleia Legislativa, uma audiência pública marcada por depoimentos emocionantes de familiares e lideranças que buscam a garantia de direitos dos autistas. Realizado para discutir a "Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista”, o debate reuniu subsídios sobre a realidade das pessoas com autismo em Santa Catarina e sobre as demandas existentes.
O projeto de lei que institui a política nacional define a pessoa autista, determina que seja considerada pessoa com deficiência e enumera os seus direitos. Conforme o deputado José Nei Ascari (PSD), presidente da comissão, os dados reunidos na audiência “servirão para pautar ações futuras e como conteúdo para a definição da Política Catarinense de Proteção dos Autistas”. Dentre os encaminhamentos tirados na audiência, destaca-se a realização do Fórum Catarinense sobre Autismo em 2013; a formação de grupo de trabalho para formular a política da Associação de Pais e Amigos dos Autistas (AMA); o reconhecimento do autista como pessoa com deficiência a partir de lei estadual; e o lançamento da campanha “Santa Catarina precisa conhecer a realidade de seus autistas”.
Uma das principais ativistas na defesa dos direitos dos autistas, Berenice Piana de Piana, presidente da Associação Aceite, representou o senador Paulo Paim (PT⁄RS) na audiência. Paim assina o projeto de lei que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos do Autista, projeto escrito em conjunto pelos militantes da causa em todo o país. Mãe de um autista, há 18 anos Berenice iniciou luta de buscar políticas que ajudem a melhorar as condições de vida do autista.

Berenice explicou que a aprovação e a implementação da lei são fundamentais para assegurar o diagnóstico precoce, o reconhecimento do autista como pessoa com deficiência e o atendimento multiprofissional. “É preciso fazer justiça ao autista no Brasil. A grande maioria não tem diagnóstico e não tem acesso a tratamento. Os autistas são invisíveis, o Brasil viola os direitos desses cidadãos”, alertou.

Drama familiar

A presidente da Associação Atitude e Vida, de Fraiburgo, Marlete Serafini Grando, disse que a situação de autistas adultos em Santa Catarina é muito grave, depois que avançam a idade escolar não existe atendimento e muitos vivem encarcerados dentro de suas próprias casas. Mãe de um autista de 23 anos, Marlete afirmou que “o Estado tem o dever de aumentar e qualificar a equipe de profissionais, pois o autismo é uma doença muito estudada no mundo, existem técnicas para diminuir distúrbios como autoagressão”.

Outra reivindicação partiu do presidente da Associação Catarinense das Apaes, Júlio César Aguiar. Ele disse que é essencial que o Estado realize concurso público para contratação de 1,5 mil professores de educação especial. Segundo ele, “os professores ACT’s (admitidos em caráter temporário) fazem milagres, buscam conhecimento e técnicas, mas vivem uma situação de insegurança que não merecem”.
Avô de uma criança com autismo, o morador de Joaçaba Zeno Vier queixou-se da dificuldade de conseguir os medicamentos no sistema público de saúde. “Por duas vezes eu tive que entrar na justiça para conseguir os remédios. Por que o Estado nega a medicação?” O avô também reclamou o cumprimento da lei que prevê a necessidade de um segundo professor, especializado, dentro da sala de aula para garantir a inclusão da criança com deficiência. “Por falta de acompanhado especializado, eu não vi no meu neto nenhum progresso na parte pedagógica, em três anos que ele está na escola”, lamentou.
O deputado Carlos Chiodini (PMDB) registrou presença na audiência e manifestou apoio à causa, ressaltando a importância da discussão do tema, “que precisa de regulamentação e da consolidação de uma política pública”.

A política nacional
O Projeto de Lei que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (1.631⁄11) foi aprovado no Senado e, durante sua aprovação na Câmara dos Deputados, recebeu duas emendas, por isso voltou para o Senado no mês de setembro.

O projeto prevê, dentre outros direitos, que o autista incluído nas classes comuns de ensino regular terá direito a acompanhante especializado. Outro viés da nova legislação é proteger a pessoa com esse transtorno. O texto legal determina que não será submetida a tratamento desumano ou degradante, não será privada de sua liberdade ou do convívio familiar, nem sofrerá discriminação por motivo da deficiência.
No campo das garantias à pessoa com transtorno do espectro autista, a lei também assegura que não será impedida de participar de planos privados de assistência à saúde em razão de sua condição de pessoa com deficiência. Outra alteração promovida a partir da criação da política nacional afeta o parágrafo 3º do artigo 98 da Lei nº 8112/90, que dispõe sobre o estatuto do servidor público civil, e determina a concessão de horário especial a servidor que tenha sob sua responsabilidade e sob seus cuidados cônjuge, filho ou dependente com deficiência.
O autismo
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que há cerca de 70 milhões de pessoas no mundo com autismo. Apesar de não haver uma pesquisa oficial, acredita-se que no Brasil são mais de 2 milhões de autistas.
O autismo é considerado um transtorno, possivelmente de base neurológica. Afeta, em diferentes graus, diversas áreas do desenvolvimento infantil, especialmente as relacionadas à interação social, ao comportamento e à linguagem e comunicação. Geralmente, os autistas apresentam um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Os sintomas do autismo surgem antes dos três anos de idade e perduram por toda a vida. A ocorrência é quatro vezes maior no sexo masculino. As causas do transtorno ainda não foram identificadas, porém, de acordo com especialistas, é possível minimizar os sintomas característicos com as intervenções terapêuticas adequadas.
O espectro autista indica que há vários modos de manifestação do transtorno, que variam do grau mais leve ao mais severo, e dependem da idade e do nível de desenvolvimento do indivíduo. (Lisandrea Costa)

   http://www.alesc.sc.gov.br/portal/imprensa/leitor_noticia.php?codigo=31292   
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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pesquisa descobre diferença no cérebro de autistas


SACRAMENTO, EUA - Cientistas do Instituto Mind, da Universidade da Califórnia em Davis descobriram que o cérebro de autistas do sexo masculino tem menos neurônios na região chamada amídala, uma parte do cérebro envolvida em emoções e memória. O estudo, publicado na edição desta quarta-feira do Journal of Neuroscience, é o primeiro neuroanatômico a quantificar uma diferença chave na amídala autista.
David Amaral, diretor de pesquisa do Instituto Mind da Universidade da Califórnia em Davis, e a estudante research director of the UC Davis M.I.N.D. Institute, e a pesquisadora da UC San Diego Cynthia Mills Schumann contaram e mediram amostras representativas de neurônios na amídala de nove cérebros post-mortem de homens que tiveram autismo e dez de homens que não sofriam do distúrbio. A idade de ambos os grupos ia de 10 a 44 anos no momento da morte. Quando Schumann e Amaral contaram os neurônios, eles encontraram significativamente menos neurônios - células responsáveis pela criação e transmissão de impulsos elétricos - em toda a amídala e em seu núcleo lateral nos cérebros de pessoas com autismo.
"Enquanto sabemos que o autismo é um distúrbio do desenvolvimento cerebral, porém, onde, como e onde o cérebro autista se desenvolve de maneira anormal vem sendo um mistério", disse Thomas R. Insel, médico e diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental. "Essa descoberta é importante pois demonstra que a estrutura da amídala é anormal no autismo. Juntamente com outras descobertas sobre o funcionamento anormal da amídala, a pesquisa está começando a estreitar a pesquisa pela base cerebral do autismo".
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Atualmente afetando uma em cada 166 crianças e principalmente homens, o autismo é um distúrbio neurodesenvolvimentista que dura a vida toda, caracterizado por deficiências sociais e comunicativas. Enquanto o autismo possui claros indicadores comportamentais, tem sido difícil apontar as alterações neurais que causam essas deficiências. Em estudos da década de 80, os pesquisadores começaram a focar na amídala por causa de sua importância na geração de reações emocionais apropriadas e na assimilação de memórias, essenciais para o aprendizado social - funções que são prejudicadas pelo autismo.
Com essa última confirmação de que a amídala é patológica no autismo, Amaral e seus colegas vão determinar agora porque há menos neurônios na amídala e se outras partes do cérebro são afetadas da mesma forma.
"Nós precisamos observar outras regiões do cérebro para descobrir se a perda celular é idiossincrática à amídala ou um fenômeno mais geral", ele disse. "Estamos nos primeiros estágios para entender o autismo e suas patologias neurológicas. É claro que é um processo com muitos passos, mas pelo menos estamos um passo à frente".
Mais pesquisas vão ajudar também a identificar o ponto do desenvolvimento no qual a redução de neurônios realmente ocorre, o que o atual estudo não mostra.
"Uma possibilidade é que há desde sempre menos neurônios na amídala de pessoas com autismo. Outra possibilidade é que um processo degenerativo ocorra mais adiante na vida e leve à perda de neurônios. Mais estudos são necessários para refinar nossas descobertas", afirmou Schumann.

 http://neurolab.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=124:pesquisa-descobre-diferenca-no-cerebro-de-autistas&catid=44:noticias-de-neurociencias-e-neurologia&Itemid=28

domingo, 21 de outubro de 2012

Show de Katy Perry com menina autista




Katy Perry  protagonizou um dos momentos mais emocionantes desta semana. A cantora fez um dueto de ‘Firework’, um de seus maiores sucessos, com Jodi DiPiazza, menina autista de 11 anos, durante o programa ‘Night of Too Many Stars’, do canal a cabo americano Comedy Central. Jodi dividiu os vocais com com Katy enquanto tocava piano. Emocionante.
O programa, apresentado por John Stewart, vai ao ar no dia 21. Em seu perfil no Twitter, Katy Perry mostrou a felicidade por ter feito o dueto com Jodi. “Eu nunca vou esquecer essa noite. Até agora, foi o momento mais importante no que eu faço”, disse a cantora aos seus milhões de fãs após a gravação, realizada no último domingo (14). Quer se emocionar? Assista à perfomance.
http://www.youtube.com/watch?v=QX-xToQI34I&feature=player_embedded

de: http://www.jb.com.br/heloisa-tolipan/noticias/2012/10/19/emocionante-katy-perry-faz-performance-com-menina-autista-na-tv/

Katy Perry fez um dueto muito especial, durante sua apresentação na festa beneficente da Comedy Central, Night of Too Many Stars, realizada esta semana, em Nova York.
A pop star foi acompanhada ao piano por Jodi DiPiazza, uma menina de 11 anos, autista, com quem cantou o hit “Fireworks”. Katy abraçou a menina, depois da apresentação, contendo a emoção. O evento arrecadou dinheiro para vários programas sobre o autismo no país inteiro e para oferecer serviços de qualidade aos autistas.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ASSEMBLÉIA DE SC DISCUTE AUTISMO

Contamos com a sua participação!
Janice Aparecida Steidel Krasniak
Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina
Assessora da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência
48.3221.2898

Dep. José Nei Alberton Ascari
Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina
Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência
48.3221.2898

Favor responder para o email:comissaodireitosdeficiente@alesc.sc.gov.br

terça-feira, 25 de setembro de 2012

direitos da pessoa com autismo cartilha

direitos da pessoa Autista- manual para baixar

Nova lei beneficia 20 mil autistas no Amazonas

Entre seus benefícios ela prevê a criação e manutenção de unidades específicas para atendimento integrado de saúde e educação

Um dos pontos da nova lei inclui a realização de diagnóstico precoce do transtorno, ou seja, já entre 14 e 36 meses de idade
Um dos pontos da nova lei inclui a realização de diagnóstico precoce do transtorno, ou seja, já entre 14 e 36 meses de idade (Foto: Reprodução)
No Amazonas, cerca de 20 mil pessoas que sofrem de transtorno evasivo do desenvolvimento, mais conhecido como autismo, passam a usufruir de benefícios previstos nos artigos 244 e 248 da Constituição do Estado, que são destinados aos portadores de deficiência, em virtude da aprovação do Projeto de Lei 02/2011.
A proposta legislativa, de autoria do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa (ALE-AM), Ricardo Nicolau (PRP), recebeu parecer favorável das Comissões de Constituição, Justiça e Redação; Finanças Públicas; e de Saúde, Previdência, Assistência Social e Trabalho, além de ser aprovada, por unanimidade, pelos 14 deputados que estiveram presentes nesta quinta-feira (24), no plenário da ALE-AM.
A nova lei prevê a criação e manutenção de unidades específicas para atendimento integrado de saúde e educação, especializados no tratamento de pessoas deficientes, dentre eles, os portadores de autismo.
Outro ponto inclui a realização de diagnóstico precoce do transtorno, ou seja, já entre 14 e 36 meses de idade, para que haja intervenção na adaptação e no ensino do portador de autismo, bem como sistematizar treinamento para médicos do sistema público de saúde, a fim de que este diagnóstico seja o mais rápido e eficiente possível.
Tratamentos previstos
O projeto de lei aprovado pela Assembleia também prevê a disponibilização de todo o tratamento especializado para os portadores de autismo, entre os quais: fonoaudiologia, aprendizado - através de aplicação de metodologias e atividades de natureza pedagógica especializada, com assistência terapêutica, se necessário - psicoterapia comportamental (psicologia), acompanhamento com psicofarmacologia (psiquiatria infantil); capacitação motora (fisioterapia); diagnóstico físico constante (neurologia); métodos aplicados ao comportamento (Aba, Teacch, Sonrise e outros); educação física adaptada; e musicoterapia.
Fonte dos recursos
A obrigação do Estado poderá ser cumprida diretamente, através de convênios ou de parcerias com a iniciativa privada e sempre em unidades dissociadas das destinadas a atender pessoas com distúrbios mentais genéricos.
Os recursos necessários para atender os serviços apresentados na lei serão provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Associação elogia a iniciativa
Para o presidente da Associação dos Amigos dos Autistas do Amazonas (AMA-AM), Edmando Saunier de Albuquerque, que é pai de um portador do transtorno, a iniciativa da ALE-AM é louvável e beneficia as entidades e instituições de apoio ao autismo no Estado.
“Com a inclusão legal dos autistas entre a categoria de pessoas portadoras de deficiência, é possível buscar apoio e suporte financeiro através de convênios com o governo e a iniciativa privada. Isso é um grande passo para a nossa causa, visto que o autismo é um problema que aflige não só os portadores, mas também suas famílias”.
O autor do projeto, deputado estadual Ricardo Nicolau (PRP), disse que a ideia da proposta de lei ocorreu ano passado, quando foi procurado por pais de portadores do transtorno, que solicitaram que a ALE fizesse uma lei que possibilitasse a aquisição de benefícios semelhantes aos dos portadores de necessidades especiais. “Fico feliz com a postura do parlamento, que entendeu a profundidade, a abrangência e a importância da lei”.

Âmbito municipal
Manaus é a terceira capital do País a incluir autistas entre portadores de deficiência. As demais são Salvador e São Paulo. Um decreto de lei aprovado pela Câmara Municipal no dia 26 de agosto de 2010, além do reconhecimento, estabelece necessidade da adoção de políticas públicas pelo município voltadas ao portador.

Eles podem ter cota na UEA
A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) poderá ter cota para portadores de deficiência no vestibular se o requerimento apresentado pelo deputado estadual Adjuto Afonso (PP) na ALE-AM - que indica ao Governo do Estado a alteração da Lei Estadual de nº 2.894/04, que dispõe sobre vagas oferecidas em vestibulares pela UEA - for aprovado.
A indicação, segundo o parlamentar, visa estender os mesmos benefícios às pessoas portadoras de deficiência nos termos da legislação. Ele informou que esse público vive à margem do processo educacional e, portanto, terá a oportunidade de ingressar na vida acadêmica.
“O portador de deficiência física possui inúmeras limitações que o impedem de desempenhar atividades na vida e no trabalho. Suas dificuldades vão além das questões de mobilidade e inclusão no mercado de trabalho. Por este motivo, necessitam da ação política do poder público, no sentido de se promover a efetivação dos instrumentos legais já existentes”.
De acordo com informações da Associação de Deficientes Físicos do Amazonas (Adefa), aproximadamente 15% da população do Amazonas apresenta algum tipo de deficiência. Na UEA, 80% das vagas são reservadas para alunos de escola pública, interioranos e indígenas.
“Caberá ao Estado destinar o número de vagas oferecidas aos portadores de necessidades especiais. Tenho certeza que o governador Omar Aziz atenderá esse pedido”, ressaltou Afonso.
http://acritica.uol.com.br/noticias/lei-beneficia-autistas-Amazonas_0_433756627.html

projeto de lei sobre autismo no congresso

Paulo Marcio Vaz , Jornal do Brasil

BRASÍLIA - Um projeto de lei prestes a tramitar no Senado poderá colocar o Brasil na vanguarda da luta contra o autismo. O texto, elaborado por diversas entidades ligadas à causa, prevê a criação do Sistema Nacional Integrado de Atendimento à Pessoa Autista. Se aprovada, a legislação será uma das primeiras no mundo a priorizar o autismo como caso de saúde pública em nível nacional, incluindo a capacitação de profissionais de saúde, a criação de centros de atendimento especializado e a inclusão do autista no hall das pessoas portadoras de deficiência, além de criar um cadastro nacional. No Brasil não há dados oficiais sobre a quantidade de portadores da síndrome, considerada epidêmica nos EUA.
Um acordo feito no âmbito da Comissão de Direitos Humanos do Senado garante a relatoria ao senador Paulo Paim (PT-RS), que, de antemão, já garantiu parecer favorável à aprovação do texto.
– A abordagem será suprapartidária e espero que o projeto tramite já este mês – diz Paim.
Drama
O drama pelo qual passam os pais de autistas, na maioria das vezes sem diagnóstico precoce e tratamento adequado para seus filhos, não é uma exclusividade brasileira. Recentes descobertas de um grupo de médicos e bioquímicos americanos, todos eles pais de autistas, têm causado polêmica e espantado uma parte da comunidade científica mais tradicional, a partir de evidências de que, ao contrário do que se pensava, o autismo não seria um mero transtorno mental, mas resultado de uma grave intoxicação, seja pela ingestão de alimentos contaminados com agrotóxicos, ou mesmo por substâncias químicas, incluindo metais pesados, que podem entrar no organismo das crianças por meio de diversos fatores, incluindo pelo uso de determinados medicamentos.
A nova abordagem a respeito do autismo assombra a indústria farmacêutica e divide a opinião de profissionais de saúde.
Semana passada, numa conferência em Brasília, médicos e cientistas brasileiros e americanos foram praticamente unânimes ao reforçar a nova tese. Segundo eles, os autistas têm muita dificuldade de eliminar toxinas do organismo, e a situação seria agravada por uma disfunção gastrointestinal que facilita a absorção de toxinas pelo intestino, fazendo com que as mesmas entrem na corrente sanguínea e cheguem ao cérebro, o que justificaria o comportamento autístico.
Boa notícia
A boa notícia é que a nova abordagem diagnóstica levou a novos tipos de tratamentos, de caráter multidisciplinar, e que vêm obtendo resultados bastante animadores. A terapia é baseada em dietas alimentares específicas, prática de terapias comportamentais, suplementação vitamínica e fortalecimento da flora intestinal. Como resultado, muitas crianças que antes sequer olhavam nos olhos dos pais, ou mesmo pareciam ser surdas devido à total falta de interação com o mundo, hoje conseguem falar, olhar nos olhos e demonstrar afeto. A adoção de tratamentos baseados neste novo tipo de abordagem está prevista no projeto de lei que chegará ao Senado.
Lado sombrio
O médico brasileiro Eduardo Almeida, doutor em saúde coletiva pela Uerj e um dos que se empenham nas novas pesquisas sobre a síndrome, considera o autismo “o lado sombrio da medicina acadêmica” e defendeu, durante sua palestra em Brasília, mudanças radicais na forma como a medicina tradicional aborda a questão.
– Estamos numa espécie de encruzilhada da medicina alopática – analisou Almeida.
O professor emérito de química e bioquímica da Universidade de Kentucky (EUA) Boyd Haley também defende a tese segundo a qual o autismo tem muito a ver com uma intoxicação por substâncias como os metais pesados, principalmente o mercúrio. Durante a conferência, ele apresentou estudos feitos nos EUA que reforçam a tese.
Abordagem holística traz melhora a crianças
Em geral, médicos e outros profissionais de saúde que aderem às novas teses sobre diagnóstico e tratamento de autismo são pais de crianças que sofrem da síndrome. Ao não encontrarem solução na medicina tradicional, eles iniciam pesquisas por conta própria, e formam grupos cada vez mais coesos que defendem abordagens holísticas, incorporando ao tratamento aspectos da biomedicina e medicina ortomolecular, além de terapias comportamentais, dietas restritivas e a administração de suplementos.
A dentista Josélia Louback, 38 anos, mãe de um menino autista de 6, comemora as conquistas do filho. Segundo ela, Arthur só começou a melhorar depois do novo tratamento.
– Ele teve ganhos de concentração e melhorou muito seu comportamento – garante.
Nos exames de seu filho foram encontradas grandes quantidades de metais pesados como cádmio, alumínio e bismuto. Aflita também com a possibilidade de contaminação da criança por mercúrio (por não ser excretado, o metal não é detectado nos exames), Josélia teme que os anos em que passou manipulando a substância em seu consultório, confeccionando amálgama dentário, tenham contribuído para a contaminação de seu filho.
A bióloga Eloah Antunes, presidente da Associação em Defesa do Autista (www.adefa.com.br), também vê melhoras significativas em seu filho, Luan, de 8 anos. Eloah foi uma das pioneiras na adoção dos novos tratamentos relacionados ao autismo. O diagnóstico da síndrome foi dado por ela mesma – posteriormente confirmado por um pediatra – depois que vários médicos descartaram a possibilidade.
– Infelizmente, a medicina acadêmica ainda sabe pouco a respeito do autismo. – reclama Eloah. – Aprendi muito sobre a síndrome pela internet, mantendo contato com profissionais nos EUA, pais de autistas que também se rebelaram contra os médicos tradicionais de lá. (P.M.V.)
“A dieta correta significa 60% da recuperação”
A analista de sistemas equatoriana Andrea Lalama jamais havia pensado em ser homeopata. Radicada nos Estados Unidos, ela se casou e teve dois filhos, ambos autistas. A falta de médicos capazes de tratar adequadamente seu primeiro filho a fez se inscrever num curso de homeopatia e pesquisar, praticamente por conta própria, uma forma eficaz de tratamento. Hoje, aos 8 anos, seu filho mais velho apresenta traços mínimos do espectro autista, e a mais nova é considerada uma criança normal. Andrea agora vive rodeada por pais de autistas, muitos deles médicos, que buscam sua consultoria. A homeopata é uma das vozes mais ativas dos Estados Unidos em prol da adoção e do reconhecimento dos novos diagnósticos e tratamentos para o autismo que, segundo ela, a medicina tradicional se recusa a reconhecer.
Como estão seus filhos?
Estão muito bem. Meu segundo filho não tem mais traços de autismo. Meu primeiro tem alguns traços, mas são mínimos. Ele vai à escola regular e leva uma vida praticamente normal. Tentando ajudar meu primeiro filho, tive que estudar muito e me tornei homeopata. Até hoje, costumo ir a muitos seminários sobre medicina ortomolecular e energética, medicina tradicional chinesa, enfim, qualquer tipo de medicina integrativa e alternativa. Com isso, acabei absorvendo o que era útil. Cada terapia tem um pouco a oferecer, e se você combina tudo isso, faz o que eu chamo de abordagem holística. Foi isso que ajudou meus filhos.
Qual o papel da alimentação na recuperação?
Uma dieta correta representa 60% da recuperação do autista. Mas há regras nutricionais muito específicas, pois é preciso reparar as disfunções gastrointestinais presentes nas crianças.
Quais os pontos mais importantes da dieta?
A alimentação orgânica é imprescindível, e a preparação dos alimentos também tem de ser especial. Se não houver uma preparação adequada, toxinas entrarão no organismo e causarão mais sintomas de autismo. O intestino do autista é bastante poroso e transfere essas toxinas para a corrente sanguínea, fazendo-as chegar ao cérebro. Para prevenir isso, até que você consiga fortalecer as paredes intestinais, é preciso reduzir a toxidade. Outro fator importante é que as crianças autistas não digerem bem os alimentos, pois têm carência de enzimas. Então, a comida deve ser pré-digerida.
Então, há um componente de alergia alimentar relacionado ao autismo?
O autista tem um intestino poroso. Portanto, praticamente tudo o que eles ingerem vai para o sangue. Numa criança normal, isso não acontece. Alguns protocolos recomendam remover a comida das crianças e a substituir por cápsulas contendo enzimas, probióticos, vitaminas e coisas do gênero. Não digo que está errado, mas eu não apoio esse procedimento, porque Deus não criou cápsulas, mas comida limpa e orgânica para ser bem preparada. Se seguirmos as regras, podemos reparar as disfunções gastrointestinais. Por causa da comida industrializada e de elementos químicos presentes em diversas substâncias artificiais, os autistas estão 100% intoxicados.
Há algum tipo de retardo mental no autista?
Não há retardo mental, há intoxicação. Os autistas têm uma enorme deficiência para se livrar dessas intoxicações, se intoxicam mais rápido do que se desintoxicam.
Os médicos tradicionais concordam com essa tese?
Um médico que jamais esteve numa conferência sobre autismo dirá que somos loucos. Eles só dizem que o autismo é causado por uma disfunção cerebral. Mas já provamos a verdade.
Então, há uma briga entre os defensores de sua tese e os médicos tradicionais?
Não há briga. Há negação. As fundações e comunidades ligadas ao autismo nos EUA já convidaram a American Medical Association (Associação Médica Americana) para sentar à mesa conosco e ver as evidências. Eles se recusaram. É uma verdade inconveniente dizer que as toxinas que desencadeiam o autismo nas crianças vêm da comida e de vacinas, por exemplo, porque alimentos e drogas são duas instituições que geram muito dinheiro. Como o governo vai apoiar a ideia de frear essa indústria?
Quando há muita discordância entre profissionais de saúde, não há o risco de surgirem oportunistas com supostas soluções milagrosas?
Os pais têm que ser céticos em relação a tudo o que lhes dizem. Mas é obrigação deles sentar em casa e pesquisar. Hoje, ir à internet é mais fácil do que ir à livraria, e você encontra provas de que as crianças estão intoxicadas. Temos provas científicas das disfunções gastrointestinais nos autistas. Se seu filho se comporta como autista e um médico diz que ele está bem, desafie-o a provar. Faça testes de laboratório, examine a microflora intestinal e veja se está tudo bem. Exames de sangue mostram que ele está doente. Exames do fio de cabelo podem comprovar a intoxicação. Quem diz que a análise do fio de cabelo não é segura está mentindo. Seria como dizer que não existe genética.
Mas por que os médicos tradicionais não aceitam essas evidências?
Nos EUA, muitos médicos tradicionais são orgulhosos e egoístas. Quando são desafiados e confrontados com questões que não sabem responder, eles atacam. Quem realmente acha que é bom médico não deve temer. Os médicos da comunidade autista estão dispostos a conversar, os médicos tradicionais não. Eles não querem saber, não retornam nossas ligações, não aceitam as novas evidências e não têm filhos autistas.
Universidades brasileiras começam a fazer pesquisas
Duas universidades brasileiras realizam pesquisas focadas, respectivamente, nos indícios de alergia alimentar e na intoxicação por metais, que, segundo especialistas americanos, teriam conexão com a incidência de autismo.
Em Niterói, a Universidade Federal Fluminense (UFF) vai verificar se realmente há ligação entre a síndrome e a intoxicação por metais pesados. Já a Universidade de Brasília (UnB) aproveita um estudo sobre doença celíaca para observar se há prevalência da intolerância ao glúten entre autistas.
A pesquisa feita em Niterói faz parte da tese de mestrado da biomédica Mariel Mendes, que conta com uma equipe multidisciplinar formada por nutricionista, psicóloga e farmacêutico. A universidade disponibilizará exames completos e atendimento gratuito a crianças, que estão sendo cadastradas.
– A pesquisa visa comprovar não só a ligação entre autismo e a intoxicação por metais pesados, mas também a eficácia dos novos tratamentos propostos – afirma a psicóloga Sandra Cerqueira, que faz parte da equipe sob orientação do doutor em farmacologia e toxicologia da UFF Luiz Querino.
Em Brasília, o pediatra e professor titular da UnB Ícaro Batista quer, em sua tese de doutorado, comprovar a prevalência da doença celíaca (intolerância ao glúten) em crianças autistas. Segundo ele, na literatura médica já há menção a um maior número de ocorrência da doença em autistas, mas faltariam pesquisas mais aprofundadas comprovando esta associação.

ps: Alguem sabe como está esse projeto no Congresso Nacional ¿

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

AMA de Criciuma sem vagas para autistas



terça | 28/08/2012 
Texto: Redação / reportagem@atribunanet.com Fotos: Leonardo Zanin

AMA sem vagas para autistas

AMA sem vagas para autistas

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mulher com autismo vira 'encantadora ' de rebanhos nos EUA








Quando era criança, a americana Temple Grandin não se relacionava com outras pessoas e só começou a falar aos quatro anos de idade. Hoje, é uma celebridade, foi tema de filmes, dá aulas na Universidade de Colorado, é assessora do governo dos Estados Unidos e uma autoridade mundial em saúde animal.
Temple Grandin foi diagnosticada com autismo durante a infância. A empatia de Grandin com o gado e sua capacidade de entender o que os animais sentem levou à introdução de uma série de mudanças radicais no trabalho com o gado e na indústria de carne americana.
Seus livros e palestras a tornaram tão popular que sua vida foi mostrada em documentários para televisão americana e europeia. Grandin esteve recentemente no Uruguai, participando de um encontro sobre saúde animal. Ela afirmou que o autismo está na raiz de sua habilidade.
"O autismo me ajuda a entender o gado", disse Grandin em entrevista à BBC. "Penso de forma totalmente visual e é assim que os animais pensam. Minhas memórias são fotográficas e este pensamento visual me permite perceber detalhes que podem aterrorizar os animais, como as sombras, os reflexos no metal ou uma entrada que é muito escura."
A professora afirmou que suas memórias parecem um vídeo que ela pode passar várias vezes em sua mente, explorando cada detalhe.
Detalhes e métodos
Grandin disse que tanto a "mente autista como a mente animal" notam detalhes que podem parecer mínimos para outras pessoas. Em um dos casos em que trabalhou, ela notou que o gado parava abruptamente na entrada de um curral e que isso ocorria devido aos objetos que estavam espalhados no caminho dos animais.
Em outro caso, o que assustava os animais era uma entrada muito escura. Ao invés de reconstruir o curral, a abertura de uma janela foi o suficiente para resolver o problema.
Os métodos utilizados por Grandin não são convencionais e incluem deitar-se no chão, no local onde o gado fica, para que os animais se aproximem, como se fosse uma "encantadora" de gado.
"O gado se sente ameaçado por coisas desconhecidas (...). Uma vaca em uma fazenda de leite vai caminhar sem problemas sobre uma sombra se a vê todos os dias. Mas um animal em um curral vai se assustar com esta mesma sombra se a ver como algo novo."
Bem-estar e medo
Grandin disse à BBC ser fundamental para a saúde dos animais que os abatedouros obedeçam a alguns requisitos. "Paredes sólidas e um chão que não escorrega são essenciais. Os animais entram em pânico quando escorregam", afirmou.
"Os funcionários também devem manter a calma e reduzir muito o uso do bastão elétrico (para ajudar a conduzir o rebanho). A forma como os animais são tratados afeta a qualidade da carne. O uso do bastão e a agitação durante os últimos cinco minutos antes do abate fazem com que a carne fique mais dura", disse.
No entanto, a professora afirma que a principal razão de mudar o tratamento dos animais é que "eles são capazes de sentir tanto medo como dor".
Alguns críticos perguntam a razão de se melhorar o bem-estar do gado se eles serão mortos para o consumo humano e se o melhor seria simplesmente não matar estes animais.
"Quando me perguntam como posso justificar a matança de animais para o consumo de sua carne, minha resposta é a seguinte: o gado não teria nascido se não os tivéssemos criado com fins alimentícios. Devemos dar a eles uma vida boa e uma morte sem dor", afirmou Grandin.
Palestras
Além de seu trabalho com bem-estar animal, Grandin também dá numerosa palestras sobre autismo, destacando a importância de fornecer logo cedo o apoio de professores capazes de dirigir as fixações de crianças autistas em direções que rendam frutos. "(Albert) Einstein hoje seria diagnosticado como autista. Ele não falou até os três anos de idade."
"Steve Jobs, o fundador da Apple, foi perseguido por seus colegas de escola e era considerado um solitário, estranho quando estava na escola", disse Grandin à BBC. "As pessoas diferentes são capazes de conseguir coisas grandiosas", acrescentou.
 

pais de autistas se mobilizam para trocar experiencias pela internet

Pais de autistas se mobilizam para trocar experiências sobre o problema


Voluntariamente, pais criam site e revista para divulgar informações. Objetivo é acelerar o diagnóstico, o que melhora condições de tratamento.
Pais de crianças com autismo usam a internet como um espaço para dividir experiências e ampliar o conhecimento sobre o problema. Em vez de criar empecilhos, a condição dos filhos serve como um incentivo para a criação de novas iniciativas contra as dificuldades que compõem o chamado "espectro autista", termo preferido pelos médicos, pois o autismo não é uma doença por si só.Em comum, essas manifestações têm uma limitação da comunicação. Os principais sintomas são a dificuldade para aprender a falar, falta de interação social e movimentos repetitivos sem motivo aparente.
http://www.atibaianews.com.br/ver_not.php?id=25318&ed=Geral&cat=Not%EDcias

terça-feira, 17 de julho de 2012

Jogo brasileiro ajuda na educação de crianças com autismo

Jogo brasileiro ajuda na educação de crianças com autismo

O jogo é recomendado para crianças entre cinco e nove anos e está disponível no site www.jogoseducacionais.com. Foto: Jogos Educacionais/Reprodução O jogo é recomendado para crianças entre cinco e nove anos e está disponível no site www.jogoseducacionais.com
Foto: Jogos Educacionais/Reprodução
Pais e educadores de crianças com autismo têm mais uma ferramenta a seu serviço. Um jogo criado por um mestre em ciências da computação pela PUC-RJ auxilia na alfabetização de estudantes nessa condição. Chamado Aiello, em homenagem a Santa Elena Aiello, a plataforma permite à criança associar nomes e imagens de objetos, ampliando seu vocabulário. "É um jogo simples que tem um personagem principal, um esquilo, que solicita uma palavra qualquer para a criança. Ele pede prato, então tem um prato lá e ela seleciona", explica o criador Rafael Cunha. Existe ainda a possibilidade de configurar o jogo para que, em vez de objetos, apareçam palavras, o que o faria útil também para auxiliar no aprendizado das palavras escritas.
O software foi criado por Rafael como parte da sua dissertação de mestrado, defendida em dezembro do ano passado. A novidade é que o programa, que estava disponível apenas para a realização da pesquisa, foi liberado para acesso do público geral e já conta com uma série de usuários.
A motivação para o desenvolvimento desse aplicativo veio da esposa de Rafael. Fonoaudióloga, ela estava atendendo uma criança com autismo que tinha dificuldade de socialização, mas se interessava muito por computadores. Logo, ele procurou uma maneira de usar o dispositivo para a alfabetização de crianças nessa condição.
Segundo o psicólogo especialista na área Robson Faggiani, o uso da informática pode ser de grande importância na educação de autistas, já que eles costumam gostar de mídias interativas, como vídeos e games. Faggiani acredita que, desde que usadas com moderação e como complemento ao ensino regular, essas ferramentas são muito úteis.
A professora do Departamento de Psicologia da PUC-RJ Carolina Lampreia auxiliou Cunha a entender as necessidades da criança com autismo. Ela realça que o método utilizado pelo jogo é interessante, pois trabalha de modo lúdico com o intuito de motivar a criança. Assim, ela se sente estimulada a seguir realizando as tarefas solicitadas. "O modelo que ele utilizou é muito interessante, chama-se escolha segundo a amostra. Você tem uma amostra e duas opções. Se escolhe a certa, a criança é recompensada de alguma forma, toca uma música ou o bonequinho se mexe", explica.
Outra vantagem apontada pelo psicólogo é que a maior parte desses programas de computador é desenvolvida em outros países, o que torna o uso por crianças brasileiras mais difícil. Faggiani elogia a iniciativa: "É bom que um brasileiro esteja fazendo isso em português. Sou completamente a favor do uso", diz.
O jogo é recomendado para crianças entre cinco e nove anos e está disponível no site www.jogoseducacionais.com, compatível com qualquer navegador de internet, tanto em dispositivos móveis quanto em computadores.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Autismo: um problema, muitas causas

Autismo: um problema, muitas causas


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Autismo: uma única palavra que sugere uma única doença. Mas na verdade, cada pessoa que vive com esse transtorno tem uma doença muito particular. Uma avalanche de novos dados genéticos, descoberto em um estudo, mostra claramente que não há um único culpado pelo autismo.
Cada caso surge de uma mistura única de fatores genéticos e ambientais que funcionam como um gatilho para a doença. Por isso, descobrir a causa do transtorno em cada pessoa é praticamente impossível.
Se a notícia soa cruel, na verdade ela contém muita esperança. Isso porque com a descoberta de um grande número de aberrações genéticas, será possível encontrar os pontos em comum que levam ao autismo e combatê-los.
As mudanças genéticas descobertas no estudo podem responder questões cruciais aos cientistas, sobre o porquê os meninos são mais vulneráveis do que as meninas, por exemplo – o autismo atinge quatro meninos para cada menina.
Alguns dos genes afetados por essas alterações parecem funcionar em redes comuns de atividade molecular no cérebro, e muitas dessas mutações genéticas prejudicam a comunicação entre as células nervosas. Entender esse processo e encontrar outras atividades celulares em comum pode levar a maneiras eficazes de combater o autismo, independentemente do que o causou.
As famílias que convivem com autistas estão sendo muito pacientes, com a espera de muitos anos pela solução do problema. Enfim, os geneticistas estão trazendo uma boa notícia, já que os estudos dos últimos meses nessa área têm sido um processo produtivo e animador quanto ao combate da doença.
As atuais pesquisas vêm em dois sentidos: na análise das mudanças de DNA com a identificação e as relacionando entre si, e estudando como os genes se comportam nos autistas.
A compreensão dos problemas, das alterações genéticas em comum e a descoberta das redes cerebrais que se comportam de maneiras semelhantes podem levar os cientistas a encontrar maneiras de tratar ou prevenir o autismo no futuro. Descobrir maneiras de proteger os processos cerebrais vulneráveis ao transtorno pode vir a ser ainda mais importante do que saber exatamente como as coisas deram errado nos processos cerebrais. [Science News]

domingo, 27 de maio de 2012

No Portal "dominio público" existe rico acervo gratuito sobre autismo

Para quem quer pesquisar a assunto autismo: o site governamental dominio público possui rico material disponível. http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do

Vejam só essa pequena amostra. Digitando na parte de "textos" e colocando apenas a palavra "autismo" , vem cerca de 34 obras sobre a temática:

1 . Abordagem transdisciplinar no autismo: o Programa Teacch Caroline Sianlian Kwee [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 400,82 KB 246
2 . Alice na biblioteca mágica: uma leitura sobre o diagnóstico e a escolarização de crianças com autismo e psicose infantil Carla Karnoppi Vasques [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 2,11 MB 376
3 . Aplicabilidade do Rorschach na avaliação psicológica do autismo Maria Helena de Oliveira [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 729,04 KB 59
4 . Associação negativa entre a MMR e o autismo Ministério da Saúde [ms] Ministério da Saúde .pdf 95,09 KB 937
5 . Avaliação de um programa de comunicação alternativa e ampliada para mães de adolescentes com autismo Cátia Crivelenti de Figueiredo Walter [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 1,15 MB 564
6 . Competência social, inclusão escolar e autismo: um estudo de caso comparativo Siglia Pimentel Hoher [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 327,25 KB 246
7 . Coparentalidade em famílias de adolescente com autismo e comportamento agressivo. Carlo Schmidt [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 699,68 KB 111
8 . Desenvolvimento de um modelo animal para autismo induzido pelo valproato: domínio do comportamento de aprendizagem Helen Meira Cavalcanti [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 710,94 KB 78
9 . Desenvolvimento e avaliação de um objeto digital de aprendizagem para as pessoas com autismo Tereza Cristina Carvalho Iwamoto De Oliveira [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 7,88 MB 53
10 . Dificuldades Acentuadas de Aprendizagem - autismo Secretaria de Educação Especial - SEESP [me] Ministério da Educação .pdf 727,43 KB 4.055
11 . Educação do aluno com autismo: um estudo circunstanciado da experiência escolar inclusiva e as contribuições do Currículo Funcional Natural Andréa Rizzo dos Santos Boettger Giardinetto [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 1,57 MB 194
12 . Educação inclusiva para alunos com autismo e psicose: das políticas educacionais ao sistema de ensino Cristiane Lazzeri [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 734,35 KB 114
13 . Entre a esperança e o limite: um estudo sobre a inclusão de alunos com autismo em classes regulares Dayse Carla Genero Serra [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 394,37 KB 175
14 . Entre o familiar e o estranho: representações sociais de professores sobre o autismo infantil Michele Araújo Santos [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 862,72 KB 48
15 . Estudo do autismo através da imagem do tensor de difusão e da espectroscopia de prótons por ressonância magnética Adriana Rocha Brito [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 955,08 KB 394
16 . Estudo genético-clínico, investigação da síndrome do cromossomo X frágil e polimorfismos da apolipoproteína e em autismo Carina Tatiana Giunco [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 647,06 KB 126
17 . Expressão facial em parentes de primeiro grau de portadores de autismo e sua associação com o polimorfismo 5-httlpr George Augusto Guimaraes Lodi [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 522,79 KB 34
18 . Influência da Atenção Compartilhada no Autismo Infantil: Revisão de Literatura Antonio Jose Nunes Faria [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 485,52 KB 170
19 . Informe sobre sarampo, MMR, autismo e outros supostos eventos adversos Ministério da Saúde [ms] Ministério da Saúde .pdf 59,98 KB 182
20 . Interação e autismo: uso de agentes inteligentes para detectar déficits de comunicação em ambientes síncronos Roberto dos Santos Rabello [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 3,71 MB 224
21 . O atendimento psicanalítico do bebê com risco de autismo e de outras graves psicopatologias: uma clínica da antecipação do sujeito Isabela Santoro Campanário [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 1,17 MB 63
22 . O discurso do especialista sobre o lugar dos pais na clínica do autismo Juliana Cáu Durante [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 1,77 MB 85
23 . Prevalência de autismo em Santa Catarina: uma visão epidemiológica contribuindo para a inclusão social Evelise Cristina Vieira Ferreira [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 775,47 KB 111
24 . Procedimento para promover habilidades relacionadas ao brincar em crianças diagnosticadas com autismo Patricia Klukiewcz [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 5,70 MB 338
25 . Qualidade de vida de mães de pessoas com diagnótico de Autismo Eliana Cristina Gallo Penna [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 827,76 KB 286
26 . Qualidade de vida e autismo de alto funcionamento: percepção da criança, família e educador Marília Penna Bernal [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 1.021,91 KB 77
27 . Recursos lingüísticos e paralingüísticos na clínica fonoaudiológica do autismo Andrea Novaes Ferraz de Lima [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 805,62 KB 137
28 . Retratos e imagens das vivências inclusivas de dois alunos com autismo em classes regulares Maryse Helena Felippe De Oliveira Suplino [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 519,84 KB 130
29 . Tempo de olhar mais longe a MMR na pesquisa de autismo Ministério da Saúde [ms] Ministério da Saúde .pdf 43,08 KB 213
30 . Tradução e validação da entrevista Autism Diagnostic Interview-Revised (ADI-R) para diagnóstico de autismo no Brasil Michele Michelin Becker [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 313,17 KB 112
31 . Um estudo populacional sobre a vacinação contra o sarampo, caxumba e rubéola e autismo Ministério da Saúde [ms] Ministério da Saúde .pdf 60,65 KB 79
32 . Um estudo populacional sobre a vacinação contra o sarampo, caxumba e rubéola e autismo Ministério da Saúde [ms] Ministério da Saúde .pdf 60,65 KB 119
33 . Um estudo populacional sobre a vacinação contra o sarampo, caxumba e rubéola e autismo Ministério da Saúde [ms] Ministério da Saúde .pdf 60,65 KB 115
34 . Validação da versão em português de um questionário para avaliação de autismo infantil Fabio Pinato Sato [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES .pdf 471,88 KB 225

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