É preciso conhecer

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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Em Portugal deputados são proibídos de usar termo "autismo" para crítica política e outros fins. E no Brasil ?

Por Márcio Vieira de Souza
Em Portugal os deputados concordaram em não usar o termo "autismo" para fins políticos, se referindo a alienação , outros fins similares e pejorativos. E no Brasil existe essa preocupação?
Até agora isso não teve repercussão em nossa "casa do povo". Sugiro que todos questionem seus parlamentares, Deputados e Senadores sobre o assunto.

Vejam a matéria do fato em Portugal:

Deputados proibidos de usar "autismo" e "autista" na Assembleia da República
Por Miguel de Azevedo Carvalho - ljcc05065@icicom.up.pt Publicado: 15.04.2009 19:53 (GMT)


As palavras "autista" e "autismo" deixam de ser arma de arremesso político na Assembleia da República. A decisão foi tomada por unanimidade.
Os líderes parlamentares dos partidos com representação na Assembleia da República (AR) concordaram, esta terça-feira, em excluir as palavras "autista" e "autismo" do debate político. A iniciativa partiu do deputado do PSD, Luís Carloto Marques, e foi aprovada por unanimidade pelos presidentes ou vice-presidentes das bancadas parlamentares de todos os partidos.
Afirmando que o idioma português é "particularmente rico e diversificado", o deputado do círculo de Setúbal, defendeu, em carta dirigida a ao presidente da AR, Jaime Gama, que o uso das expressões "autista" e "autismo" deveria ser mantido no "seu contexto próprio e adequado, ou seja, tão-só o da análise dos direitos das crianças e dos jovens com autismo".
Luís Carloto Marques, deputado do PSD, argumenta que existem "múltiplas expressões para identificar situações onde pontifica a ideia de 'alheamento de alguns problemas'". Em declarações ao JPN, o social-democrata defende ainda que o Parlamento se deve apresentar como "instituição exemplar" que não usa "expressões discriminatórias que envolvam cidadãos que são 'diferentes'".
A vice-presidente da delegação norte da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA) manifestou-se, por sua vez, "totalmente a favor" da decisão dos líderes parlamentares. Ao JPN, a responsável evidencia que "os deputados não devem usar um termo que seja uma limitação" por se tratar de "uma falta de respeito pela pessoa com autismo".
"Não é correcto nem aceitável vindo de pessoas com formação como os deputados. Deviam usar outras palavras, dar o exemplo e falar um bom português", argumenta Ana Maria Gonçalves. A responsável da APPDA-Norte apela, por fim, ao refreio de palavras que remetam para outro tipo de doenças ou limitações como "cego", "surdo" ou "histérico".

Um comentário:

GatosMania disse...

Olá

Descobri o seu blog através de um email recebido por uma amiga.

Gostei muito.

Convido-o a visitar o meu ... acho que tem assuntos que vai gostar.

Um abraço