quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Autismo: Outra forma de ver o mundo
Por Tatiana Henriques - lcc07030@letras.up.pt
Publicado: 30.12.2009 | 15:41 (GMT)
João tem seis anos e é autista. Estima-se que em Portugal 65 mil pessoas também o sejam. O JPN foi conhecer melhor esta perturbação.
João (nome fictício) só começou o contacto com Inês Freitas, terapeuta da fala, quando tinha cerca de um ano e meio. Antes disso, eram muitas as diferenças sentidas pelos pais, como enumera a mãe Fernanda (nome fictício): "O meu filho, antes de ir para a terapia, não me olhava nos olhos, chorava quando lhe pegávamos ao colo, não respondia quando o chamávamos e não dizia uma única palavra."
Para Fernanda, o contacto do seu filho com a terapeuta é fundamental. Apesar das poucas alterações sentidas no início, as diferenças são agora evidentes: "O seu desenvolvimento está a ser notório e nós como pais estamos muito satisfeitos com a sua evolução."
Fernanda nota também mudanças no relacionamento de João com as outras crianças: "Já brinca com os outros meninos, diz o que precisa, cumpre regras. Além disso, também está mais atento e acompanha os outros meninos na escola."
Quando foi diagnosticado que João tinha autismo, os pais decidiram visitar a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo do Norte (APPDA-Norte). "Lá explicaram-nos o que era o autismo e encaminharam-nos para as terapias. Agora convocam-nos para palestras e reuniões com pais de meninos com autismo, em que discutimos alguns dos temas que nos preocupam".
Contudo, Fernanda não deixa de referir que a instituição deveria "investir em mais técnicos", uma vez que "as listas de espera para as terapias são muito longas e há muitas crianças que ficam sem apoios". Na verdade, estima-se que, em Portugal, o autismo atinja 65 mil pessoas. A APPDA-Norte também tem vindo a investir em novos projectos, com a vista à integração dos jovens autistas na sociedade.
João tem agora seis anos e está envolvido em diversas actividades, como a hidroginástica. Na escola frequenta Terapia Ocupacional e tem apoio do Ensino Especial. O seu desenvolvimento, diz a mãe, é visível de dia para dia.
Veja matéria completa:
http://jpn.icicom.up.pt/2009/12/30/autismo_outra_forma_de_ver_o_mundo.html
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