No dia Internacional da Síndrome de Asperger queria compartilhar alguns pensamentos com vocês.
De repente, você percebe que seu filho não saiu correndo com outras crianças em uma festinha de aniversário, que demora para olhar para você quando é chamado pelo nome, que suas brincadeiras são muito metódicas, como enfileirar animais ou organizar brinquedos por cores e tamanho.
E agora?
Meu filho é diferente?
Ele sofre de algum mal?
Como será seu futuro?
Essas perguntas retornam com uma proporção monstruosa quando você vai atrás de um especialista, e, depois de um processo de investigação com fonoaudiólogas, psicólogas, e neuropediatras, seu filho é diagnosticado com Síndrome de Asperger, ou, na medicina contemporânea, TEA - Transtorno do Espectro Autista - de nível I.
Essa foi a minha experiência, com meu filho Pedro, que ano passado teve esse diagnóstico. E agora, o que ele e todas as crianças que tem a mesma síndrome precisam? Antes de qualquer coisa, de amor, e de respeito! Amor para entender quando ele não para sentado para tirar uma simples foto, amor para respeitar que eles tem uma seleção alimentar e não estiverem a fim de comer o que você come, amor, para que eles não encontrem preconceito dentro de sua própria casa.
E também respeito por, ao não conseguir expressar uma euforia, externalizá-la com estereotipias como bater as mãos, fazer caretas, pular sem parar! Respeito, por achar tão legal ficar olhando um patinho em um parque, ao invés de ficar correndo com outros meninos atrás de uma bola de futebol. Respeito por precisar (e ter esse direito assegurado por lei) de uma auxiliar em sala de aula, para que esta criança seja estimulada a aprender o que está sendo ensinado, e não somente aquilo que lhe interessa (e que nisso eles certamente se sobressairão em relação às crianças "normais).
Amor e respeito.
Começa por aí, e então, daí por diante, tudo fica mais fácil!
Fonte da imagem: Autismo e Intervenção