Autoria: Folha.com.br em 4 agosto, as 12:45 Em Brasil
04/08/2013- 12h00
Em quatro episódios, Varella vai mostrar histórias de pacientes –dos recém-diagnosticados àqueles que consiguiram superar limites e avançar na convivência social e familiar.
O objetivo é ser didático sobre essa síndrome, abordando desde os sintomas até as possibilidades de melhoras com tratamentos, além de falar sobre inclusão no mercado de trabalho.
“Apesar de o autismo acometer aproximadamente uma criança em cada 100, há muita falta de informação. As características mais importantes do comportamento autista são pouco conhecidas até pelos médicos”, diz Varella, que há dois anos já pensava em levar o tema ao “Fantástico”.
O debate agora ganha força com a inclusão do tema na novela das 21h da Globo, “Amor à Vida”. Na trama, Bruna Linzmeyer interpreta a autista Linda. Tanto ela quanto o autor da novela, Walcyr Carrasco, darão depoimentos no quadro do programa de domingo.
“A intenção é desmistificar o transtorno”, diz Varella. O médico explica que, no passado, a culpa do autismo era atribuída aos pais, por supostamente terem criado um ambiente doméstico conturbado para o filho. E, principalmente, culpava-se as mães: até a década de 1960, acreditava-se que uma mãe distante e fria seria a causa do autismo em crianças.
“Hoje sabemos que se trata de um transtorno de desenvolvimento com causas genéticas influenciadas pelo ambiente”, diz.
A falta de conhecimento, segundo Varella, tem origem na própria formação dos médicos, já que as faculdades dão pouca importância ao assunto. “Como consequência, os médicos demoram muito para fazer o diagnóstico,. A demora faz com que se perca a oportunidade de tratar as crianças nas fases em que estão mais receptivas às mudanças de comportamento”, diz.
Em comum, os autistas têm dificuldade de relacionamento social e comunicação, mas o transtorno pode se apresentar de diversas maneiras. No episódio de hoje Varella vai mostrar dois casos bem diferentes. Um deles é sobre dois garotos completamente dependentes dos pais; o outro, sobre dois meninos que são gênios na matemática.
A série tem a consultoria de José Salomão Schwartzman, neurologista e professor do curso de pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
GISLAINE GUTIERRE
DE SÃO PAULO
“Autismo: Universo Particular” é o novo quadro que o médico e colunista da Folha, Drauzio Varella estreia neste domingo (4) no “Fantástico”. O programa vai ao ar às 20h45.DE SÃO PAULO
Em quatro episódios, Varella vai mostrar histórias de pacientes –dos recém-diagnosticados àqueles que consiguiram superar limites e avançar na convivência social e familiar.
O objetivo é ser didático sobre essa síndrome, abordando desde os sintomas até as possibilidades de melhoras com tratamentos, além de falar sobre inclusão no mercado de trabalho.
“Apesar de o autismo acometer aproximadamente uma criança em cada 100, há muita falta de informação. As características mais importantes do comportamento autista são pouco conhecidas até pelos médicos”, diz Varella, que há dois anos já pensava em levar o tema ao “Fantástico”.
O debate agora ganha força com a inclusão do tema na novela das 21h da Globo, “Amor à Vida”. Na trama, Bruna Linzmeyer interpreta a autista Linda. Tanto ela quanto o autor da novela, Walcyr Carrasco, darão depoimentos no quadro do programa de domingo.
“A intenção é desmistificar o transtorno”, diz Varella. O médico explica que, no passado, a culpa do autismo era atribuída aos pais, por supostamente terem criado um ambiente doméstico conturbado para o filho. E, principalmente, culpava-se as mães: até a década de 1960, acreditava-se que uma mãe distante e fria seria a causa do autismo em crianças.
“Hoje sabemos que se trata de um transtorno de desenvolvimento com causas genéticas influenciadas pelo ambiente”, diz.
A falta de conhecimento, segundo Varella, tem origem na própria formação dos médicos, já que as faculdades dão pouca importância ao assunto. “Como consequência, os médicos demoram muito para fazer o diagnóstico,. A demora faz com que se perca a oportunidade de tratar as crianças nas fases em que estão mais receptivas às mudanças de comportamento”, diz.
Em comum, os autistas têm dificuldade de relacionamento social e comunicação, mas o transtorno pode se apresentar de diversas maneiras. No episódio de hoje Varella vai mostrar dois casos bem diferentes. Um deles é sobre dois garotos completamente dependentes dos pais; o outro, sobre dois meninos que são gênios na matemática.
A série tem a consultoria de José Salomão Schwartzman, neurologista e professor do curso de pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento na Universidade Presbiteriana Mackenzie.