Autismo: um problema, muitas causas
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Cada caso surge de uma mistura única de fatores genéticos e ambientais que funcionam como um gatilho para a doença. Por isso, descobrir a causa do transtorno em cada pessoa é praticamente impossível.
Se a notícia soa cruel, na verdade ela contém muita esperança. Isso porque com a descoberta de um grande número de aberrações genéticas, será possível encontrar os pontos em comum que levam ao autismo e combatê-los.
As mudanças genéticas descobertas no estudo podem responder questões cruciais aos cientistas, sobre o porquê os meninos são mais vulneráveis do que as meninas, por exemplo – o autismo atinge quatro meninos para cada menina.
Alguns dos genes afetados por essas alterações parecem funcionar em redes comuns de atividade molecular no cérebro, e muitas dessas mutações genéticas prejudicam a comunicação entre as células nervosas. Entender esse processo e encontrar outras atividades celulares em comum pode levar a maneiras eficazes de combater o autismo, independentemente do que o causou.
As famílias que convivem com autistas estão sendo muito pacientes, com a espera de muitos anos pela solução do problema. Enfim, os geneticistas estão trazendo uma boa notícia, já que os estudos dos últimos meses nessa área têm sido um processo produtivo e animador quanto ao combate da doença.
As atuais pesquisas vêm em dois sentidos: na análise das mudanças de DNA com a identificação e as relacionando entre si, e estudando como os genes se comportam nos autistas.
A compreensão dos problemas, das alterações genéticas em comum e a descoberta das redes cerebrais que se comportam de maneiras semelhantes podem levar os cientistas a encontrar maneiras de tratar ou prevenir o autismo no futuro. Descobrir maneiras de proteger os processos cerebrais vulneráveis ao transtorno pode vir a ser ainda mais importante do que saber exatamente como as coisas deram errado nos processos cerebrais. [Science News]