Ensinar crianças com distúrbios do espectro autístico (DEA) a interagir com outras pessoas pode ser um desafio. Geralmente, elas aprendem a fazê-lo com outras pessoas, mas é difícil quantificar esses esforços.
Seema Patel, CEO da Interbots, acredita ter encontrado a solução. É um animal de pelúcia parecido com uma chinchila chamado Popchilla, que se conecta ao Mundo de Popchilla, um aplicativo que roda em dispositivos móveis. O brinquedo se move e exibe expressões faciais, enquanto o aplicativo é um jogo que recompensa as crianças quando respondem corretamente aos sentimentos que o robô exibe.
O Mundo de Popchilla, por exemplo, orienta a criança através do processo de escovar o dentes por meio de uma versão digital do bichinho, acionável pela tela sensível ao toque do dispositivo. A “chinchila digital” também tem expressões que revelam se está triste ou feliz. Patel explicou ao Discovery Notícias que a ideia é fazer com que crianças autistas passem da prática na tela à interação com as pessoas no mundo real.
A princípio, o brinquedo será vendido a pais e terapeutas. Atualmente, roda apenas no iPad e no iPhone, mas Patel afirma que a empresa está trabalhando em versões para Android e PC.
Algumas características da chinchila robótica podem parecer um tanto estranhas – por exemplo, seus olhos brilham no escuro. Vermelho significa raiva, azul, tristeza, e verde, alegria. Apesar de fazer com que o brinquedo pareça “possuído”, ele brilha com um propósito: chamar a atenção da criança para seu rosto, uma dificuldade comum em crianças autistas.
Embora ainda não haja estudos que demonstrem a eficácia do Popchilla, Patel afirmou que a empresa participará de um experimento de seis meses na Universidade Carnegie Mellon. O Popchilla também está sendo usado em um estudo em andamento no Instituto Orelena Hawks Puckett, que explora o uso dos robôs sociáveis para aumentar a capacidade de atenção em crianças com autismo. Os resultados devem sair no próximo ano.
Foto: Copyright © 2012 Interbots, LLC
Por Jesse Emspak
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